
ADVERTÊNCIAS CAPOTEN 12,5 MG, 25 MG E 50 MG
Angiedema
Observou-se angiedema em pacientes tratados com inibidores da ECA, incluindo-se o captopril. Se o angiedema envolver a língua1, glote2 ou laringe3, poderá ocorrer a obstrução das vias aéreas e ser fatal. A terapia de emergência4 deverá ser instituída imediatamente.
O inchaço5 confinado à face6, membranas mucosas7 da boca8, lábios e extremidades, geralmente desaparecem com a descontinuação da captopril; alguns casos necessitaram de terapia médica.
Reações Anafiláticas9 durante dessensibilização10
Dois pacientes sob tratamento com outro inibidor da eca submetendo-se a um tratamento de dessensibilização10 com veneno de Hymenoptera, sofreram reações anafilácticas com risco de vida. Nestes mesmos pacientes, as reações foram evitadas quando a administração do inibidor da ECA foi temporariamente interrompida, mas elas reaparecem quando de uma nova administração. Portanto, cuidado é necessário em pacientes tratados com inibidores da eca e sob tais procedimentos de dessensibilização10.
Reações Anafiláticas9 durante diálise11 de alto fluxo/exposição a membranas de aferese lipoprotéica
Reações anafilácticas têm sido relatadas em pacientes hemodialisados com membrana de diálise11 de alto fluxo, tratados concomitantemente com um inibidor da eca. Reações anafilácticas também têm sido relatadas em pacientes sob aferese de lipoproteínas de baixa densidade com absorção de sulfato de dextrano. Nestes pacientes, deve-se considerar a utilização de um tipo diferente de membrana de diálise11 ou uma diferente classe de medicamentos.
Neutropenia12/Agranulocitose13
A neutropenia12 é muito rara (< 0,02%) em pacientes hipertensos com função renal14 normal (Crs
< 1,6 mg/dL15, sem doença vascular16 de colágeno17).Em pacientes com algum grau de insuficiência renal18 (creatinina19 sérica de pelo menos 1,6 mg/dl15), mas sem doença vascular16 de colágeno17, o risco da neutropenia12 nos estudos clínicos foi de cerca de 0,2%.
O uso concomitante de alopurinol e captopril foi associado à neutropenia12.
Em pacientes com doenças vasculares20 de colágeno17 (p. Ex., lúpus21 eritematoso22 sistêmico23, escleroderma) e insuficiência renal18, a neutropenia12 ocorreu em 3,7% dos pacientes em estudos clínicos.
Relata-se neutropenia12 geralmente após 3 meses do início da administração de captopril. exames da medula óssea24 em pacientes com neutropenia12 mostraram consistentemente hipoplasia25 mielóide, freqüentemente acompanhada por hipoplasia25 eritróide e diminuição no número de megacariócitos (ex.: medula óssea24 hipoplástica e pancitopenia26), algumas vezes foram observados anemia27 e trombocitopenia28.
Em geral, a contagem de neutrófilos29 voltou ao normal em cerca de duas semanas após a descontinuação do CAPOTEN ® (captopril), e as infecções30 graves se limitaram aos pacientes clinicamente complicados. Cerca de 13% dos casos de neutropenia12 tiveram um fim fatal, mas quase todas as fatalidades ocorreram em pacientes gravemente enfermos, com doenças vasculares20 de colágeno17, insuficiência renal18, insuficiência cardíaca31 ou terapia imunossupressora ou uma combinação destes fatores agravantes.
Se o captopril for utilizado em pacientes com insuficiência renal18, deve-se realizar contagem de leucócitos32 e contagens diferenciais antes do início do tratamento e a intervalos aproximados de duas semanas durante cerca de 3 meses, e periodicamente depois disso.
Em pacientes com doença vascular16 de colágeno17 ou que estejam expostos a outras drogas que conhecidamente afetam os leucócitos32 ou a resposta imunológica, principalmente quando há insuficiência renal18, o captopril deverá ser empregado, com cuidado, somente após uma avaliação do risco e benefício.
Já que a interrupção da administração de captopril e de outras drogas geralmente levam ao pronto restabelecimento da contagem leucócitária a valores normais, quando da confirmação da neutropenia12 (contagem de neutrófilos29 < 1000/mm3), o médico deverá suspender o medicamento e acompanhar cuidadosamente o paciente.
Proteinúria33
Proteína urinária total superior a 1 g/dia foi observada em cerca de 0,7% dos pacientes tomando captopril.
Cerca de 90% dos pacientes afetados apresentaram evidências de doença renal14 anterior ou receberam doses relativamente elevadas de captopril (acima de 150 mg/dia), ou ambos.
Em estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado por placebo34, envolvendo 207 pacientes com nefropatia35 diabética e proteinúria33 (? 500 mg/dia), que receberam 75 mg/dia de captopril durante uma média de 3 anos, houve uma consistente redução da proteinúria33.
Não se sabe se a terapia a longo prazo teria efeitos similares em pacientes com outros tipos de doença renal14.
Pacientes com doença renal14 anterior ou aqueles recebendo captopril em doses superiores a 150 mg, deverão fazer uma avaliação da proteína urinária antes do tratamento (feita na primeira urina36 da manhã) e depois, realizar o teste periodicamente.
Hipotensão37
Raramente observou-se hipotensão37 excessiva em pacientes hipertensos, mas é uma conseqüência possível do uso de captopril em indivíduos sal/volume-depletados (tais como aqueles tratados vigorosamente com diuréticos38), pacientes com insuficiência cardíaca31 ou naqueles pacientes que estão sendo submetidos a diálise11 renal14.
Na hipertensão39, a chance de ocorrer efeitos hipotensores com as doses iniciais de captopril podem ser minimizadas pela descontinuação do diurético40 ou pelo aumento da ingestão de sal aproximadamente 1 semana antes do início do tratamento com captopril ou iniciando-se a terapia com doses pequenas (6,25 ou 12,5 mg). Pode ser aconselhável um acompanhamento médico por pelo menos 1 hora após a dose inicial. Uma resposta hipotensora transitória não é contra-indicação para doses subseqüentes, que podem ser administradas sem dificuldade uma vez que a pressão se eleve.
Na insuficiência cardíaca31, quando a pressão sangüínea41 foi normal ou baixa, registrou-se diminuições transitórias na pressão sangüínea41 média superiores a 20% em cerca da metade dos pacientes.
É mais provável que esta hipotensão37 transitória ocorra após qualquer das várias doses iniciais e geralmente é bem tolerada, sendo assintomática ou produzindo uma breve sensação de cabeça42 leve.
Devido à queda potencial da pressão arterial43 nestes pacientes, a terapia deverá ser iniciada sob rigoroso monitoramento médico. Uma dose inicial de 6,25 ou 12,5 mg, 3 vezes ao dia, pode minimizar o efeito hipotensivo. Os pacientes deverão ser cuidadosamente acompanhados, durante as primeiras duas semanas de tratamento e sempre que a dose de captopril e/ou diurético40 for aumentada.
A hipotensão37 por si só não é uma razão para a interrupção da administração de CAPOTEN® (captopril). A magnitude da queda de pressão é maior no início do tratamento e este efeito se estabiliza no prazo de 1 ou 2 semanas. Este efeito geralmente volta aos níveis de pré-tratamento, sem diminuição da eficácia terapêutica44, no prazo de 2 meses..
Morbidade45 e Mortalidade46 Fetal/Neonatal
Quando usados na gravidez47 durante o segundo e terceiro trimestres, os inibidores da eca podem causar danos ao desenvolvimento e mesmo morte fetal. Quando a gravidez47 for detectada, CAPOTEN® (captopril) deve ser descontinuado o quanto antes.
Insuficiência hepática48
Em raras ocasiões, os inibidores da eca têm sido associados com uma síndrome49 que se inicia com icterícia50 colestática e progride para uma necrose51 hepática52 fulminante e morte (algumas vezes). Os mecanismos desta síndrome49 não são conhecidos. Pacientes recebendo inibidores da eca que desenvolveram icterícia50 ou elevações acentuadas das enzimas hepáticas53 devem descontinuar o tratamento com inibidores da eca e receber acompanhamento médico apropriado.