
ADVERTÊNCIAS CORGARD
Pacientes com história de Insuficiência Cardíaca1A estimulação simpática pode ser um componente vital de suporte à função circulatória em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva2 e o bloqueio beta-adrenérgico3 pode piorar a falência.
Embora os beta-bloqueadores devam ser evitados em casos de insuficiência cardíaca1 manifesta, eles podem ser usados cautelosamente, se necessário, em pacientes com história de insuficiência cardíaca1 bem compensados, normalmente com digitálicos e diuréticos4. Os agentes bloqueadores beta-adrenérgicos5 não anulam o efeito inotrópico dos digitálicos sobre o músculo cardíaco6.
Pacientes sem história de Insuficiência Cardíaca1
A depressão contínua do miocárdio7 com beta-bloqueadores pode, em alguns casos, resultar em insuficiência cardíaca1. Aos primeiros sinais8 ou sintomas9 de insuficiência cardíaca1 eminente, o paciente deve ser digitalizado ou tratado com diuréticos4 e a resposta deve ser rigorosamente observada. Se a insuficiência cardíaca1 persistir, mesmo com digitalização e diurese10 adequadas, deve-se interromper a administração de CORGARD (gradativamente, se possível).
Exacerbação da Doença Isquêmica Cardíaca após interrupção abrupta da terapia
Observa-se hipersensibilidade a catecolaminas em pacientes que interrompem a terapia com beta-bloqueadores; pode ocorrer exacerbação da angina11, hipertensão12 e, em alguns casos, infarto do miocárdio13, após descontinuação repentina da terapia. Para se descontinuar a administração de nadolol em pacientes que o tenham recebido cronicamente, principalmente aqueles com doença isquêmica cardíaca, a dosagem deverá ser gradativamente reduzida no decurso de 1 a 2 semanas e o paciente deve ser monitorado cuidadosamente. Se houver piora acentuada da angina11 ou se houver desenvolvimento de insuficiência14 coronária, a administração de nadolol deverá ser restituída de imediato (pelo menos temporariamente) e outras medidas apropriadas para o controle de angina11 instável devem ser tomadas. Os pacientes deverão ser advertidos para não interromperem ou descontinuarem a terapia sem orientação médica. Devido ao fato da doença das artérias coronárias15 ser comum e existir a possibilidade desta não ser detectada, pode ser prudente não descontinuar o tratamento repentinamente mesmo em pacientes sob tratamento somente para hipertensão12.
Broncoespasmo16 não-alérgico (p. ex., bronquite crônica17, enfisema18)
Em geral, pacientes com doenças broncoespásticas não devem receber beta-bloqueadores, já que estes podem inibir a broncodilatação19 produzida por estimulação endógena ou exógena por catecolaminas dos receptores beta-2.
Cirurgia de grande porte
O bloqueio dos beta-receptores interferem na capacidade do coração20 em responder ao estímulo-reflexo e pode aumentar os riscos da anestesia21 geral e dos procedimentos cirúrgicos que resultam em hipotensão22 prolongada ou baixo débito cardíaco23.
Se possível, os beta-bloqueadores devem ser descontinuados bem antes da ocasião da cirurgia. No evento de uma cirurgia de emergência24, o anestesiologista deve ser informado se o paciente está sob terapia com beta-bloqueadores.
Uma exceção ao parágrafo acima se refere à cirurgia da tireóide Z (vide INDICAÇÕES - Hipertireoidismo25 e DOSAGEM E ADMINISTRAÇÃO - Hipertireoidismo25).
Diabetes26 e Hipoglicemia27
O bloqueio beta-adrenérgico3 pode prevenir o aparecimento de sinais8 ou sintomas9 de alerta de hipoglicemia27 aguda. Este fato é principalmente importante para diabéticos lábeis. O beta-bloqueio também reduz a liberação de insulina28 em resposta à hiperglicemia29; portanto, pode ser necessário ajustar a dose de drogas antidiabéticas.
Tireotoxicose
O bloqueio beta-adrenérgico3 pode mascarar alguns sinais8 clínicos de hipertireoidismo25 (p. ex., taquicardia30). A retirada abrupta do nadolol em pacientes com tireotoxicose pode desencadear uma crise tireotóxica.