PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS FLUCONAL

Atualizado em 28/05/2016


Hepatoxicidade

O fluconazol foi associado com raros casos de toxicidade1 hepática2 grave incluindo fatalidades,

principalmente em pacientes com enfermidade basal grave. Não foi observada qualquer relação

com a dose total diária, duração do tratamento, sexo ou idade do paciente. A hepatotoxicidade3

causada pelo fluconazol foi geralmente reversível com a descontinuação do tratamento.

Pacientes com testes de função hepática2 anormais durante o tratamento com fluconazol devem

ser estritamente monitorados para evitar o desenvolvimento de danos hepáticos mais graves. Na

ocorrência de sinais4 clínicos ou sintomas5 relacionados ao desenvolvimento de danos hepáticos, o

tratamento deve ser descontinuado.

Reações cutâneas6

Alguns pacientes podem desenvolver raramente reações cutâneas6 esfoliativas durante o

tratamento, como Síndrome de Stevens-Johnson7 e necrólise epidérmica tóxica8. Pacientes com

AIDS estão mais predispostos ao desenvolvimento de reações cutâneas6 graves a fármacos. Na

ocorrência de rash9, o medicamento deve ser descontinuado e desconsiderada terapia posterior

com este agente. Em raros casos, como com outros azólicos, foi relatada anafilaxia10 com o uso de

fluconazol.

Achados cardiológicos

Alguns azólicos, incluindo o fluconazol , foram associados ao prolongamento do intervalo QTc.

Foram relatados casos muito raros de prolongamento do intervalo QT e Torsade de Pointes em

pacientes recebendo fluconazol durante o período pós-comercialização. Estes relatos incluíram

pacientes gravemente doentes com vários fatores de riscos concomitantes que podem ter

contribuído para a ocorrência destes eventos, tais como doença estrutural do coração11,

anormalidades de eletrólitos12 e uso de medicamentos concomitantes. O fluconazol deve ser

administrado com cuidado a pacientes com essas condições potencialmente pró-arrítmicas.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
2 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
3 Hepatotoxicidade: É um dano no fígado causado por substâncias químicas chamadas hepatotoxinas.
4 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
5 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
6 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
7 Síndrome de Stevens-Johnson: Forma grave, às vezes fatal, de eritema bolhoso, que acomete a pele e as mucosas oral, genital, anal e ocular. O início é geralmente abrupto, com febre, mal-estar, dores musculares e artralgia. Pode evoluir para um quadro toxêmico com alterações do sistema gastrointestinal, sistema nervoso central, rins e coração (arritmias e pericardite). O prognóstico torna-se grave principalmente em pessoas idosas e quando ocorre infecção secundária. Pode ser desencadeado por: sulfas, analgésicos, barbitúricos, hidantoínas, penicilinas, infecções virais e bacterianas.
8 Necrólise Epidérmica Tóxica: Sinônimo de Síndrome de Lyell. Caracterizada por necrólise da epiderme. Tem como características iniciais sintomas inespecíficos, influenza-símile, tais como febre, dor de garganta, tosse e queimação ocular, considerados manifestações prodrômicas que precedem o acometimento cutâneo-mucoso. Erupção eritematosa surge simetricamente na face e na parte superior do tronco, provocando sintomas de queimação ou dolorimento da pele. Progressivamente envolvem o tórax anterior e o dorso. O ápice do processo é constituído pela característica denudação da epiderme necrótica, a qual é destacada em verdadeiras lamelas ou retalhos, dentro das áreas acometidas pelo eritema de base. O paciente tem o aspecto de grande queimado, com a derme desnuda, sangrante, eritêmato-purpúrica e com contínua eliminação de serosidade, contribuindo para o desequilíbrio hidroeletrolítico e acentuada perda protéica. Graves seqüelas oculares e esofágicas têm sido relatadas.Constitui uma reação adversa a medicamentos rara. As drogas que mais comumente a causam são as sulfas, o fenobarbital, a carbamazepina, a dipirona, piroxicam, fenilbutazona, aminopenicilinas e o alopurinol.
9 Rash: Coloração avermelhada da pele como conseqüência de uma reação alérgica ou infecção.
10 Anafilaxia: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
11 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
12 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.

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