
INFORMAÇÕES TÉCNICAS ENFLURAN
O ENFLURAN é um líquido incolor, anestésico inalatório, transparente, não inflamável, estável e não explosivo e usado em dose baixa para proporcionar analgesia que não necessite de perda de consciência do paciente.
A anestesia1 com ENFLURAN produz uma rápida e agradável indução, sendo fácil e rapidamente reversível, com adequado relaxamento muscular para a maioria das intervenções cirúrgicas.
Depois do uso de anestesias, com o enflurano, existe a possibilidade de diminuição da capacidade psicomotora2, durante aproximadamente 24 horas. Após a anestesia1 deve-se ter precaução para conduzir ou realizar tarefas que requeiram atenção e coordenação.
Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas ou de depressores do SNC3 durante 24 horas após a anestesia1, a menos que o médico o autorize especificamente.
Conservar em temperatura ambiente controlada, entre 15 e 25ºC, e proteger da luz.
Seu prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação, sendo que após este prazo o produto pode não ter mais efeito terapêutico.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE4.
O ENFLURAN não possui nenhum estabilizante ou conservante químico e é acondicionado em frascos de vidro de cor âmbar. Seu uso deve ser restrito ao ambiente hospitalar.
O ENFLURAN tem ação similar a do Halotano.
É administrado usando um vaporizador calibrado para indução e manutenção de anestesia1 geral.
O Enflurano é um anestésico geral que proporciona indução e recuperações rápidas e suaves; determina em estímulo mínimo ou nulo das secreções salivares e bronquiais.
Os reflexos faringeanos e laríngeos são prontamente abolidos, permitindo fácil intubação traqueal.
Da mesma forma que ocorre com outros agentes inalatórios, o volume respiratório diminui à medida que se aprofunda a anestesia1. Não obstante, ao contrário de outros anestésicos congêneres, favorece a reação do suspiro e permite manter frequência respiratória constante ou discretamente diminuída. Durante a indução ocorre ligeiro declínio da pressão sanguínea, a qual retorna aos valores aproximados da normalidade, sob o estímulo cirúrgico.
O aprofundamento da anestesia1 produz diminuição correspondente das cifras tensionais. A frequência cardíaca mantém-se constante, sem evidência significativa da bradicardia5. O controle eletrocardiográfico demonstra que o ritmo cardíaco permanece estável e que não é afetado pela elevação de tensão de CO2 arterial.
Estudos em seres humanos mostraram que a injeção6 de adrenalina7 (epinefrina) pode ser administrada com segurança em concentração máxima de 1:100.000, em quantidade de 10 ml em cada 10 minutos e não mais de 30 ml por hora.
O enflurano não modifica a coagulação8 do sangue9 nem altera o hemograma. Não ocorrem variações no volume sanguíneo e não há efeito significativo sobre a bioquímica do sangue9. O relaxamento muscular proporcionado pelo enflurano, é considerado excelente e adequado a prática de muitos tipos de cirurgia, incluindo cirurgias intra-abdominais, mas em caso de necessidade de maior grau de relaxamento, pode-se administrar pequenas doses adicionais de miorrelaxantes.
Todos os relaxantes musculares comumente empregados são compatíveis ao enflurano. Todavia, os do tipo "não despolarizante" são acentuadamente potencializados por enflurano e por essa razão, suas doses habituais devem ser reduzidos à metade.
A neostigmina não inverte o efeito miorrelaxante10 produzido pelo enflurano.
Demonstrou-se que o enflurano é metabolizado pelo organismo humano, em grau muito menor do que outros agentes halogenados e a dosagem dos fluoretos urinários indica que sua degradação metabólica é da ordem de apenas 10 a 25% da sofrida pelos citados agentes.
Tal fato tem sido atribuído à grande estabilidade química da molécula do enflurano e ao seu coeficiente de distribuição sangue9/gás, relativamente baixo na ordem de 1,91 a 37 graus Celsius.
No uso em obstetrícia, com concentrações entre 0,25 a 1,0%, as perdas sanguíneas são comparáveis aos outros anestésicos. Essas concentrações dão aos recém-nascidos índices de Apgar normais.
Os testes neuro-comportamentais feitos nas primeiras 24 horas de vida do recém-nascido não mostraram alterações.
As doses de enflurano até 1% não deprimem as forças uterinas durante o trabalho de parto e nem durante a expulsão fetal; doses de 1 a 2% diminuem essas forças e doses de 2 a 3% podem até aboli-las.
O enflurano desloca a curva de resposta do miométrio11 aos ocitócicos; assim sendo, doses entre 1,5 a 3% de enflurano podem diminuir ou até abolir a resposta.
Assim sendo, a perda sanguínea poderá ser maior que a habitual.
Esses fatos não ocorrem dentro das doses recomendadas de 0,25% a 1%.