POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO PLATIRAN

Atualizado em 28/05/2016

PLATIRAN  solução deve ser usado apenas por via intravenosa e deve ser administrado por infusão I.V. como recomendado abaixo.

POSOLOGIA

Nota: AGULHAS OU EQUIPOS QUE CONTENHAM PARTES DE ALUMÍNIO E QUE POSSAM ENTRAR EM CONTATO COM O  PLATIRAN , NÃO DEVEM SER USADOS PARA SUA PREPARAÇÃO OU ADMINISTRAÇÃO. O ALUMÍNIO REAGE COM  PLATIRAN , LEVANDO À FORMAÇÃO DE UM PRECIPITADO E À PERDA DE POTÊNCIA.


Tumores Metastáticos de Testículo1

A dose usual de  PLATIRAN  par o tratamento de câncer2 de testículo1 em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados é 20 mg/m 2  I.V., diariamente por 5 dias cada 3 semanas por um mínimo de 4 ciclos.

Tumores Metastáticos de Ovário3

A dose usual de  PLATIRAN  para o tratamento de tumores metastáticos de ovário3 em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados é 75-100 mg/m 2  I.V. uma vez cada 3 a 4 semanas por um mínimo de 4 ciclos.

Como agente único,  PLATIRAN  deve ser administrado na dose de 100 mg/m² por via I.V., uma vez a cada 4 semanas.


Câncer2 Avançado de Bexiga4

PLATIRAN  deve ser administrado como agente único na dose de 50 a 70 mg/m² I.V., uma vez a cada 3 a 4 semanas dependendo da extensão dos tratamentos radioterápicos e/ou quimioterápicos anteriores. Em pacientes com tratamentos prévios muito agressivos, recomenda-se uma dose inicial de 50 mg/m², repetida a cada 4 semanas.


Carcinoma5 espino-celulares de cabeça6 e pescoço7

A dose usual de  PLATIRAN  para o tratamento de carcinoma5 espino-celulares de cabeça6 e pescoço7 em associação com outros agentes quimioterápicos aprovados é 60-100 mg/m 2  I.V. uma vez ao dia cada 3 semanas.

ADMINISTRAÇÃO

Os seguintes princípios importantes devem ser levados em consideração por ocasião da administração da cisplatina:

1. A cisplatina deve ser administrada em solução intravenosa contendo pelo menos 0,3% de NaCl. Esta quantidade de íons8 cloreto é essencial para a manutenção da estabilidade da cisplatina na solução intravenosa. A droga deve ser diluída em solução fisiológica9 a 0,9% ou em 1/2 ou 1/3 de solução fisiológica9 com solução glicosada a 5%.

2. Uma diurese10 de 100 ml/hora ou mais, tenderá a minimizar a nefrotoxicidade11 da cisplatina. Isto pode ser obtido através de hidratação prévia com 2 litros de uma solução intravenosa apropriada e de hidratação similar após a administração da cisplatina (recomenda-se 2.500 ml/m 2 /24 horas). Se uma hidratação vigorosa for insuficiente para manter uma diurese10 adequada, um diurético12 osmótico13 pode ser administrado (por exemplo, manitol).

3. A cisplatina pode ser administrada por infusão de 1 mg/minuto com pré e pós hidratação como recomendado acima. Alternativamente, a cisplatina pode ser administrada em um período de 6 a 8 horas com fluido suficiente para manter uma diurese10 adequada durante e após a administração.

4. A administração da cisplatina tem sido associada a desequilíbrios eletrolíticos, incluindo hipomagnesemia sintomática14. Portanto, recomenda-se a monitorização dos eletrólitos15 séricos antes, durante e após cada ciclo de cisplatina.

Não administrar novo ciclo de  PLATIRAN  até que a creatinina16 sérica seja inferior a 1,5mg/100ml e/ou a uréia17 esteja abaixo de 25 mg/100ml e os elementos circulantes do sangue18 estejam em níveis aceitáveis (plaquetas19 maior ou igual a 100.000/mm 3  e leucócitos20 maior ou igual a 4.000/mm 3 ). Doses subsequentes de  PLATIRAN  não devem ser administradas até que uma análise audiométrica indique que a acuidade auditiva esteja dentro dos limites normais.

Assim como outros compostos potencialmente tóxicos, deve-se tomar cuidado na manipulação da solução de cisplatina. Podem ocorrer reações cutâneas21 associadas à exposição acidental à cisplatina. Recomenda-se o uso de luvas. Se a solução de cisplatina entrar em contato com a pele22 ou mucosa23, lavar bem a região imediatamente com água e sabão.

Nota: Devem ser considerados os procedimentos quanto à manipulação e descarte das drogas anticâncer. Já foram publicados vários guias sobre este assunto (1 a 7); porém, não há um acordo geral de que todos os procedimentos recomendados nestes guias sejam necessários ou apropriados.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Testículo: A gônada masculina contendo duas partes funcionais Sinônimos: Testículos
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Ovário: Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais Sinônimos: Ovários
4 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
5 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
6 Cabeça:
7 Pescoço:
8 Íons: Átomos ou grupos atômicos eletricamente carregados.
9 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
10 Diurese: Diurese é excreção de urina, fenômeno que se dá nos rins. É impróprio usar esse termo na acepção de urina, micção, freqüência miccional ou volume urinário. Um paciente com retenção urinária aguda pode, inicialmente, ter diurese normal.
11 Nefrotoxicidade: É um dano nos rins causado por substâncias químicas chamadas nefrotoxinas.
12 Diurético: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
13 Osmótico: Relativo à osmose, ou seja, ao fluxo do solvente de uma solução pouco concentrada, em direção a outra mais concentrada, que se dá através de uma membrana semipermeável.
14 Sintomática: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
15 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
16 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
17 Ureia: 1. Resíduo tóxico produzido pelo organismo, resulta da quebra de proteínas pelo fígado. É normalmente removida do organismo pelos rins e excretada na urina. 2. Substância azotada. Composto orgânico cristalino, incolor, de fórmula CO(NH2)2 (ou CH4N2O), com um ponto de fusão de 132,7 °C.
18 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
19 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
20 Leucócitos: Células sangüíneas brancas. Compreendem tanto os leucócitos granulócitos (BASÓFILOS, EOSINÓFILOS e NEUTRÓFILOS) como os não granulócitos (LINFÓCITOS e MONÓCITOS). Sinônimos: Células Brancas do Sangue; Corpúsculos Sanguíneos Brancos; Corpúsculos Brancos Sanguíneos; Corpúsculos Brancos do Sangue; Células Sanguíneas Brancas
21 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
22 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
23 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.

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