PRECAUÇÕES FUNGIZON
Gerais
A anfotericina B deve ser administrada somente por via intravenosa e para pacientes1 sob supervisão clínica rigorosa por pessoas devidamente treinadas. Deve ser reservado para o tratamento de pacientes com infecções2 fúngicas3 progressivas e potencialmente fatais causadas por organismos sensíveis (vide INDICAÇÕES).Durante o emprego intravenoso da anfotericina B em doses terapêuticas, é comum a ocorrência de reações agudas tais como: calafrios4, febre5, anorexia6, náuseas7, vômitos8, dores-de-cabeça9, mialgia10, artralgia11 e hipotensão12.
A infusão intravenosa rápida, em menos de 1 hora, particularmente em pacientes com insuficiência renal13, tem sido associada à ocorrência de hipercalemia14 e arritmias15 e deve, portanto, ser evitada (vide DOSAGEM E ADMINISTRAÇÃO).
Relata-se leucoencefalopatia após a administração de anfotericina B em pacientes submetidos à irradiação total do corpo.
A função renal16 deve ser freqüentemente monitorizada durante a terapia com anfotericina B. É também aconselhável monitorizar as funções hepáticas17, os eletrólitos18 séricos (principalmente o magnésio e o potássio), leucograma e eritrograma. As respostas laboratoriais poderão orientar o reajuste das dosagens subseqüentes.
Sempre que a medicação for interrompida por um prazo superior a 7 dias, a terapia deverá ser reinstituída inicialmente com o menor nível de dose, ou seja, 0,25 mg/kg de peso, seguida de aumento gradual como está mencionado no item DOSAGEM E ADMINISTRAÇÃO.
Carcinogênese, Mutagênese e Comprometimento da Fertilidade
Não foram realizados estudos a longo prazo em animais para se avaliar o potencial carcinogênico, nem estudos para se determinar a mutagenicidade ou se esta medicação afeta a fertilidade em machos e fêmeas.
Gravidez19
Estudos de reprodução20 em animais não evidenciaram danos para o feto21 atribuídos à infusão intravenosa de anfotericina B. Observa-se bons resultados na utilização da anfotericina B em gestantes portadoras de infecções2 fúngicas3 sistêmicas, não sendo observados efeitos indesejáveis sobre os fetos; entretanto, o número de casos estudados é pequeno. Baseado nos estudos em animais e pelo fato do produto não ter sido adequadamente estudado em gestantes, este medicamento deverá ser empregado durante a gravidez19 com cuidado e somente se os prováveis benefícios a serem obtidos com a medicação prevalecerem sobre os potenciais riscos envolvidos ao feto21.
Lactação22
Não se sabe se a anfotericina B é excretada no leite humano. Da mesma forma, os dados são conflitantes com relação à extensão da absorção por via oral, se ela existe. Devido ao fato de que muitas drogas são excretadas no leite humano e considerando-se a toxicidade23 potencial da anfotericina B, é prudente aconselhar as mães a suspender a lactação22.
Uso Pediátrico
A segurança e eficácia do uso em pacientes pediátricos não foram estabelecidas por estudos adequados e bem controlados. Infecções2 fúngicas3 sistêmicas têm sido tratadas em pacientes pediátricos sem relato de efeitos adversos incomuns.