INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ZOLAPIN

Atualizado em 24/05/2016
Zolapin não deve ser usada concomitantemente com medicamentos mielossupressores, ou que possam causar depressão de medula óssea1.Zolapin pode aumentar os efeitos depressivos do álcool no SNC2, de inibidores da MAO3 e de outros depressivos do SNC2 como narcóticos, anti-histamínicos e benzodiazepínicos.
O uso de Zolapin em pacientes que receberam recentemente ou estão em tratamento com benzodiazepínicos ou outros agentes psicóticos deve ser cuidadosamente avaliado devido ao aumento do risco de ocorrência de complicações cardiocirculatórias e respiratórias.
A terapia combinada4 com Zolapin e lítio pode aumentar o risco de convulsão5, Síndrome6 Maligna do Neuroléptico7 e discinesia. Essa associação terapêutica8 pode ser feita somente se os sintomas9 hipomaníacos não forem adequadamente controlados com Zolapin. A associação de Zolapin com carbamazepina e outros fármacos psicoativos produz efeitos semelhantes aos do lítio.
O uso de ácido valpróico parece ter influência variável nos níveis plasmáticos de Zolapin. Valproatos aumentam os níveis plasmáticos de Zolapin, porém, em um pequeno grupo em terapia com Zolapin, a introdução de ácido valpróico resultou em uma diminuição de 15% nos níveis de Zolapin no sangue10 e em 65% nos níveis de norclozapina no sangue10.
Zolapin compete com digoxina, heparina, fenitoína e varfarina pelos sítios ligantes da albumina11, podendo resultar em alterações da concentração sérica de ambos.
O uso de fluvoxamina com Zolapin pode melhorar a eficácia de Zolapin (pelo aumento da concentração sérica), porém pode causar hipotensão12 e convulsão5.
Zolapin pode ter efeitos adversos com ampicilina e eritromicina; com o uso concomitante de anticolinérgicos há potencialização dos efeitos parassimpatolíticos, aumentando o risco de ocorrência de discinesia tardia13.
Zolapin liga-se ao citocromo P450, isoenzima 2D6, e é parcialmente metabolizado por essa enzima14. O uso contínuo de agentes que se ligam a essa mesma enzima14 resulta em alteração nos níveis plasmáticos de Zolapin e/ou da medicação de uso contínuo, podendo aumentar os riscos de recorrência15 dos sintomas9 psicóticos.
O uso concomitante de cimetidina e altas doses de Zolapin resulta em aumento dos níveis plasmáticos de Zolapin e dos efeitos indesejáveis.
A descontinuidade da terapia concomitante com a carbamazepina resulta em elevação do nível plasmático de Zolapin.
Na terapia concomitante com fenitoína observa-se redução dos níveis plasmáticos de Zolapin, diminuindo sua eficácia.
Não é relatada nenhuma outra interação, clinicamente importante, com outros medicamentos que competem por citocromo P450, isoenzima 2D6, como os antidepressivos, fenotiazínicos, e agentes antiarrítmicos do tipo IC. Contudo, a possibilidade teórica de interação entre Zolapin (aumentando seus níveis plasmáticos) e os medicamentos citados deve ser considerada. Assim, se for necessário a prescrição desses medicamentos, a dose de Zolapin deve ser diminuída.
Com o uso de drogas anti-hipertensivas, aumentam os efeitos hipotensivos. Os efeitos colinérgicos de drogas similares à atropina podem ser potencializados com o uso de Zolapin. O uso de depressores respiratórios junto com Zolapin também pode ter efeitos aditivos.
Assim, o uso contínuo desses agentes com Zolapin deve ser cuidadosamente monitorado, devido à possibilidade de adição de efeitos.
Em pacientes tratados com Zolapin, o efeito hipotensor da adrenalina16 e seus derivados pode ser antagonizado devido ao efeito bloqueador da Clozapina.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
2 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
3 Mão: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
4 Terapia combinada: Uso de medicações diferentes ao mesmo tempo (agentes hipoglicemiantes orais ou um agente hipoglicemiante oral e insulina, por exemplo) para administrar os níveis de glicose sangüínea em pessoas com diabetes tipo 2.
5 Convulsão: Episódio agudo caracterizado pela presença de contrações musculares espasmódicas permanentes e/ou repetitivas (tônicas, clônicas ou tônico-clônicas). Em geral está associada à perda de consciência e relaxamento dos esfíncteres. Pode ser devida a medicamentos ou doenças.
6 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
7 Neuroléptico: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
8 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
9 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
10 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
11 Albumina: Proteína encontrada no plasma, com importantes funções, como equilíbrio osmótico, transporte de substâncias, etc.
12 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
13 Discinesia tardia: Síndrome potencialmente irreversível, caracterizada por movimentos repetitivos, involuntários e não intencionais dos músculos da língua, boca, face, pescoço e (mais raramente) das extremidades. Ela se caracteriza por movimentos discinéticos involuntários e irreversíveis e pode se desenvolver com o uso de medicamentos tais como antipsicóticos e neurolépticos.
14 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
15 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
16 Adrenalina: 1. Hormônio secretado pela medula das glândulas suprarrenais. Atua no mecanismo da elevação da pressão sanguínea, é importante na produção de respostas fisiológicas rápidas do organismo aos estímulos externos. Usualmente utilizado como estimulante cardíaco, como vasoconstritor nas hemorragias da pele, para prolongar os efeitos de anestésicos locais e como relaxante muscular na asma brônquica. 2. No sentido informal significa disposição física, emocional e mental na realização de tarefas, projetos, etc. Energia, força, vigor.

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