
FARMACOCINÉTICA CELLCEPT
Absorção: Após administração oral, micofenolato mofetil sofre rápida e extensa absorção, sendo completamente metabolizado o MPA, seu metabólito1 ativo. A biodisponibilidade média do micofenolato mofetil administrado por via oral, baseando-se na área sob a curva (AUC2) do MPA, foi de 94% em relação à administração endovenosa. Micofenolato mofetil não é mensurável no plasma3 após administração oral. A ingestão de alimentos não tem efeito na extensão da absorção do micofenolato mofetil, quando administrado em doses de 1,5 g duas vezes ao dia a pacientes com transplante renal4. Entretanto, a Cmáx do MPA decresce em 40% na presença de alimento. Distribuição: Como resultado da recirculação êntero-hepática5, um aumento secundário na concentração plasmática do MPA é normalmente observado em aproximadamente 6-12 horas após a administração da dose. A redução na área sob a curva (AUC2) do MPA em aproximadamente 40% está associada à co-administração da colestiramina (4 g três vezes ao dia indicando que existe uma significativa recirculação êntero-hepática5. O MPA, em concentrações clinicamente relevantes, apresenta-se 97% ligado à albumina6 plasmática. Metabolismo7: MPA é metabolizado principalmente pela glucoronil transferase para formar o glucoronídeo fenólico do MPA (MPAG), o qual não é farmacologicamente ativo. Eliminação: Uma porção desprezível da droga é excretada na formada MPA (< 1% da dose) na urina8. O micofenolato mofetil marcado radioativamente, quando administrado por via oral, foi completamente recuperado, sendo 93% da dose recuperados na urina8 e 6% recuperados nas fezes. A maior parte (87%) da dose administrada foi excretada na urina8 sob a forma de MPAG. A área sob a curva (AUC2) e a concentração plasmática máxima (Cmáx) médias são aproximadamente 50% menores em pacientes recentemente transplantados (transplante renal4 recente ( 40 dias) em relação ao observado em voluntários sadios ou pacientes transplantados estáveis. Farmacocinética em situações clínicas especiais: Em estudo de dose única (6 indivíduos por grupo), a AUC2 do MPA plasmático observado em indivíduos com disfunção renal4 crônica severa (velocidade da filtração glomerular < 25 ml/min/ 1,73m2) foi 28% -75% maior em relação ao observado em voluntários saudáveis ou indivíduos com menor grau de comprometimento renal4. A AUC2 do MPAG em dose única foi 3 a 6 vezes maior em indivíduos com disfunção renal4 severa em relação aos indivíduos com disfunção renal4 moderada ou a indivíduos normais, de acordo com o que se conhece da eliminação renal4 de MPAG. Não se estudou o efeito de doses múltiplas de micofenolato mofetil em pacientes com disfunção renal4 crônica severa. Nos pacientes com atraso no funcionamento do órgão transplantando, a AUC2 0-12 média de MPA foi comparável à observada em pacientes transplantados sem problemas de funcionamento do órgão transplantado. A AUC2 0-12 média de MPAG plasmático foi 2 a 3 vezes maior do que em pacientes sem atraso no funcionamento do órgão.