GRAVIDEZ ABILIFY
Gravidez1, Categoria C: em estudos com animais, o aripiprazol demonstrou toxicidade2 do desenvolvimento, incluindo possíveis efeitos teratogênicos3 em ratos e coelhos.
Ratas prenhes foram tratadas com doses orais de 3 mg/kg/dia, 10 mg/kg/dia e 30 mg/kg/dia (1 vez, 3 vezes e 10 vezes a dose humana recomendada máxima [DHRM] em mg/m2) de aripiprazol durante o período de organogênese. A gestação foi levemente prolongada a 30 mg/kg. O tratamento causou um leve atraso no desenvolvimento fetal, conforme evidenciado pelo peso fetal reduzido (30 mg/kg), testículos4 retidos (30 mg/kg) e atraso na ossificação esquelética (10 mg/kg e 30 mg/kg). Não houve efeitos adversos na sobrevivência5 embriofetal ou do filhote. A prole nascida apresentou peso corporal reduzido (10 mg/kg e 30 mg/kg) e incidências elevadas de nódulos hepatodiafragmáticos e hérnia6 diafragmática a 30 mg/kg (os outros grupos de dose não foram examinados com relação a esses achados). Também foi observada baixa incidência7 de hérnia6 diafragmática em fetos expostos a 30 mg/kg.
No período pós-natal, foi observada abertura vaginal tardia a 10 mg/kg e 30 mg/kg e desempenho reprodutivo comprometido (redução da taxa de fertilidade, de corpo lúteo,
de implantes e de fetos vivos, e aumento na perda pós-implantação, provavelmente mediada por efeitos na prole feminina) foi observado a 30 mg/kg. Foi observada certa toxicidade2 materna a 30 mg/kg. No entanto, não houve evidências que sugiram que esses efeitos no desenvolvimento foram secundários à toxicidade2 materna.
Coelhas prenhes foram tratadas com doses orais de 10 mg/kg/dia, 30 mg/kg/dia e 100 mg/kg/dia (2 vezes, 3 vezes e 11 vezes a exposição humana da DHRM com base na AUC8 e 6 vezes, 19 vezes e 65 vezes a DHRM em mg/m2) de aripiprazol durante o período de organogênese. Foram observados redução no consumo alimentar materno e elevação nos abortos a 100 mg/kg. O tratamento causou elevação na mortalidade9 fetal (100 mg/kg), peso fetal reduzido (30 mg/kg e 100 mg/kg), incidência7 elevada de uma anormalidade esquelética (sternebrae fundida a 30 mg/kg e 100 mg/kg) e variações esqueléticas de menor relevância (100 mg/kg).
Em um estudo no qual ratos foram tratados com doses orais de 3 mg/kg/dia, 10 mg/kg/dia e 30 mg/kg/dia (1 vez, 3 vezes e 10 vezes a DHRM em mg/m2) de aripiprazol no pré-natal e no pós-natal (do dia 17 de gestação até o dia 21 pós-parto), toxicidade2 materna leve e gestação levemente prolongada foram observadas a 30 mg/kg. Uma elevação no número de natimortos e reduções no peso dos filhotes (persistindo durante a idade adulta) e na sobrevivência5 foram observadas nessa dose.
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. É desconhecido se aripiprazol pode causar danos ao feto10 quando administrado a uma mulher grávida ou se pode afetar a capacidade reprodutiva. Recém nascidos que foram expostos a fármacos antipsicóticos durante o terceiro trimestre de gravidez1 apresentam o risco para sintomas11 extrapiramidais e/ou de abstinência após o parto. Há relatos de agitação, hipertonia12, hipotonia13, tremor, sonolência, dificuldade respiratória e distúrbio alimentar nestes recém nascidos. Essas complicações variaram em gravidade; enquanto que em alguns casos os sintomas11 foram auto limitados, em outros foi requerido suporte da unidade de terapia intensiva14 (UTI) e de hospitalização prolongada. Existem relatos muito raros desses eventos com a exposição ao aripiprazol. As pacientes devem avisar ao médico se engravidarem ou se pretendem engravidar durante o tratamento com aripiprazol. ABILIFY deve ser utilizado durante a gravidez1 apenas se os benefícios potenciais esperados compensarem o possível risco ao feto10.
Gravidez1, Categoria C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
- Trabalho de parto
O efeito de aripiprazol no trabalho de parto em humanos é desconhecido.
- Uso por lactantes15
Aripiprazol demonstrou ser excretado no leite de ratas durante a amamentação16. Em humanos, dois relatos de casos individuais sobre a excreção de aripiprazol no leite materno foram publicados. Aripiprazol foi indetectável em um, e estava presente em aproximadamente 20% da concentração plasmática materna em outro. As pacientes devem ser avisadas para não amamentarem caso estejam em tratamento com aripiprazol.
- Uso pediátrico
Não há indicação aprovada para o uso de ABILIFY em pacientes pediátricos.
- Uso geriátrico
Em estudos formais de farmacocinética de dose única (com aripiprazol administrado em dose única de 15 mg), o clearance do aripiprazol foi 20% menor em indivíduos idosos (≥ 65 anos) em comparação a indivíduos adultos mais jovens (18 a 64 anos). No entanto, não houve efeito detectável atribuível à idade na análise de farmacocinética da população de pacientes esquizofrênicos. Além disso, a farmacocinética de aripiprazol após múltiplas doses em pacientes idosos aparentou ser semelhante à observada em indivíduos saudáveis e jovens. Não há recomendação de ajuste de dose para pacientes17 idosos [vide ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES].
Dos 13.543 pacientes tratados com aripiprazol oral em estudos clínicos, 1.073 (8%) tinham no mínimo 65 anos de idade e 799 (6%) tinham no mínimo 75 anos de idade. A maior parte (81%) dos 1.073 pacientes foi diagnosticada com Demência18 do tipo de Alzheimer19.
Estudos de aripiprazol controlados por placebo20 em esquizofrenia21 e mania bipolar não incluíram uma quantidade suficiente de indivíduos com no mínimo 65 anos de idade para determinar se eles respondem de forma diferente dos indivíduos mais jovens.
Estudos em pacientes idosos com psicose22 associada ao Mal de Alzheimer19 sugeriram que possa haver um perfil de tolerância diferente nessa população em comparação a pacientes mais jovens com esquizofrenia21 [vide ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Uso em pacientes idosos com psicose22 associada à demência18]. A segurança e a eficácia de ABILIFY no tratamento de pacientes com psicose22 associada ao Mal de Alzheimer19 não foram estabelecidas. Se for decidido tratar tais pacientes com ABILIFY, deve-se ter cautela.