FARMACOLOGIA CLÍNICA SYNAGIS

Atualizado em 28/05/2016

•  Mecanismo de ação: o palivizumabe apresenta atividade neutralizante e inibitória de fusão contra o VSR. Em experimentos
laboratoriais, essas atividades inibem a replicação do VSR. Embora possam ser isoladas cepas1 resistentes de VSR em estudos
laboratoriais, todos os isolados de VSR de um estudo clínico analisado foram neutralizados pelo palivizumabe. Concentrações
séricas de aproximadamente 30mcg/ml de palivizumabe reduziram, em média, 99% da replicação pulmonar do VSR em modelo
de rato. Avaliou-se a atividade neutralizante in vivo do palivizumabe em um estudo randomizado2 e placebo3-controlado realizado
em 35 pacientes pediátricos com entubação traqueal devido a infecção4 por VSR. Nestes pacientes, o palivizumabe reduziu
significativamente a quantidade de VSR no trato respiratório inferior, quando comparado com pacientes do grupo controle.
•  Farmacocinética: nos estudos em voluntários adultos, o palivizumabe apresentou perfil farmacocinético semelhante ao de um
anticorpo5 IgG1 humano em relação ao volume de distribuição (média de 57ml/kg) e à meia-vida (média de 18 dias). Nos estudos
em crianças, a meia-vida média do palivizumabe foi de 20 dias e doses intramusculares mensais de 15mg/kg alcançaram um vale
médio de 30 dias de concentrações séricas de aproximadamente 40mcg/ml após a primeira administração, aproximadamente
60mcg/ml após a segunda e cerca de 70mcg/ml após a terceira e quarta administrações.
•  Eficácia: em um estudo placebo3-controlado de profilaxia de doença por VSR em 1.502 crianças de alto risco (1.002 no grupo
palivizumabe; 500 no grupo placebo3), doses mensais de 15mg/kg reduziram a incidência6 de hospitalização relacionada ao VSR em 55%
(p < 0,001).

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Complementos

1 Cepas: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
2 Estudo randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle - o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
3 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
4 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
5 Anticorpo: Proteína circulante liberada pelos linfócitos em reação à presença no organismo de uma substância estranha (antígeno).
6 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.

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