INFORMAÇÕES AO PACIENTE CLORIDRATO DE GENCITABINA

Atualizado em 28/05/2016

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Cloridrato de gencitabina é um medicamento utilizado na tentativa de bloquear o crescimento das células1 do tumor2, tentando fazer com que o tumor2 diminua ou pare de crescer.


POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?

Cloridrato de gencitabina pode ser utilizado para o tratamento dos seguintes tipos de câncer3:

  - câncer3 da bexiga4, o qual esteja acometendo regiões próximas à bexiga4 ou que já tenha se espalhado para outras regiões do corpo (neste caso, é chamado de metastático).

  - câncer3 do pâncreas5, o qual esteja acometendo regiões próximas ao pâncreas5 ou que já esteja acometendo outras regiões do organismo (neste caso, é chamado de metastático). Também pode ser utilizado para o câncer3 de pâncreas5 que não responde a outros tipos de tratamento.

  - câncer3 de mama6, o qual não tenha possibilidade de ser retirado através de cirurgia ou que já tenha se espalhado para outras regiões do organismo (neste caso, é chamado de metastático).

  - câncer3 de pulmão7 (do tipo chamado de “câncer de pulmão7 de células1 não-pequenas”), o qual esteja acometendo regiões próximas ao pulmão7 ou que já tenha se espalhado para outras regiões do organismo (neste caso, é chamado de metastático).


Outras Atividades Terapêuticas: cloridrato de gencitabina demonstrou ser um medicamento com atividade para o tratamento dos seguintes tipos de câncer3: de rins8, do trato biliar9, da vesícula biliar10, dos ovários11, de um tipo de câncer3 de pulmão7 chamado de “células pequenas”, do câncer3 de testículos12 que não responde a outros tratamentos e do câncer3 de colo13 de útero14.


QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?


CONTRA-INDICAÇÕES

Cloridrato de gencitabina não deve ser usado em pacientes alérgicos à gencitabina ou a qualquer um dos componentes da fórmula do medicamento.


PRECAUÇÕES e ADVERTÊNCIAS

Aplicar a dose de cloridrato de gencitabina em um período maior que o recomendado na bula ou em intervalos menores que o recomendado na bula pode fazer com que ocorram mais efeitos colaterais15 devido ao tratamento. Antes de cada dose de cloridrato de gencitabina, deve-se avaliar se existe alteração do número das células1 do sangue16, devido à possibilidade do tratamento com cloridrato de gencitabina causar a diminuição destas células1.

Antes de cada dose de cloridrato de gencitabina, também verificar através de exames de sangue16, se os rins8 e o fígado17 estão funcionando normalmente.

Cloridrato de gencitabina tem sido avaliado em estudos de fases I e II em vários tipos de tumores em crianças, e estes estudos não demonstraram ainda dados suficientes para estabelecer a eficácia e a segurança do seu uso na população pediátrica.

Em pacientes com alteração grave da função do fígado17 e dos rins8, o uso de cloridrato de gencitabina deve ser feito com cautela. Em idosos, a dose de cloridrato de gencitabina é a mesma utilizada para pacientes18 adultos.

O uso de cloridrato de gencitabina deve ser evitado em mulheres grávidas ou amamentando, devido ao risco de causar alterações no bebê.


Este medicamento é contra-indicado na faixa etária abaixo de 18 anos.


Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica.


Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez19.


Informe ao médico o aparecimento de reações indesejáveis.


Informe a seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde20.


Cloridrato de gencitabina causa sonolência leve a moderada podendo interferir na capacidade de julgamento, pensamento e ação.

Portanto, os pacientes devem evitar dirigir veículos ou operar maquinário até que tenham certeza de que seu desempenho não foi afetado.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Dependendo da dose de cloridrato de gencitabina utilizada para o tratamento do câncer3 pulmonar de células1 não-pequenas e com a administração simultânea (ou até 7 dias após) de altas doses de radioterapia21, foi observada uma inflamação22 intensa das mucosas23 (como na parte interna da boca24), esôfago25 e pulmões26, podendo ser fatal. Ainda não foi definido um método ideal para a administração segura de cloridrato de gencitabina com doses terapêuticas de radiação.


COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Aspecto físico

Cloridrato de gencitabina é apresentado em frasco-ampola de vidro incolor, contendo cloridrato de gencitabina, equivalente a 200 mg ou 1 g de gencitabina base.


Características organolépticas

Cloridrato de gencitabina é um pó estéril liofilizado27 branco, somente para administração intravenosa.


Dosagem

Câncer3 de pulmão7 de células1 não-pequenas

Uso isolado

Adultos: A dose recomendada de cloridrato de gencitabina é de 1.000 mg/m2 administrada por via intravenosa em 30 minutos e deve ser repetida uma vez por semana durante três semanas, seguida de um período de descanso de uma semana.


Uso combinado a outro medicamento

Adultos: cloridrato de gencitabina em combinação com a cisplatina pode ser utilizado em um dos dois seguintes esquemas: cloridrato de gencitabina na dose de 1.250 mg/m2 administrado por via intravenosa em 30 minutos por 2 semanas seguidas, com descanso de 1 semana (ciclos de 21 dias); ou cloridrato de gencitabina na dose de 1.000 mg/m2 administrado por via intravenosa em 30 minutos, por 3 semanas seguidas e 1 semana de descanso (ciclos de 28 dias).


Câncer3 do pâncreas5

Adultos: cloridrato de gencitabina na dose de 1.000 mg/m2 administrada por via intravenosa em 30 minutos e deve ser repetida uma vez por semana por até sete semanas consecutivas, seguido por um período de descanso de uma semana.


Câncer3 da bexiga4

Uso isolado

Adultos: A dose recomendada de cloridrato de gencitabina é de 1.250 mg/m2, administrada por via intravenosa em 30 minutos, por 3 semanas seguidas e 1 semana de descanso (ciclo de 28 dias). Este ciclo de quatro semanas é então repetido.


Uso combinado

Adultos: A dose recomendada de cloridrato de gencitabina é de 1.000 mg/m2, administrada por via intravenosa em 30 minutos, por 3 semanas seguidas e 1 semana de descanso (ciclo de 28 dias) em combinação com a cisplatina.


Câncer3 de mama6

Uso isolado

Adultos: A dose recomendada de cloridrato de gencitabina é de 1.000-1.200 mg/m2, administrada por via intravenosa em 30 minutos, por 3 semanas seguidas e 1 semana de descanso (ciclo de 28 dias).


Uso combinado

Adultos: cloridrato de gencitabina em combinação ao paclitaxel: paclitaxel 175 mg/m2 administrado por via intravenosa por cerca de 3 horas a cada 21 dias; seguido por cloridrato de gencitabina 1.250 mg/m2, administrado por via intravenosa em 30 minutos, por 2 semanas seguidas, com descanso de 1 semana (ciclo de 21 dias).


Siga a orientação de seu médico. Respeite sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.


Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.


Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

Como usar

Cloridrato de gencitabina é apresentado em pó estéril, em frascos de vidro incolor para uso intravenoso exclusivamente. O preparo e a aplicação do medicamento devem ser feitos exclusivamente por um profissional da área da saúde20 experiente e devidamente capacitado.

Deve-se ter cuidado com a manipulação e preparação das soluções de cloridrato de gencitabina.

É recomendado o uso de luvas na manipulação de cloridrato de gencitabina. Caso as soluções de cloridrato de gencitabina entrem em contato com a pele28 e mucosas23, lavar imediatamente a pele28 com água e sabão e enxaguar a mucosa29 com quantidades abundantes de água.


QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?

São conhecidos os seguintes efeitos colaterais15 decorrentes do tratamento com cloridrato de gencitabina:

Podem ocorrer anemia30 e diminuição do número das células1 que fazem à defesa do organismo contra infecções31 e também das células1 que fazem o sangue16 coagular32. A diminuição da defesa do organismo pode causar febre33.

Podem também ocorrer alterações da função do fígado17, enjôo, vômito34, diarréia35 e inflamação22 da mucosa29 da boca24. Foi observado muito raramente o aumento do nível das enzimas do fígado17 e da bilirrubina36.

Pode haver eliminação leve de sangue16 e proteínas37 pela urina38, aumento da destruição de células1 do sangue16 (levando à anemia30 intensa), diminuição do número das células1 responsáveis pela coagulação39 do sangue16 e alteração no funcionamento dos rins8.

Pode ocorrer dificuldade para respirar e inflamação22 dos pulmões26.

Podem aparecer lesões40 usualmente leves na pele28, associadas com coceira. A perda do cabelo41 é comum. Foram observadas muito raramente reações intensas na pele28, tais como feridas e descamação42.

Reações alérgicas ocorrem raramente.

Sintomas43 como febre33, dor de cabeça44, calafrios45, dores musculares, fraqueza, diminuição do apetite, tosse, rinite46, mal-estar e suor abundante podem ocorrer.

Pode haver inchaço47, alteração da pressão sangüínea48 e das batidas do coração49 e, raramente, insuficiência cardíaca50. Foram observadas muito raramente gangrena51 e inflamação22 dos vasos sangüíneos52.

Toxicidade53 à radiação - Inflamação22 intensa nas mucosas23 (como a parte interna da boca24), esôfago25 e pulmões26. Foram observadas reações nos pacientes quando foi realizada radioterapia21 em doses terapêuticas.


O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ?

Não há antídoto54 para superdose de cloridrato de gencitabina. No caso de suspeita de superdose, o paciente deve ser avaliado em relação ao número de células1 do sangue16 e deve receber terapia de suporte, se necessário.


ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Cloridrato de gencitabina deve ser armazenado em temperatura ambiente (15 a 30ºC). Não colocar na geladeira. As soluções de cloridrato de gencitabina prontas para serem utilizadas podem ser mantidas em temperatura ambiente (15 a 30ºC) e devem ser administradas dentro de 24 horas.


TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE20

- CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS:

Descrição - O cloridrato de gencitabina é o monocloridrato de 2’-deoxi-2’,2’-difluorocitidina (isômero beta), isto é, um nucleosídeo análogo com atividade antitumoral. A fórmula molecular é C9H11F2N3O4•HCl. Seu peso molecular é de 299,66. A gencitabina é um sólido branco a branco-amarelado de natureza ácida. A base livre é solúvel em água, levemente solúvel em metanol e praticamente insolúvel em etanol e em solventes orgânicos polares.


Atividade citotóxica em modelos de cultura de células1 - Gencitabina exibe especificidade para a

fase celular, primariamente matando células1 que estão em processo de síntese do ADN (Fase S) e sob certas condições, bloqueando a progressão de células1 através da fase ligada a G1/S.


Metabolismo55 Celular e Mecanismo de Ação

- A gencitabina (dFdC) é metabolizada intracelularmente pelas quinases-nucleosídeo aos nucleosídeos ativos difosfato (dFdCDP) e trifosfato (dFdCTP). A ação citotóxica da gencitabina parece ser devida à inibição da síntese do ADN pela dupla ação do dFdCDP e do dFdCTP. Primeiro, o dFdCDP inibe a ribonucleotídeo redutase que é a única responsável pela catalisação das reações que geram os deoxinucleosídeos trifosfatos para a síntese do ADN. A inibição desta enzima56 pelo dFdCDP causa uma redução nas concentrações de deoxinucleosídeos em geral e em especial na de dCTP. Segundo, o dFdCTP compete com o dCTP para incorporação no ADN. Assim, a redução na concentração intracelular de dCTP potencializa a incorporação de dFdCTP no ADN (autopotencialização).

A epsilon-ADN-polimerase é incapaz de remover a gencitabina e restaurar o crescimento das cadeias de ADN. Após a gencitabina ser incorporada no ADN, é adicionado um nucleotídeo ao crescimento das cadeias de ADN.

Após esta adição, há uma inibição completa na síntese subseqüente de ADN (terminação mascarada de cadeia). Após a incorporação no ADN, a gencitabina parece então induzir ao processo programado de morte celular conhecido como apoptose57.

Propriedades Farmacocinéticas – Gencitabina é rapidamente retirada do plasma58, principalmente

pelo metabolismo55 do metabólito59 inativo, 2’-deoxi-2’,2’-difluorouradina (dFdU).

O metabólito59 ativo (trifosfato de gencitabina) pode ser extraído de células1 mononucleares de sangue16 periférico. A meia-vida da fase terminal do trifosfato de gencitabina das células1 mononucleares varia de 1,7 a 19,4 horas. Menos de 10% de uma dose intravenosa é recuperada na urina38 como gencitabina inalterada. Gencitabina e dFdU são os únicos compostos encontrados no plasma58 e compreendem 99% do material relacionado à droga recuperados na urina38. A ligação de gencitabina às proteínas37 plasmáticas é desprezível.

As análises de farmacocinética populacional de estudos de dose única e múltipla mostram que o volume de distribuição é significativamente influenciado pelo sexo. O volume de distribuição foi aumentado com o prolongamento das infusões.

O volume de distribuição da gencitabina foi de 50 L/m2 após infusões com duração inferior a 70 minutos, indicando que a gencitabina, após curto período de infusão não é extensivamente distribuída nos tecidos. Em longos períodos de infusão, o volume de distribuição aumentou para 370 L/m2, refletindo um lento equilíbrio da gencitabina no interior dos tecidos. O clearance sistêmico60 é afetado pelo sexo e pela idade. Estes efeitos resultam em diferenças na concentração plasmática de gencitabina e na velocidade de eliminação (meia-vida) da circulação61 sistêmica. O clearance sistêmico60 variou entre 30 e 90 L/h/m2 aproximadamente. Com o tempo de infusão recomendado, a meia-vida variou de 42 - 94 minutos, dependendo da idade e do sexo.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
2 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
3 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
4 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
5 Pâncreas: Órgão nodular (no ABDOME) que abriga GLÂNDULAS ENDÓCRINAS e GLÂNDULAS EXÓCRINAS. A pequena porção endócrina é composta pelas ILHOTAS DE LANGERHANS, que secretam vários hormônios na corrente sangüínea. A grande porção exócrina (PÂNCREAS EXÓCRINO) é uma glândula acinar composta, que secreta várias enzimas digestivas no sistema de ductos pancreáticos (que desemboca no DUODENO).
6 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
7 Pulmão: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
8 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
9 Trato Biliar: Os DUCTOS BILIARES e a VESÍCULA BILIAR.
10 Vesícula Biliar: Reservatório para armazenar secreção da BILE. Através do DUCTO CÍSTICO, a vesícula libera para o DUODENO ácidos biliares em alta concentração (e de maneira controlada), que degradam os lipídeos da dieta.
11 Ovários: São órgãos pares com aproximadamente 3cm de comprimento, 2cm de largura e 1,5cm de espessura cada um. Eles estão presos ao útero e à cavidade pelvina por meio de ligamentos. Na puberdade, os ovários começam a secretar os hormônios sexuais, estrógeno e progesterona. As células dos folículos maduros secretam estrógeno, enquanto o corpo lúteo produz grandes quantidades de progesterona e pouco estrógeno.
12 Testículos: Os testículos são as gônadas sexuais masculinas que produzem as células de fecundação ou espermatozóides. Nos mamíferos ocorrem aos pares e são protegidos fora do corpo por uma bolsa chamada escroto. Têm função de glândula produzindo hormônios masculinos.
13 Colo: O segmento do INTESTINO GROSSO entre o CECO e o RETO. Inclui o COLO ASCENDENTE; o COLO TRANSVERSO; o COLO DESCENDENTE e o COLO SIGMÓIDE.
14 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
15 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
16 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
17 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
18 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
19 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
20 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
21 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
22 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
23 Mucosas: Tipo de membranas, umidificadas por secreções glandulares, que recobrem cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
24 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
25 Esôfago: Segmento muscular membranoso (entre a FARINGE e o ESTÔMAGO), no TRATO GASTRINTESTINAL SUPERIOR.
26 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
27 Liofilizado: Submetido à liofilização, que é a desidratação de substâncias realizada em baixas temperaturas, usada especialmente na conservação de alimentos, em medicamentos, etc.
28 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
29 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
30 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
31 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
32 Coagular: Promover a coagulação ou solidificação; perder a fluidez, transformar-se em massa ou sólido.
33 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
34 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
35 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
36 Bilirrubina: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
37 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
38 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
39 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
40 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
41 Cabelo: Estrutura filamentosa formada por uma haste que se projeta para a superfície da PELE a partir de uma raiz (mais macia que a haste) e se aloja na cavidade de um FOLÍCULO PILOSO. É encontrado em muitas áreas do corpo.
42 Descamação: 1. Ato ou efeito de descamar(-se); escamação. 2. Na dermatologia, fala-se da eliminação normal ou patológica da camada córnea da pele ou das mucosas. 3. Formação de cascas ou escamas, devido ao intemperismo, sobre uma rocha; esfoliação térmica.
43 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
44 Cabeça:
45 Calafrios: 1. Conjunto de pequenas contrações da pele e dos músculos cutâneos ao longo do corpo, muitas vezes com tremores fortes e palidez, que acompanham uma sensação de frio provocada por baixa temperatura, má condição orgânica ou ainda por medo, horror, nojo, etc. 2. Sensação de frio e tremores fortes, às vezes com bater de dentes, que precedem ou acompanham acessos de febre.
46 Rinite: Inflamação da mucosa nasal, produzida por uma infecção viral ou reação alérgica. Manifesta-se por secreção aquosa e obstrução das fossas nasais.
47 Inchaço: Inchação, edema.
48 Pressão sangüínea: Força exercida pelo sangue arterial por unidade de área da parede arterial. É expressa como uma razão (Exemplo: 120/80, lê-se 120 por 80). O primeiro número é a pressão sistólica ou pressão máxima. E o segundo número é a presão diastólica ou mínima.
49 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
50 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
51 Gangrena: Morte de um tecido do organismo. Na maioria dos casos é causada por ausência de fluxo sangüíneo ou infecção. Pode levar à amputação do local acometido.
52 Vasos sangüíneos: Órgãos em forma de tubos que se ramificam por todo o organismo. Existem três tipos principais de vasos sangüíneos que são as artérias, veias e capilares.
53 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
54 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
55 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
56 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
57 Apoptose: Morte celular não seguida de autólise, também conhecida como “morte celular programada“.
58 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
59 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
60 Sistêmico: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
61 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.

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