ADVERTÊNCIAS PLATIRAN

Atualizado em 28/05/2016

PLATIRAN  deve ser administrado sob a supervisão de um médico qualificado e experiente no uso de agentes quimioterapêuticos antineoplásicos. A conduta apropriada da terapia e de suas complicações, só é possível quando se têm prontamente disponíveis diagnóstico1 adequado e facilidades de tratamento.

PLATIRAN  produz nefrotoxicidade2 cumulativa, que pode ser potencializada pelo uso de antibióticos aminoglicosídeos. Níveis séricos de creatinina3, uréia4, "clearance" de creatinina3, níveis de magnésio, sódio, potássio e de cálcio, devem ser dosados antes do início do tratamento e antes de cada ciclo subsequente. Nas doses recomendadas,  PLATIRAN  não deve ser administrado com freqüência maior do que uma vez a cada 3 a 4 semanas (vide  REAÇÕES ADVERSAS ).

Existem registros de neuropatias graves em pacientes que adotaram terapia com doses mais elevadas e frequência maiores do que aquelas recomendadas de  PLATIRAN . Estas neuropatias podem ser irreversíveis e são observadas como parestesias5 localizadas nas extremidades dos membros inferiores e superiores, arreflexia e perda da propriocepção6 e sensação vibratória. Registrou-se também perda de função motora.

É significativa a ocorrência de ototoxicidade7, que pode ser mais pronunciada em crianças manifestada por zumbido e/ou perda da audição de altas freqüências e ocasionalmente surdez. Desde que a ototoxicidade7 é cumulativa, uma audiometria8 deve ser realizada antes do início do tratamento e da aplicação de cada dose subsequente da droga (vide reações adversas).

Reações tipo anafiláticas têm sido relatadas e incluem edema9 facial, broncoconstrição, taquicardia10 e hipotensão11. Estas reações têm ocorrido dentro de minutos após o início da administração a pacientes com exposiçào prévia a   PLATIRAN  e têm sido aliviadas pela administração de epinefrina, cortcosteróides e anti-histamínicos.

PLATIRAN  pode causar dano fetal quando administrado na gravidez12.  PLATIRAN  é mutagênico em bactérias e produz aberrações cromossômicas nas células13 animais em cultura de tecidos. Em camundongos,   PLATIRAN  mostrou ser teratogênico14 e embriotóxico. Pacientes devem ser aconselhadas a evitarem a gravidez12. Se esta droga for usada durante a gravidez12 ou se a paciente engravidar durante o tratamento, a mesma deve ser informada do risco potencial para o feto15.

Observou-se o potencial carcinogênico do  PLATIRAN  em animais de laboratório. O desenvolvimento de leucemia16 aguda ligado ao uso de  PLATIRAN  raramente foi relatado no homem. Nestes relatos,   PLATIRAN  foi, em geral, administrado em associação a outros agentes leucemogênicos.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
2 Nefrotoxicidade: É um dano nos rins causado por substâncias químicas chamadas nefrotoxinas.
3 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
4 Ureia: 1. Resíduo tóxico produzido pelo organismo, resulta da quebra de proteínas pelo fígado. É normalmente removida do organismo pelos rins e excretada na urina. 2. Substância azotada. Composto orgânico cristalino, incolor, de fórmula CO(NH2)2 (ou CH4N2O), com um ponto de fusão de 132,7 °C.
5 Parestesias: São sensações cutâneas subjetivas (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação.
6 Propriocepção: Também denominada de cinestesia, é a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão. Esta percepção permite a manutenção do equilíbrio postural e a realização de diversas atividades. Ela resulta da interação das fibras musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações táteis e do sistema vestibular, localizado no ouvido interno.
7 Ototoxicidade: Dano causado aos sistemas coclear e/ou vestibular resultante de exposição a substâncias químicas.
8 Audiometria: Método utilizado para estudar a capacidade e acuidade auditivas perante diferentes freqüências sonoras.
9 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
10 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
11 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
12 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
13 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
14 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
15 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
16 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.

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