
ADVERTÊNCIAS ZART
Hipersensibilidade
Angioedema1 (veja REAÇÕES ADVERSAS)
Hipotensão2 e desequilíbrio hidroeletrolítico3
Em pacientes que apresentam depleção4 de volume intravascular5 (p. ex., aqueles tratados com altas doses de diuréticos6), pode ocorrer hipotensão2 sintomática7. Essas situações devem ser corrigidas antes da administração de Zart (losartana potássica), ou deve-se utilizar dose inicial mais baixa (veja POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO).
Desequilíbrios eletrolíticos são comuns em pacientes com comprometimento renal8, com ou sem diabetes9, e devem ser corrigidos. Em um estudo clínico que envolveu pacientes com diabetes tipo 210 e proteinúria11, a incidência12 de hipercalemia13 foi mais alta no grupo tratado com Zart (losartana potássica) quando comparado ao grupo placebo14; entretanto, poucos pacientes descontinuaram o tratamento em razão de hipercalemia13 (veja REAÇÕES ADVERSAS e ACHADOS DE TESTES LABORATORIAIS).
Insuficiência hepática15
Com base nos dados de farmacocinética que demonstram aumentos significativos das concentrações plasmáticas de losartana potássica em pacientes com cirrose16, deve-se considerar doses mais baixas para pacientes17 com histórico de insuficiência hepática15 (veja POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO).
Insuficiência renal18
Como consequência da inibição do sistema renina-angiotensina, foram relatadas, em indivíduos susceptíveis, alterações na função renal8, inclusive insuficiência renal18; essas alterações podem ser reversíveis com a descontinuação do tratamento.
Outros fármacos que afetam o sistema renina-angiotensina podem aumentar as taxas de uréia19 sanguínea e de creatinina20 sérica em pacientes com estenose21 da artéria renal22 bilateral ou estenose21 da artéria23 de rim24 único. Foram relatados efeitos semelhantes com losartana potássica; essas alterações da função renal8 podem ser reversíveis com a descontinuação do tratamento.
Insuficiência cardíaca25
O uso concomitante de Zart (losartana potássica) e inibidores da ECA não foi adequadamente estudado.
Gravidez26
Categoria de risco de gravidez26: C (primeiro trimestre) e D (segundo e terceiro trimestres).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez26.
Quando utilizados durante o segundo e o terceiro trimestres da gravidez26, os fármacos que atuam diretamente no sistema renina-angiotensina podem causar danos e até morte do feto27 em desenvolvimento.
Quando houver confirmação de gravidez26, o tratamento com Zart (losartana potássica) deve ser suspenso o mais rapidamente possível.
Embora não haja experiência com a utilização de Zart (losartana potássica) em mulheres grávidas, estudos realizados com a losartana potássica em animais demonstraram danos e morte do feto27 e do recém nascido; acredita-se que isto ocorra por um mecanismo farmacologicamente mediado pelos efeitos no sistema renina-angiotensina. Em humanos, a perfusão renal8 fetal, que depende do desenvolvimento do sistema renina-angiotensina, começa no segundo trimestre; assim, o risco para o feto27 aumenta se Zart (losartana potássica)for administrado durante o segundo ou o terceiro trimestre da gravidez26.
Categoria de risco na gravidez26: C (primeiro trimestre) e D (segundo e terceiro trimestres).
Amamentação28
Não se sabe se a losartana potássica é excretado no leite humano.
Uma vez que muitos fármacos são excretados no leite humano e por causa do potencial de efeitos adversos para o lactente29, deve-se optar por suspender a amamentação28 ou o tratamento com Zart (losartana potássica), levando-se em consideração a importância do medicamento para a mãe.
Raça
Com base no estudo LIFE (Losartan Intervention For Endpoint reduction in hypertension - Intervenção com a losartana potássica para redução de desfechos na hipertensão30), os benefícios de losartana potássica na morbidade31 e mortalidade32 cardiovascular comparados aos do atenolol não se aplicam a pacientes negros com hipertensão30 e hipertrofia33 ventricular esquerda, embora os dois esquemas terapêuticos reduzam efetivamente a pressão arterial34 em pacientes negros. Na população total do estudo LIFE (n= 9.193), o tratamento com losartana potássica, comparado ao atenolol reduziu em 13% (p= 0,021) o risco do desfecho primário composto de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral35 e infarto do miocárdio36. Nesse estudo, losartana potássica reduziu o risco de morbidade31 e mortalidade32 cardiovascular comparado ao atenolol em pacientes hipertensos com hipertrofia33 ventricular esquerda que não eram negros (n= 8.660) conforme avaliado pelo desfecho primário composto (incidência12 combinada de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral35 e infarto do miocárdio36) (p= 0,003).
Nesse estudo, entretanto, o risco de os pacientes negros que receberam atenolol apresentarem o desfecho primário composto foi menor quando comparado ao risco daqueles que receberam losartana potássica (p= 0,03). No subgrupo de pacientes negros (n= 533; 6% dos pacientes do Estudo LIFE), ocorreram 29 desfechos primários entre os 263 pacientes que receberam atenolol (11%, 25,9 por 1.000 pacientes/ano) e 46, entre os 270 pacientes que receberam losartana potássica (17%, 41,8 por 1.000 pacientes/ano).
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Uso Pediátrico
A segurança e a eficácia em crianças ainda não foram estabelecidas.
Uso em Idosos
Nos estudos clínicos, não houve diferença relacionada à idade nos perfis de eficácia e segurança de losartana potássica.
- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Nos estudos clínicos de farmacocinética realizados com hidroclorotiazida, digoxina, varfarina, cimetidina, fenobarbital, cetoconazol e eritromicina, não foram identificadas interações medicamentosas de importância clínica. Houve relatos de redução dos níveis do metabólito37 ativo pela rifampicina e pelo fluconazol.
Não foram avaliadas as consequências clínicas dessas interações.
A exemplo do que ocorre com outros fármacos que bloqueiam a angiotensina II ou os seus efeitos, o uso concomitante de diuréticos6 poupadores de potássio (p. ex., espironolactona, triantereno, amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal que contêm potássio pode resultar em aumento do potássio sérico.
O efeito anti-hipertensivo de losartana, a exemplo do que ocorre com outros anti-hipertensivos, pode ser atenuado pelo anti-inflamatório não esteroide indometacina.