
RESULTADOS DE EFICÁCIA VÉDICA 350MG
Encontram-se na literatura extensivos dados in vitro e em modelos experimentais diversos que comprovam os efeitos antiinflamatórios da goma-resina de Boswellia serrata.
GERHARDT e colaboradores (2001) compararam os efeitos clínicos num estudo duplo-cego1 do extrato H15 da Boswellia serrata e da mesalazina em pacientes com Doença de Crohn2. Quarenta e quatro pacientes receberam o extrato H15 e 39 pacientes foram tratados com mesalazina. Os pacientes foram analisados quanto a mudança no índice de Atividade da Doença de Crohn2 (IADC) no momento inicial e final da terapia. Do inicio ao final do tratamento, os pacientes tratados com H15 tiveram uma redução de 90 pontos no IADC,
enquanto os pacientes que receberam mesalazina tiveram uma redução de 53 pontos. A boa tolerabilidade do H15 complementou a eficacia clinica. Este estudo confirmou que a terapia com H15 para pacientes3 com Doençaa de Crohn não e inferior a mesalazina, e possui um melhor risco-beneficio que a droga controle. (GERHARDT H; SEIFERT F; BUVARI P; VOGELSANG H; REPGES R. Therapy of active Crohn disease with Boswellia serrata extract H15. Z. Gastroenterol 39 (1), 11-17, 2001).
GUPTA e colaboradores (2001) estudaram o efeito da goma-resina de Boswellia serrata em pacientes com colite4 ulcerativa cronica. Foram selecionados 30 pacientes entre 18 e 48 anos com dor abdominal, diarreia5 com ou sem sangue6 e muco. Vinte pacientes receberam 300 mg da goma-resina (administradas três vezes ao dia - 900 mg diários) contendo 0,63% do acido 11-ceto--bosvélico, 0,7% do acido acetil-11-ceto--bosvélico e 1,5% de acido acetil--bosvélico e acido -bosvélico; outro grupo de 10 pacientes recebeu 1,0 g
três vezes ao dia (3,0 g diários) de sulfasalazina, medicamento sintético empregado de forma padrão contra essa patologia7 intestinal inflamatória (RANG et al., 2001). Apos seis semanas de tratamento nesse esquema, 18 dos 20 pacientes tratados com a goma-resina mostraram boas respostas clinicas, hematológicas e bioquímicas. A sigmoidoscopia completa demonstrou que os pacientes tiveram uma
redução das ulcerações8, da perda da friabilidade das mucosas9 e da granulação10. O estudo histopatológico demonstrou que a mucosa11 retal perdeu grande quantidade de celulas12 inflamadas porem não distorceu a arquitetura da mucosa11 retal. O teste de microscopia de varredura dos tecidos demonstrou a cicatrização das ulceras13, perda do tecido14 fibroso e das celulas12 cronicas inflamatórias. No grupo controle, 6 dos 10 pacientes demonstraram resultados similares ao grupo que recebeu tratamento com acido bosvélico. Este estudo
concluiu que o tratamento da colite4 ulcerativa cronica pode ser feito com a goma-resina de Boswellia serrata, com poucos efeitos colaterais15 manifestos pelos voluntários. (GUPTA I; PARIHAR A; MALHOTRA P; GUPTA S; LUDTKE R; SAFAYHI H; AMMON HPT. Effects of gum resin of Boswellia serrata in patients with chronic colitis. Planta Medica, 67: 391-395, 2001).
Outro estudo realizado por GUPTA e colaboradores (1997) envolveu 34 pacientes que sofriam de colite4 ulcerativa de graus II (18 pacientes) e III (16 pacientes). Esses voluntários tomaram uma preparação da goma-resina de Boswellia serrata na dose de 350 mg três vezes ao dia durante seis semanas, acompanhados de um grupo controle de 10 pacientes (sulfasalazina 1g, três vezes ao dia). Os
pacientes tratados, apos o seguimento dentro do esquema relatado, apresentaram um percentual de 82% na remissão da patologia7, enquanto que os pacientes controles (10 pacientes) tiveram remissão de 75% da inflamação16. O exame sigmodoscopico foi realizado antes e depois do tratamento para que se definisse o grau da doença em cada paciente. Pelos resultados do exame, mostrou-se que
houve melhora do grau da doença em todos os grupos tratados. Dos pacientes com grau III, 75% do grupo que ingeriu Boswellia serrata e sulfasalazina (controle) melhoraram para graus 0 (zero) ou I, e a analise mostrou que não havia maiores diferenças na melhora entre estes dois tratamentos. Nenhum paciente mostrou parâmetros histopatológicos piorados depois do tratamento com ambas as medicações consideradas. A melhora no grupo tratado com Boswellia serrata (todos os graus) variou entre 80% (cripitites) e 64,7% (abscessos17), com evidencias de que os pacientes graus II da doença sempre responderam mais frequentemente ao tratamento. Os efeitos foram similares nos pacientes tratados com sulfasalazina, conforme já se conhece pelo uso dessa substancia. Dos parâmetros sanguíneos testados (hemoglobina18, calcio, fosforo e proteínas19 séricos), todos aumentaram durante o tratamento tanto com Boswellia serrata quanto com sulfasalazina. Também houve aumento nos níveis de ferro sérico, porem este foi mais pronunciado em pacientes tratados com a goma-resina. O total de leucócitos20 e eosinófilos21 diminuiram durante o tratamento em todos os grupos de uma maneira similar. ( GUPTA I; PARIHAR A; MALHOTRA P; SINGH GB; LUDTKE R; SAFAYHI H; AMMON HPT. Effects of Boswellia serrata gum resin in
patients with ulcerative colitis. European Journal of Medical Research 2: 37-43, 1997).
De acordo com ETZEL (1996), o extrato padronizado de Boswellia serrata (H15) produziu uma significante redução no inchaço22 e na dor de pacientes com artrite reumatóide23 comparado com o placebo24. A rigidez matutina destes pacientes foi frequentemente reduzida; os pacientes puderam com frequência reduzir a ingestão de antiinflamatórios não esteroidais durante o curso do tratamento e a saúde25 geral e o bem-estar dos pacientes melhorou. A incidência26 da necessidade de tratamento de emergência27 pelos pacientes que sofreram agravação dos sintomas28 repentinamente foi significativamente menor nos grupos tratados com goma-resina do que nos controles. Outro fator importante reportado pelo autor foi que a tolerância do tratamento pelos pacientes foi muito boa e que os efeitos adversos do H15 foram muito reduzidos. Em termos de efeitos colaterais15, relatou-se um caso de diarreia5 entre 20 pacientes, um caso de náusea29 entre 60 pacientes e 3 casos de urticaria30 local entre 152 pacientes. (ETZEL R. Special extract of Boswellia serrata (H 15) in the treatment of rheumatoid arthritis. Phytomedicine, 3(1): 91-4, 1996).
Em 2003, KIMMATKUR et al. avaliaram a eficacia, segurança e tolerabilidade de extrato da Boswellia serrata em pacientes portadores de osteoartrite31 de joelho, num estudo randomizado32, duplo-cego, controlado por placebo24 do tipo cruzado. Apos duas etapas de 8 semanas, com 21 dias de washout, avaliaram-se os efeitos do produto através de questionário validado envolvendo questões próprias como distancia de caminhada, dificuldades em ajoelhar-se, em sentar-se, etc., bem como aspectos ligados a dor, inchaço22 e perda de movimentos. Em ambos os grupos, o recebimento do extrato da goma-resina melhorou significantemente o comportamento dos pacientes, particularmente nos aspectos de dor, perda de movimento, inchaço22 bem como maiores escores do questionário. Em termos radiológicos não foram observadas alterações. Os efeitos adversos ocorreram apenas em dois pacientes e incluíram movimentos frouxos, náusea29 e dor epigástrica. (KIMMATKUR N; THAWANI V; HINGORANI L; KHIYANI R. Efficacy and tolerability of Boswellia serrata extract in treatment of osteoarthritis of knee- a randomized double-blind placebo24 controlled trial. Phytomedicine, 10: 3-7, 2003).