PRECAUÇÕES INTERFERON ALFA-2B HUMANO RECOMBINANTE
Quando se considera o uso de Interferon como terapia, o médico deve avaliar a necessidade e a utilidade da droga contra os riscos de reações adversas. A maioria das reações adversas são reversíveis e detectáveis no começo.
Se reações severas ocorrerem, a droga deve ter sua dosagem reduzida ou ser descontinuada e medidas apropriadas devem ser tomadas, de acordo com a avaliação clínica de um médico. A reinstituição da terapia deve ser realizada com cuidado, devendo-se considerar a possibilidade da ocorrência de toxicidade1 novamente.
Recomenda-se realizar um controle dos pacientes que recebem Interferon durante um período prolongado e em altas doses. Devem-se realizar as seguintes análises laboratoriais: hemograma completo e contagem de glóbulos brancos e plaquetas2; teste da função hepática3, dosagem de enzimas hepáticas4 (transaminases séricas - TGO e TGP); avaliação da função renal5 (uréia6, creatinina7); dosagem de eletrólitos8 e cálcio.
No tratamento da leucemia9 de células10 pilosas e sarcoma de Kaposi11, relacionado com a AIDS, pode ocorrer depressão severa na contagem de células10 sangüíneas na fase inicial do tratamento.
A administração a pacientes com contagem de plaquetas2 inferior a 50.000/mm3 deve ser feita por via subcutânea12.
Os pacientes com anormalidade cardíaca prévia devem ser monitorados com ECG durante a administração de Interferon, pois em alguns casos pode ocorrer desenvolvimento de arritmias13.
Como o Interferon pode afetar as funções do sistema nervoso central14, deve-se prevenir os pacientes que prestem atenção ou evitem conduzir veículos ou operar máquinas, até que se confirme a tolerância ao tratamento. Em alguns casos (pacientes deprimidos e/ou com distúrbios do estado mental), deve-se considerar a descontinuação do tratamento.
Durante a administração de Interferon, deve-se manter uma hidratação adequada, pois a possibilidade de produzir hipotensão15 está relacionada com a depleção16 de líquidos. Pode ser necessária reposição hídrica.
A administração pode ser por via subcutânea12, intramuscular ou intralesão, sendo que a via subcutânea12 deve ser usada nos pacientes trombocitopênicos.
Deve ser administrado com cautela em pacientes com história de doença cardiovascular, pulmonar, diabetes mellitus17, desordens de coagulação18 e com severa mielossupressão.
Em casos de efeitos no SNC19 (depressão, confusão, alterações do estado mental) pode ser necessária a descontinuação do tratamento. Muito embora os efeitos no SNC19 sejam reversíveis, a reversão completa pode levar 3 semanas.
Muito raramente podem ocorrer convulsões com doses elevadas. Narcóticos hipnóticos e sedativos devem ser administrados com cautela quando associados com interferon a-2b humano recombinante.