INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS KLARICID UD
Resultados de estudos clínicos revelaram que existe um aumento ligeiro, mas estatisticamente significativo (p < 0,05), nos níveis circulantes de teofilina ou de carbamazepina, quando alguma destas medicações é administrada concomitantemente com a claritromicina. Como ocorre com outros macrolídeos, o uso de claritromicina pode elevar os níveis séricos de medicações concomitantes, metabolizadas pelo sistema do citocromo P450 (p. ex.: warfarina, alcalóides do ergot, triazolam, midazolam, ciclosporina). Elevação nas concentrações séricas de digoxina foram relatadas em pacientes que receberam concomitantemente claritromicina comprimidos e digoxina. A monitorização dos níveis séricos da digoxina deve ser considerada. Foi descrito que os macrolídeos podem alterar o metabolismo1 da terfenadina e do astemizol, resultando em aumento dos níveis séricos destes, o que ocasionalmente pode estar associado com arritmias2 cardíacas. A administração simultânea de comprimidos de claritromicina e zidovudina a pacientes adultos pode resultar em decréscimo do estado de equilíbrio (steady-state) das concentrações de zidovudina. Como aparentemente a claritromicina interfere com a absorção da zidovudina, quando estas medicações são administradas simultaneamente, esta interação pode ser amplamente evitada, intercalando-se as doses de ambas as medicações. Esta interação não parece ocorrer em pacientes pediátricos, tratados concomitantemente com claritromicina suspensão e zidovudina ou dideoxiinosina. Um estudo farmacocinético demonstrou que a administração concomitante de 200 mg de ritonavir a cada 8 horas e 500 mg de claritromicina a cada 12 horas resultou em importante inibição do metabolismo1 da claritromicina. O Cmax da claritromicina aumentou 31%, o Cmin aumentou 182% e AUC3 aumentou 77% com a administração concomitante de ritonavir. Foi observada uma completa inibição da formação do metabólito4 14-[R]-hidroxi-claritromicina. Devido à grande janela terapêutica5 da claritromicina, não é necessária nenhuma redução de dose em pacientes com função renal6 normal. Entretanto, em pacientes com disfunção renal6, os seguintes ajustes deverão ser considerados: para pacientes7 com depuração de creatinina8 entre 30 e 60 ml/min, a dose de claritromicina deve ser reduzida em 50%. Para pacientes7 com depuração de creatinina8 menor do que 30 ml/min a dose de claritromicina deverá ser diminuída em 75%. Doses de claritromicina maiores que 1 g/dia não devem ser administradas concomitantemente com ritonavir.