POSOLOGIA ZOLTEC

Atualizado em 28/05/2016

A dose diária de Zoltec* (fluconazol) deve ser baseada na natureza e severidade da infecção1 fúngica2. A terapia com fluconazol nos casos de infecções3 que necessitem de um tratamento com doses múltiplas deverá ser mantida até que parâmetros clínicos ou testes laboratoriais indiquem que a infecção1 fúngica2 ativa esteja controlada. Um período inadequado de tratamento poderá levar a recorrência4 da infecção1 ativa. Pacientes com AIDS e meningite5 criptocócica ou candidíase6 orofaríngea7 recorrente requerem usualmente terapia de manutenção para a prevenção de recidivas8.

                         A dose de Zoltec* (fluconazol) utilizada para profilaxia deve ser ajustada conforme o grau de neutropenia9. O ajuste da dose deve ser necessariamente estabelecido pelo médico, levando-se em consideração o grau de neutropenia9.

                         
Adultos:

1. Para meningite5 criptocócica e infecções3 por criptococos em outros locais, a dose usual é de 400 mg no primeiro dia seguida de 200-400 mg em dose única diária. A duração do tratamento em infecções3 criptocócicas dependerá da resposta clínica e micológica, porém para a meningite5 criptocócica é de no mínimo 6 a 8 semanas.

2. Para prevenção de recidivas8 de meningite5 por criptococos em pacientes com AIDS, depois que o paciente receber a terapia primária completa, Zoltec* (fluconazol) pode ser administrado diariamente em doses diárias de 200 mg por período indefinido.

3. Para candidemia, candidíase6 disseminada ou outras infecções3 invasivas por Candida, a dose usual é de 400 mg no primeiro dia seguida de 200 mg diariamente. Dependendo da resposta clínica, a dose pode ser aumentada para 400 mg diários. A duração do tratamento é baseada na resposta clínica.

4. Para candidíase6 orofaríngea7 a dose usual é de 50 a 100 mg em dose única diária durante 7 a 14 dias. Quando necessário o tratamento pode ser continuado por períodos mais longos em pacientes com função imune seriamente comprometida. Para candidíase6 oral atrófica10 associada a dentaduras a dose usual é de 50 mg em dose única diária durante 14 dias, administrada concomitantemente a medidas anti-sépticas locais para dentaduras. Para outras infecções3 por Candida nas mucosas11 (exceto candidíase6 vaginal), como por exemplo esofagite12, infecções3 broncopulmonares não invasivas e candidúria, a dose usual eficaz é de 50 mg diários, administrada durante 14 a 30 dias.

Para a prevenção de reincidência13 de candidíase6 orofaríngea7 em pacientes com AIDS, depois que o paciente terminar a terapia primária, fluconazol pode ser administrado em dose única semanal de 150 mg.

5. A dose recomendada de fluconazol para prevenção de candidíase6 é de 50 a 400 mg em dose única diária, baseada no risco do paciente de desenvolver infecção1 fúngica2. Para pacientes14 com alto risco de desenvolver infecção1 sistêmica, por exemplo, pacientes que apresentarão neutropenia9 profunda ou prolongada, a dose recomendada é de 400 mg em dose única diária. A administração deve começar alguns dias antes do início estimado da neutropenia9 e continuar por 7 dias depois que a contagem de neutrófilos15 atingir valores maiores que 1.000 células16/mm3.

                         
Crianças:

Assim como em infecções3 similares em adultos, a duração do tratamento é baseada na resposta clínica e micológica. A dose diária máxima para adultos não deve ser excedida em crianças.

Fluconazol deve ser administrado como dose única diária.

A dose recomendada de fluconazol para candidíase6 de mucosa17 é de 3 mg/kg diariamente. Uma dose de ataque de 6 mg/kg pode ser utilizada no primeiro dia para alcançar os níveis de steady state mais rapidamente.

Para o tratamento de candidíase6 sistêmica e infecções3 criptocócicas, a dose recomendada é de 6 - 12 mg/kg/dia, dependendo da gravidade da infecção1.

Para a prevenção de infecções3 fúngicas18 em pacientes imunocomprometidos considerados de risco como consequência de neutropenia9 após quimioterapia19 citotóxica ou radioterapia20 a dose deve ser de 3 - 12 mg/kg/dia, dependendo da extensão e da duração da neutropenia9 induzida (vide item "Posologia" em adultos).

Para crianças com insuficiência renal21, a dose diária normal deve ser reduzida dependendo do grau do comprometimento renal22, de acordo com as orientações para adultos.

                         
Crianças com menos de 4 semanas de idade:

Os neonatos23 excretam fluconazol lentamente. Nas duas primeiras semanas de vida, a mesma dose em mg/kg recomendada para crianças mais velhas pode ser adotada, mas administrada a cada 72 horas. Durante a 2a - 4a semana de vida, a mesma dose deve ser administrada a cada 48 horas.
                         

Idosos:

Quando não houver evidência de insuficiência renal21, a dose normal recomendada deve ser adotada. Em pacientes com insuficiência renal21 (clearance de creatinina24 <= 50 ml/min.), a posologia deverá ser ajustada conforme descrita a seguir.

Pacientes com Insuficiência Renal21:

Zoltec*(fluconazol) é excretado predominantemente de forma inalterada na urina25. Em pacientes com insuficiência renal21 que utilizarão doses múltiplas de fluconazol, uma dose inicial de 50 mg a 400 mg deve ser adotada. Após a dose inicial, a dose diária (de acordo com a indicação) deve estar baseada na tabela a seguir:

                         Clearance de creatinina24
                        (ml/min) Porcentagem de dose recomendada
                        > 50 100%
                        21 - 50 50%
                        11 - 20 25%
                        pacientes recebendo diálise26 regularmente uma dose após cada sessão de diálise26

                         

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Complementos

1 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
2 Fúngica: Relativa à ou produzida por fungo.
3 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
4 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
5 Meningite: Inflamação das meninges, aguda ou crônica, quase sempre de origem infecciosa, com ou sem reação purulenta do líquido cefalorraquidiano. As meninges são três membranas superpostas (dura-máter, aracnoide e pia-máter) que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.
6 Candidíase: É o nome da infecção produzida pela Candida albicans, um fungo que produz doença em mucosas, na pele ou em órgãos profundos (candidíase sistêmica).As infecções profundas podem ser mais freqüentes em pessoas com deficiência no sistema imunológico (pacientes com câncer, SIDA, etc.).
7 Orofaríngea: Relativo à orofaringe.
8 Recidivas: 1. Em medicina, é o reaparecimento de uma doença ou de um sintoma, após período de cura mais ou menos longo; recorrência. 2. Em direito penal, significa recaída na mesma falta, no mesmo crime; reincidência.
9 Neutropenia: Queda no número de neutrófilos no sangue abaixo de 1000 por milímetro cúbico. Esta é a cifra considerada mínima para manter um sistema imunológico funcionando adequadamente contra os agentes infecciosos mais freqüentes. Quando uma pessoa neutropênica apresenta febre, constitui-se uma situação de “emergência infecciosa”.
10 Atrófica: Relativa à atrofia, atrofiada. Que atrofia; que mingua, atrofiador, atrofiante. Que se torna mais debilitada e menos intensa.
11 Mucosas: Tipo de membranas, umidificadas por secreções glandulares, que recobrem cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
12 Esofagite: Inflamação da mucosa esofágica. Pode ser produzida pelo refluxo do conteúdo ácido estomacal (esofagite de refluxo), por ingestão acidental ou intencional de uma substância tóxica (esofagite cáustica), etc.
13 Reincidência: 1. Ato ou efeito de reincidir ou repetir. 2. Obstinação, insistência, teimosia.
14 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
15 Neutrófilos: Leucócitos granulares que apresentam um núcleo composto de três a cinco lóbulos conectados por filamenos delgados de cromatina. O citoplasma contém grânulos finos e inconspícuos que coram-se com corantes neutros.
16 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
17 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
18 Fúngicas: Relativas à ou produzidas por fungo.
19 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
20 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
21 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
22 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
23 Neonatos: Refere-se a bebês nos seus primeiros 28 dias (mês) de vida. O termo “recentemente-nascido“ refere-se especificamente aos primeiros minutos ou horas que se seguem ao nascimento. Esse termo é utilizado para enfocar os conhecimentos e treinamento da ressuscitação imediatamente após o nascimento e durante as primeiras horas de vida.
24 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
25 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
26 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.

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