FARMACODINÂMICA LOVASTATINA

Atualizado em 28/05/2016
O envolvimento das lipoproteínas de baixa densidade (LDL1-C) na aterogênese, têm sido bem documentado por estudos clínicos
e patológicos, bem como em vários experimentos realizados em animais. Estudos clínicos e epidemiológicos estabeleceram que valores altos de LDL1-C e baixos de liproproteínas de alta densidade HDL2-C estão associados com o desenvolvimento e a progressão da doença coronariana3 cardíaca. Contudo, o risco de desenvolvimento de doença coronariana3 é independente e eventos coronarianos podem ocorrer em pacientes com valores de colesterol4 total e LDL1-C abaixo dos limites estabelecidos. Em estudos clínicos, a Lovastatina reduziu as concentrações de colesterol4 plasmático total, da lipoproteína de baixa
densidade (LDL1) e da lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) ligadas ao colesterol4. Adicionalmente, a Lovastatina aumentou moderadamente os valores da lipoproteína de alta densidade (HDL2) e reduziu os triglicérides5 plasmáticos.
A forma ativa da Lovastatina é um inibidor específico da HMG-CoA redutase, a enzima6 que catalisa a conversão de HMG-CoA para mevalonato. Em virtude dessa conversão ser uma etapa precoce na biossíntese do colesterol4, não se espera que a terapia com Lovastatina cause acúmulo de esteróis potencialmente tóxicos. Além disso, a HMGCoA é rapidamente metabolizada de volta a acetil-CoA, a qual participa de muitos processos biossintéticos do organismo.
A Lovastatina foi estudada no tratamento de hipercolesterolemia7 primária, quando a dieta apenas foi insuficiente. A Lovastatina foi altamente eficaz na redução do LDL1-colesterol4 e colesterol4 total, nas formas de hipercolesterolemia7 heterozigótica familiar e não-familiar, e na hiperlipidemia8 mista, quando o colesterol4 elevado era preocupante.
Observou-se marcante resposta em duas semanas, e a resposta terapêutica9 máxima ocorreu em quatro a seis semanas. A resposta foi mantida enquanto durou a terapia. Quando a terapia com Lovastatina foi interrompida, o nível de colesterol4 total retornou aos níveis anteriores ao tratamento.
Lovastatina foi eficaz na hipercolesterolemia7 primária não-complicada de pacientes com diabetes10 do tipo I (insulino-dependente) bem controlado ou diabetes10 do tipo II (não-insulino dependente). As reduções dos lípides plasmáticos foram semelhantes às relatadas em populações nãodiabéticas.
O controle da glicose11 não foi afetado adversamente.
Em estudos clínicos, a Lovastatina retardou a progressão da aterosclerose12 coronariana, com ou sem terapia concomitante com colestipol.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
2 HDL: Abreviatura utilizada para denominar um tipo de proteína encarregada de transportar o colesterol sanguíneo, que se relaciona com menor risco cardiovascular. Também é conhecido como “Bom Colesterolâ€. Seus valores normais são de 35-50mg/dl.
3 Doença coronariana: Doença do coração causada por estreitamento das artérias que fornecem sangue ao coração. Se o fluxo é cortado, o resultado é um ataque cardíaco.
4 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
5 Triglicérides: A principal maneira de armazenar os lipídeos no tecido adiposo é sob a forma de triglicérides. São também os tipos de lipídeos mais abundantes na alimentação. Podem ser definidos como compostos formados pela união de três ácidos graxos com glicerol. Os triglicérides sólidos em temperatura ambiente são conhecidos como gorduras, enquanto os líquidos são os óleos. As gorduras geralmente possuem uma alta proporção de ácidos graxos saturados de cadeia longa, já os óleos normalmente contêm mais ácidos graxos insaturados de cadeia curta.
6 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
7 Hipercolesterolemia: Aumento dos níveis de colesterol do sangue. Está associada a uma maior predisposição ao desenvolvimento de aterosclerose.
8 Hiperlipidemia: Condição em que os níveis de gorduras e colesterol estão mais altos que o normal.
9 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
10 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
11 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
12 Aterosclerose: Tipo de arteriosclerose caracterizado pela formação de placas de ateroma sobre a parede das artérias.

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