ADVERTÊNCIAS MIOSAN CAF

Atualizado em 28/05/2016

O cloridrato de ciclobenzaprina é relacionado estruturalmente com os antidepressivostricíclicos (p. ex. amitriptilina e imipramina). Quando as doses
administradas forem maiores do que as recomendadas, podem ocorrer sérias
reações no Sistema Nervoso Central1.
A ciclobenzaprina interage com a monoaminoxidase. Crise hiperpirética,
convulsões severas e morte pode ocorrer em pacientes que recebem antidepressivos
tricíclicos, incluíndo a furazolidona, a pargilina, a procarbazina
e IMAO2.
A ciclobenzaprina pode aumentar os efeitos do álcool, barbitúricos e de outras
drogas depressoras do SNC3.
Sugere-se limitar o consumo de alimentos e bebidas que apresente em sua
composição cafeína durante o tratamento com medicações que contenham
cafeína em sua formulação.
Diversos estudos têm demonstrado que a retirada ou redução abrupta da
cafeína em indivíduos com consumo regular por longo período de tempo, pode
desencadear sintomas4 como cefaléia5, letargia6 e dificuldade de concentração,
que normalmente têm início em 12-24 horas, pico em 20 a 48 horas e duração
em torno de uma semana.
Doses acima de 250 mg de cafeína ao dia aumentam a freqüência e severidade
dos efeitos adversos.

Precauções
Devido à sua ação atropínica, a ciclobenzaprina deve ser utilizada com cautela
em pacientes com história de retenção urinária7, glaucoma8 de ângulo fechado,
pressão intra-ocular elevada ou naqueles em tratamento com medicação
anticolinérgica. Pelos mesmos motivos, os pacientes com antecedentes de
taquicardia9, bem como os que sofrem de hipertrofia10 prostática, devem ser
submetidos a cuidadosa avaliação dos efeitos adversos durante o tratamento
com a ciclobenzaprina. Não se recomenda a utilização do medicamento nos
pacientes em fase de recuperação do infarto do miocárdio11, nas arritmias12
cardíacas, insuficiência cardíaca congestiva13, bloqueio cardíaco14 ou outros
problemas de condução. O risco de arritmias12 pode estar aumentado nos casos
de hipertireoidismo15.
A utilização de ciclobenzaprina por períodos superiores a duas ou três semanas
deve ser feita com o devido acompanhamento médico. Os pacientes devem
ser advertidos de que a sua capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas
perigosas pode estar comprometida durante o tratamento.
Gravidez16
Estudos sobre a reprodução17 realizados em ratazanas, camundongos e coelhos,
com dose até 20 vezes a dose para humanos, não evidenciam a existência
de alteração sobre a fertilidade ou de danos ao feto18, devidos ao produto.
Entretanto, não há estudos adequados e bem controlados sobre a segurança
do uso de ciclobenzaprina em mulheres grávidas. Como os estudos em animais
nem sempre reproduzem a resposta em humanos, não se recomenda a
administração de ciclobenzaprina durante a gravidez16.
A cafeína atravessa a barreira placentária, e durante a gestação seu metabolismo19
encontra-se reduzido.
Estudos não tem identificado aumento da incidência20 de mal formações associadas
ao consumo de cafeína. Aumento da ocorrência de abortamentos e baixo
peso ao nascimento tem sido relacionado ao consumo de cafeína, mas não
existem dados que confirmem esta associação. A cafeína pode potencializar
os efeitos teratogênicos21 do tabaco, álcool, ergotamina e propranolol.
Amamentação22
Não é conhecido se a droga é excretada no leite materno. Como a ciclobenzaprina
é quimicamente relacionada aos antidepressivos tricíclicos, alguns dos
quais são excretados no leite materno, cuidados especiais devem ser tomados
quando o produto for prescrito a mulheres que estejam amamentando.
Cerca de 1% do total da cafeína sérica pode ser encontrada no leite materno,
mas segundo avaliação da American Academy of Pediatrics e da World Health
Organization (WHO), o uso da cafeína em baixas doses é compatível com a
amamentação22. O consumo de cafeína pela mãe não é associado a efeitos
adversos no lactente23, entretanto o consumo excessivo pode ser associado à
irritabilidade e alterações do padrão de sono da criança.
Pediatria
Não foi estabelecida a segurança e a eficácia de ciclobenzaprina em crianças
menores de 15 anos.
Geriatria
Não se dispõe de informações. Os pacientes idosos manifestam sensibilidade
aumentada a outros antimuscarínicos e é mais provável que experimentem
reações adversas aos antidepressivos tricíclicos relacionados estruturalmente
com a ciclobenzaprina do que os adultos jovens.
Odontologia
Os efeitos antimuscarínicos periféricos da droga, podem inibir o fluxo salivar,
contribuindo para o desenvolvimento de cáries24, doenças periodontais25, candidíase26
oral e mal estar.
Carcinogenicidade, Mutagenicidade e Alterações Sobre a Fertilidade
Os estudos em animais com doses de 5 a 40 vezes a dose recomendada para
humanos, não revelaram propriedades carcinogênicas ou mutagênicas da
droga. Alterações hepáticas27 como empalidecimento ou aumento do fígado28,
foram observadas em casos dose-relacionados de lipidose com vacuolação
do hepatócito. No grupo que recebeu altas doses as mudanças microscópicas
foram encontradas após 26 semanas. A ciclobenzaprina não afetou, por si
mesma, a incidência20 ou a distribuição de neoplasias29 nos estudos realizados
em ratos e camundongos.
Doses orais de ciclobenzaprina, até 10 vezes a dose para humanos, não
afetaram adversamente o desempenho ou a fertilidade de ratazanas machos
ou fêmeas. A ciclobenzaprina não demonstrou atividade mutagênica sobre
camundongos machos a dose de até 20 vezes a dose para humanos.
Numerosos estudos epidemiológicos tem avaliado a relação entre o consumo
de café e da cafeína no risco de desenvolvimento de doenças neoplásicas30.
Recentes estudos de coorte31 não têm observado significante associação entre o
consumo de cafeína e risco de câncer32 de pâncreas33, ovário34, bexiga35, estômago36,
próstata37 e mama38.
Pacientes com insuficiência hepática39
A meia-vida da cafeína está aumentada em pacientes com doenças hepáticas27
como cirrose40 e hepatite41 viral.
Interferência em exames laboratoriais
Até o momento não existem dados disponíveis relacionados à interferência da
ciclobenzaprina e da cafeína em exames laboratoriais.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
2 IMAO: Tipo de antidepressivo que inibe a enzima monoaminoxidase (ou MAO), hoje usado geralmente como droga de terceira linha para a depressão devido às restrições dietéticas e ao uso de certos medicamentos que seu uso impõe. Deve ser considerada droga de primeira escolha no tratamento da depressão atípica (com sensibilidade à rejeição) ou agente útil no distúrbio do pânico e na depressão refratária. Pode causar hipotensão ortostática e efeitos simpaticomiméticos tais como taquicardia, suores e tremores. Náusea, insônia (associada à intensa sonolência à tarde) e disfunção sexual são comuns. Os efeitos sobre o sistema nervoso central incluem agitação e psicoses tóxicas. O término da terapia com inibidores da MAO pode estar associado à ansiedade, agitação, desaceleração cognitiva e dor de cabeça, por isso sua retirada deve ser muito gradual e orientada por um médico psiquiatra.
3 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
4 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
5 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
6 Letargia: Em psicopatologia, é o estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo, do qual a pessoa pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir. Por extensão de sentido, é a incapacidade de reagir e de expressar emoções; apatia, inércia e/ou desinteresse.
7 Retenção urinária: É um problema de esvaziamento da bexiga causado por diferentes condições. Normalmente, o ato miccional pode ser iniciado voluntariamente e a bexiga se esvazia por completo. Retenção urinária é a retenção anormal de urina na bexiga.
8 Glaucoma: É quando há aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico decorrentes desse aumento de pressão. Esses danos se expressam no exame de fundo de olho e por alterações no campo de visão.
9 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
10 Hipertrofia: 1. Desenvolvimento ou crescimento excessivo de um órgão ou de parte dele devido a um aumento do tamanho de suas células constituintes. 2. Desenvolvimento ou crescimento excessivo, em tamanho ou em complexidade (de alguma coisa). 3. Em medicina, é aumento do tamanho (mas não da quantidade) de células que compõem um tecido. Pode ser acompanhada pelo aumento do tamanho do órgão do qual faz parte.
11 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
12 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
13 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.
14 Bloqueio cardíaco: Transtorno da condução do impulso elétrico no tecido cardíaco especializado, manifestado por uma diminuição variável da freqüência dos batimentos cardíacos.
15 Hipertireoidismo: Doença caracterizada por um aumento anormal da atividade dos hormônios tireoidianos. Pode ser produzido pela administração externa de hormônios tireoidianos (hipertireoidismo iatrogênico) ou pelo aumento de uma produção destes nas glândulas tireóideas. Seus sintomas, entre outros, são taquicardia, tremores finos, perda de peso, hiperatividade, exoftalmia.
16 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
17 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
18 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
19 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
20 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
21 Teratogênicos: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
22 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
23 Lactente: Que ou aquele que mama, bebê. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
24 Cáries: Destruição do esmalte dental produzida pela proliferação de bactérias na cavidade oral.
25 Periodontais: Relativo ao ou próprio do tecido em torno dos dentes, o periodonto. O periodonto é o tecido conjuntivo que fixa o dente no alvéolo.
26 Candidíase: É o nome da infecção produzida pela Candida albicans, um fungo que produz doença em mucosas, na pele ou em órgãos profundos (candidíase sistêmica).As infecções profundas podem ser mais freqüentes em pessoas com deficiência no sistema imunológico (pacientes com câncer, SIDA, etc.).
27 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
28 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
29 Neoplasias: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
30 Neoplásicas: Que apresentam neoplasias, ou seja, que apresentam processo patológico que resulta no desenvolvimento de neoplasma ou tumor. Um neoplasma é uma neoformação de crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido, mediante proliferação celular.
31 Estudos de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
32 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
33 Pâncreas: Órgão nodular (no ABDOME) que abriga GLÂNDULAS ENDÓCRINAS e GLÂNDULAS EXÓCRINAS. A pequena porção endócrina é composta pelas ILHOTAS DE LANGERHANS, que secretam vários hormônios na corrente sangüínea. A grande porção exócrina (PÂNCREAS EXÓCRINO) é uma glândula acinar composta, que secreta várias enzimas digestivas no sistema de ductos pancreáticos (que desemboca no DUODENO).
34 Ovário: Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais Sinônimos: Ovários
35 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
36 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
37 Próstata: Glândula que (nos machos) circunda o colo da BEXIGA e da URETRA. Secreta uma substância que liquefaz o sêmem coagulado. Está situada na cavidade pélvica (atrás da parte inferior da SÍNFISE PÚBICA, acima da camada profunda do ligamento triangular) e está assentada sobre o RETO.
38 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
39 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
40 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
41 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.

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