PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS MIDAZOLAM

Atualizado em 28/05/2016

MIDAZOLAM DEVE SER USADO SOMENTE QUANDO MATERIAIS DE RESSUSCITAÇÃO APROPRIADOS PARA O TAMANHO E A IDADE ESTÃO DISPONÍVEIS, DESTA MANEIRA, ADMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA DE MIDAZOLAM PODE DEPRIMIR A CONTRATILIDADE MIOCÁRDICA E CAUSAR APNÉIA1. EVENTOS ADVERSOS CARDIORRESPIRATÓRIOS GRAVES OCORRERAM EM RARAS OCASIÕES. ESTES INCLUEM DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA, APNÉIA1, PARADA RESPIRATÓRIA E/OU PARADA CARDÍACA.
TAIS INCIDENTES2 DE RISCO DE VIDA SÃO MAIS PROVÁVEIS DE OCORRER EM ADULTOS COM MAIS DE 60 ANOS DE IDADE, NAQUELES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA3 PRÉ-EXISTENTE OU PREJUÍZO DA FUNÇÃO CARDÍACA, E PACIENTES PEDIÁTRICOS COM INSTABILIDADE CARDIOVASCULAR, PARTICULARMENTE QUANDO A INJEÇÃO4 É ADMINISTRADA MUITO RAPIDAMENTE OU QUANDO UMA ALTA DOSE É ADMINISTRADA.
CUIDADOS ESPECIAIS DEVEM SER OBSERVADOS AO ADMINISTRAR MIDAZOLAM PARENTERALMENTE A PACIENTES REPRESENTANTES DE GRUPOS DE ALTO RISCO:
- ADULTOS COM MAIS DE 60 ANOS DE IDADE;
- PACIENTES CRONICAMENTE DOENTES OU DEBILITADOS;
- PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA CRÔNICA5;
- PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL6 CRÔNICA, INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA7 OU COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA8;
- PACIENTES PEDIÁTRICOS COM INSTABILIDADE CARDIOVASCULAR.
ESTES PACIENTES DE ALTO RISCO REQUEREM DOSES MENORES (VIDE " POSOLOGIA" ) E DEVEM SER MONITORIZADOS CONTINUAMENTE PARA SINAIS9 PRECOCES DE ALTERAÇÃO DAS FUNÇÕES VITAIS.
BENZODIAZEPÍNICOS DEVEM SER USADOS COM EXTREMA CAUTELA EM PACIENTES COM HISTÓRIA DE ÁLCOOL OU ABUSO DE DROGAS.
ASSIM COMO COM QUALQUER SUBSTÂNCIA DEPRESSORA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL10 COM PROPRIEDADES MÚSCULO-RELAXANTES,
CUIDADOS PARTICULARES DEVEM SER TOMADOS QUANDO DA ADMINISTRAÇÃO DE MIDAZOLAM EM PACIENTES COM MIASTENIA11 GRAVIS,
DEVIDO À PRÉ-EXISTENTE FRAQUEZA MUSCULAR.
TOLERÂNCIA
ALGUMA PERDA DE EFICÁCIA FOI RELATADA, QUANDO MIDAZOLAM FOI USADO COMO SEDAÇÃO12 DE TEMPO PROLONGADO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA13.
DEPENDÊNCIA
QUANDO MIDAZOLAM É USADO EM SEDAÇÃO12 DE TEMPO PROLONGADO, DEVE-SE TER EM MENTE QUE DEPENDÊNCIA FÍSICA AO MIDAZOLAM PODE SE DESENVOLVER. O RISCO DE DEPENDÊNCIA AUMENTA COM A DOSE E A DURAÇÃO DO TRATAMENTO.
SINTOMAS14 DE RETIRADA
DURANTE TRATAMENTO PROLONGADO COM MIDAZOLAM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA13, DEPENDÊNCIA FÍSICA PODE SE DESENVOLVER.
PORTANTO, TÉRMINO ABRUPTO DO TRATAMENTO PODE SER ACOMPANHADO POR SINTOMAS14 DE RETIRADA. OS SEGUINTES SINTOMAS14 PODEM OCORRER: CEFALÉIAS15, DOR MUSCULAR, ANSIEDADE, TENSÃO, AGITAÇÃO, CONFUSÃO, IRRITABILIDADE, REBOTE DE INSÔNIA, MUDANÇAS DE HUMOR, ALUCINAÇÕES16 E CONVULSÕES. DESDE QUE O RISCO DE SINTOMAS14 DE RETIRADA É MAIOR APÓS A DESCONTINUAÇÃO ABRUPTA DO TRATAMENTO, É RECOMENDADO QUE A DOSE SEJA DIMINUÍDA GRADUALMENTE.
AMNÉSIA17
MIDAZOLAM CAUSA AMNÉSIA17 ANTERÓGRADA (FREQÜENTEMENTE ESTE EFEITO É MUITO DESEJÁVEL EM SITUAÇÕES COMO ANTES E DURANTE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS), A DURAÇÃO DESTE EFEITO É DIRETAMENTE RELACIONADA À DOSE ADMINISTRADA. AMNÉSIA17 PROLONGADA PODE PROPORCIONAR PROBLEMAS PARA PACIENTES18 AMBULATORIAIS, QUE SÃO PROGRAMADOS PARA DISPENSA SEGUINDO A INTERVENÇÃO.
APÓS RECEBEREM MIDAZOLAM PARENTERALMENTE, OS PACIENTES DEVEM SER DISPENSADOS DO HOSPITAL OU DO CONSULTÓRIO SOMENTE SE ACOMPANHADOS POR UM ATENDENTE.
A ELIMINAÇÃO DE MIDAZOLAM DO ORGANISMO PODE SER RETARDADA EM PACIENTES RECEBENDO COMPONENTES QUE INIBEM CERTAS ENZIMAS HEPÁTICAS19 (PARTICULARMENTE O CITOCROMO P 450 III A), EM PACIENTES COM DISFUNÇÃO HEPÁTICA20, COM BAIXO DÉBITO CARDÍACO21 E EM NEONATOS22.
EVENTOS HEMODINÂMICOS ADVERSOS FORAM RELATADOS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM INSTABILIDADE CARDIOVASCULAR; ADMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA RÁPIDA DEVE SER EVITADA NESTA POPULAÇÃO.
CRIANÇAS PRÉ-TERMO E NEONATOS22
DEVIDO AO RISCO AUMENTADO DE APNÉIA1, EXTREMA CAUTELA É NECESSÁRIA QUANDO SEDANDO PACIENTES PRÉ-TERMO E ANTES DE PRÉ-TERMO CUJAS TRAQUÉIAS NÃO ESTEJAM ENTUBADAS.
INJEÇÃO4 RÁPIDA DEVE SER EVITADA NA POPULAÇÃO NEONATA.
O NEONATO23 TAMBÉM POSSUI FUNÇÃO ORGÂNICA IMATURA OU REDUZIDA E É TAMBÉM VULNERÁVEL AOS EFEITOS PROFUNDOS E PROLONGADOS DO MIDAZOLAM.
•  USO DURANTE A GRAVIDEZ24 E LACTAÇÃO25
DADOS INSUFICIENTES ESTÃO DISPONÍVEIS PARA O MIDAZOLAM PARA MENSURAR SUA SEGURANÇA DURANTE A GRAVIDEZ24. OS BENZODIAZEPÍNICOS DEVEM SER EVITADOS DURANTE A GRAVIDEZ24. SE, EXCEPCIONALMENTE É CONSIDERADO PELO MÉDICO QUE A ADMINISTRAÇÃO DO MEDICAMENTO DURANTE O TRABALHO DE PARTO OU PARTO É ESSENCIAL, EFEITOS NO FETO26 TAIS COMO HIPOTERMIA27, HIPOTONIA28, SUCÇÃO FRACA E MODERADA DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA PODEM SER ESPERADOS, DEVIDO À AÇÃO FARMACOLÓGICA DO PRODUTO. ENTRETANTO, BEBÊS29 NASCIDOS DE MÃES QUE RECEBERAM BENZODIAZEPÍNICOS CRONICAMENTE DURANTE O ÚLTIMO ESTÁGIO DA GRAVIDEZ24 PODEM TER DESENVOLVIDO DEPENDÊNCIA E PODEM ESTAR SOB ALGUM RISCO DE DESENVOLVER SINTOMAS14 DE RETIRADA NO PERÍODO APÓS O NASCMENTO.
UMA VEZ QUE O MIDAZOLAM PASSA PARA O LEITE MATERNO, MIDAZOLAM NÃO DEVE SER ADMINISTRADO A MÃES QUE ESTEJAM AMAMENTANDO.
•  EFEITOS SOBRE A HABILIDADE DE DIRIGIR VEÍCULOS E/OU OPERAR MÁQUINAS
SEDAÇÃO12, AMNÉSIA17, PREJUÍZO DA CONCENTRAÇÃO E PREJUÍZO DA FUNÇÃO MUSCULAR PODEM AFETAR ADVERSAMENTE A HABILIDADE DE DIRIGIR VEÍCULOS E/OU OPERAR MÁQUINAS. ANTES DE RECEBER MIDAZOLAM O PACIENTE DEVE SER ORIENTADO A NÃO DIRIGIR VEÍCULO OU OPERAR MÁQUINA ATÉ SUA RECUPERAÇÃO.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Apnéia: É uma parada respiratória provocada pelo colabamento total das paredes da faringe que ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio.
2 Incidentes: 1. Que incide, que sobrevém ou que tem caráter secundário; incidental. 2. Acontecimento imprevisível que modifica o desenrolar normal de uma ação. 3. Dificuldade passageira que não modifica o desenrolar de uma operação, de uma linha de conduta.
3 Insuficiência respiratória: Condição clínica na qual o sistema respiratório não consegue manter os valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) dentro dos limites da normalidade, para determinada demanda metabólica. Como a definição está relacionada à incapacidade do sistema respiratório em manter níveis adequados de oxigenação e gás carbônico, foram estabelecidos, para sua caracterização, pontos de corte na gasometria arterial: PaO2 50 mmHg.
4 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
5 Insuficiência respiratória crônica: Disfunção respiratória prolongada ou persistente que resulta em oxigenação ou eliminação de dióxido de carbono em uma taxa insuficiente para satisfazer as necessidades do corpo, além de poder ser grave o suficiente para prejudicar ou ameaçar as funções dos órgãos vitais. Está associada a doenças pulmonares crônicas como enfisema, bronquite crônica ou fibrose pulmonar intersticial difusa. O corpo está sujeito a níveis de oxigênio drasticamente reduzidos ou a quantidades muito elevadas de dióxido de carbono.
6 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
7 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
8 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.
9 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
10 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
11 Miastenia: Perda das forças musculares ocasionada por doenças musculares inflamatórias. Por ex. Miastenia Gravis. A debilidade pode predominar em diferentes grupos musculares segundo o tipo de afecção (debilidade nos músculos extrínsecos do olho, da pelve, ou dos ombros, etc.).
12 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
13 Terapia intensiva: Tratamento para diabetes no qual os níveis de glicose são mantidos o mais próximo do normal possível através de injeções freqüentes ou uso de bomba de insulina, planejamento das refeições, ajuste em medicamentos hipoglicemiantes e exercícios baseados nos resultados de testes de glicose além de contatos freqüentes entre o diabético e o profissional de saúde.
14 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
15 Cefaléias: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaléia ou dor de cabeça tensional, cefaléia cervicogênica, cefaléia em pontada, cefaléia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaléias ou dores de cabeça. A cefaléia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
16 Alucinações: Perturbações mentais que se caracterizam pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensações sem objeto. Impressões ou noções falsas, sem fundamento na realidade; devaneios, delírios, enganos, ilusões.
17 Amnésia: Perda parcial ou total da memória.
18 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
19 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
20 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
21 Débito cardíaco: Quantidade de sangue bombeada pelo coração para a aorta a cada minuto.
22 Neonatos: Refere-se a bebês nos seus primeiros 28 dias (mês) de vida. O termo “recentemente-nascido“ refere-se especificamente aos primeiros minutos ou horas que se seguem ao nascimento. Esse termo é utilizado para enfocar os conhecimentos e treinamento da ressuscitação imediatamente após o nascimento e durante as primeiras horas de vida.
23 Neonato: Refere-se a bebês nos seus primeiros 28 dias (mês) de vida. O termo “recentemente-nascido“ refere-se especificamente aos primeiros minutos ou horas que se seguem ao nascimento. Esse termo é utilizado para enfocar os conhecimentos e treinamento da ressuscitação imediatamente após o nascimento e durante as primeiras horas de vida.
24 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
25 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
26 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
27 Hipotermia: Diminuição da temperatura corporal abaixo de 35ºC.Pode ser produzida por choque, infecção grave ou em estados de congelamento.
28 Hipotonia: 1. Em biologia, é a condição da solução que apresenta menor concentração de solutos do que outra. 2. Em fisiologia, é a redução ou perda do tono muscular ou a redução da tensão em qualquer parte do corpo (por exemplo, no globo ocular, nas artérias, etc.)
29 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).

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