ADVERTÊNCIAS SOTACOR
Pró-arritmia1
O efeito adverso mais perigoso das drogas antiarrítmicas é o agravamento das arritmias2 pré-existente ou a indução de novas arritmias2. as drogas que prolongam o intervalo QT podem causar ''torsade de pointes'', uma taquicardia3 ventricular polimórfica associada com o prolongamento do intervalo QT. a experiência até o momento indicam que o risco de "torsade" está associado com o prolongamento do intervalo QT, redução da frequência cardíaca, redução do potássio e magnésio sérico (p. ex. como consequência do uso de diurético4), altas concentrações de droga no plasma5 (p.ex. como consequência de superdosagem ou insuficiência renal6) e com o uso concomitante de sotalol e outras medicações tais como anti-depresivos e antiarrítmicos de classe I os quais foram associados com ''torsades de pointes''. as mulheres parecem ter o risco de desenvolvimento de ''torsades de pointes'' aumentado. monitorização do eletrocardiograma7 imediatamente antes ou após o episódio geralmente revela intervalos QT e QTc prolongados. nos estudos clínicos sotacor, em geral, não tem sido iniciado em pacientes cujo intervalo QTc do pré-tratamento tenha excedido 450 mseg. sotacor deve ser titulado muito cautelosamente em pacientes com intervalos QT prolongados.o ''torsades de pointes'' é dependente da dose e, em geral ocorre precocemente após o início da terapia ou no escalonamento da dose e termina de forma espontânea na maioria dos pacientes. embora a maioria dos episódios de ''torsades de pointes'' sejam autolimitados ou associados com sintomas8 (p. ex. síncope9), eles podem progredir para fibrilação ventricular.
durante os estudos clínicos, 4,3% dos 3257 pacientes com arritmias2 experimentaram um episódio piorado ou novo de arritmia1 ventricular, incluindo taquicardia3 ventricular sustentada (aproximadamente 1%) e ''torsades de pointes'' (2,4%). além disso, em aproximadamente 1% dos pacientes, as mortes foram consideradas possivelmente relacionadas a droga. em pacientes com outras arritmias2 ventriculares e supraventriculares menos sérias, a incidência10 de ''torsades de pointes'' foi 1% e 1,4%, respectivamente.
pró-arritmias2 graves incluindo ''torsades de pointes'' estavam relacionadas com a dose como indicado abaixo:
dose diária incidência10 de próarritmias pacientes
(mg) graves*
1 - 80 0 0/72
81 - 160 0,5% 4/838
161 - 320 1,8% 17/960
321 - 480 4,5% 21/471
481 - 640 4,6% 15/327
> 640 6,8% 7/103
* ''torsade de pointes'' ou novas tv/fv sustentada
outros fatores de risco para ''torsades de pointes'' foram o prolongamento excessivo do intervalo QTc e história de cardiomegalia11 ou insuficiência cardíaca congestiva12 (icc). Os pacientes com taquicardia3 ventricular sustentada e história de ICC tiveram um risco mais alto de pró-arritmia1 grave (aproximadamente 7%). eventos pro-arrítmicos devem ser esperados não somente no início da terapia, mas com cada ajuste crescente de dose; os eventos temden a ocorrer dentro de 7 dias do início da terapia ou com um aumento da dose. terapia inicial com 80mg duas vezes ao dia com aumento gradual em consequência da titulação da dose, reduz o risco de pró-arritmia1 (ver posologia). sotacor deve ser usado com cautela caso o intervalo qtc seja maior que 500mseg na terapia e deve-se considerar seriamente a redução da dose ou descontinuação da terapia quando o intervalo qt exceder 550 mseg. devido aos múltiplos fatores de risco associados com o ''torsade de pointes'', contudo, deve-se usar de cautela com relação ao intervalo qtc.
Retirada repentina: observa-se hipersensibilidade às catecolaminas nos pacientes onde ocorreu a retirada da terapia com beta-bloqueadores. Casos ocasionais de agravamento da angina13 pectoris, arritmias2 e, em alguns casos, infarto do miocárdio14 foi reportado após descontinuação repentina da terapia com beta-bloqueadores. Portanto, recomenda-se que, pacientes em uso crônico15 de sotacor devem ser cuidadosamente monitorizados quando da sua descontinuação, particularmente em pacientes com isquemia16 cardíaca. se possível a dosagem deve ser gradualmente reduzida em um período de uma a duas semanas. em razão da doença arterial coronariana ser comum e poder não ser reconhecida em pacientes recebendo sotacor, a descontinuação repentina em pacientes com arritmias2 pode deixar perceptível a insuficiência17 coronariana latente.
Insuficiência cardíaca congestiva12: o beta-bloqueio pode levar à depressão da contratilidade do miocárdio18 e precipitar uma insuficiência cardíaca19 mais severa. recomenda-se cuidado quando do início da terapia em pacientes com disfunção ventricular esquerda controlada pela terapia (p. ex. inibidor da eca, diuréticos20, digitálicos, etc). uma dose inicial baixa e uma cuidadosa titulação de dose é conveniente.
Infarto do miocárdio14 recente: Em pacientes pós-infarto21 com função ventricular esquerda comprometida, deve-se considerar o risco e o benefício da administração de sotalol. uma cuidadosa monitorização e titulação de dose são importantes durante o início e no acompanhamento da terapia. os eventos adversos de estudos clínicos envolvendo drogas antiarrítmicas (isto é, aumento aparente na mortalidade22) sugerem que o sotacor deve ser evitado em pacientes com fração de ejeção do ventrículo esquerdo < 40% sem arritmias2 ventriculares sérias.
em um extenso estudo controlado em pacientes com infarto do miocárdio14 recente, sem insuficiência cardíaca19, que não tiveram necessariamente arritmias2 ventriculares, o tratamento com cloridrato de sotalol oral foi associado com uma redução estatisticamente não significativa do risco na mortalidade22 comparado ao grupo placebo23 (18%). neste estudo pós-infarto21 usando uma dose fixa de 320mg uma vez ao dia e em um segundo estudo randomizado24, pequeno, em pacientes de alto risco pós- infartados com frações de ejeção do ventrículo esquerdo < 40% tratados com altas doses (640mg/dia), houve indícios de um excesso de mortes precoces súbitas.
Distúrbios eletrolíticos: SOTACOR NÃO DEVE SER USADO EM PACIENTES COM HIPOCALEMIA25 OU HIPOMAGNESEMIA, ANTES DA CORREÇÃO DO DESEQUILÍBRIO; ESTAS CONDIÇÕES PODEM AGRAVAR O GRAU DE PROLONGAMENTO DO INTERVALO QT E AUMENTAR O POTENCIAL PARA ''TORSADES DE POINTES''. ATENÇÃO ESPECIAL DEVE SER DADA PARA O BALANÇO DE ELETRÓLITOS26 E ÁCIDO-BÁSICO EM PACIENTES COM DIARRÉIA27 SEVERA E PROLONGADA OU PACIENTES RECEBENDO CONCOMITANTEMENTE DROGAS DEPLETORAS DE MAGNÉSIO E/OU POTÁSSIO.
ALTERAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS: PROLONGAMENTO EXCESSIVO DO INTERVALO QT MAIOR QUE 0,55 SEGUNDOS PODE SER UM SINAL28 DE TOXICIDADE29 E DEVE SER EVITADO. BRADICARDIA30 SINUSAL (BATIMENTO CARDÍACO MENOR QUE 50 BATIMENTOS POR MINUTO) OCORREU COM UMA FREQUÊNCIA DE 13% EM PACIENTES ARRÍTMICOS RECEBENDO SOTACOR NOS ENSAIOS CLÍNICOS31. A BRADICARDIA30 POR SI SÓ AUMENTA O RISCO DE ''TORSADES DE POINTES''. PAUSA, PARADA E DISFUNÇÃO DO NÓ SINUSAL32 OCORRE EM MENOS DE 1% DOS PACIENTES. A INCIDÊNCIA10 DE BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE 2o OU 3 o GRAU É DE APROXIMADAMENTE 1%.
ANAFILAXIA33: PACIENTES COM HISTÓRIA DE REAÇÃO ANAFILÁTICA34 PARA UMA VARIEDADE DE ALERGENOS35 PODE TER UMA REAÇÃO MAIS SEVERA COM ADMINISTRAÇÕES REPETIDAS ENQUANTO RECEBENDO BETA-BLOQUEADORES. TAIS PACIENTES PODEM NÃO RESPONDER ÀS DOSES USUAIS DE EPINEFRINA USADAS PARA O TRATAMENTO DE REAÇÕES ALÉRGICAS.