FARMACODINÂMICA AURAM
Estudos farmacológicos em animais com Auram e o seu metabólito1 - oderivado 10-monohidroxi (MHD), mostram que estas duas substâncias são potentes e eficazes anticonvulsivantes, indicando efetividade terapêutica2 principalmente contra crises parciais e tônico-clônicas generalizadas.
Embora o mecanismo de ação preciso da maioria dos antiepilépticos não seja ainda conhecido em detalhes, aceita-se que os fármacos desta classe produzam seus efeitos por alteração da atividade dos mediadores básicos da excitabilidade neuronal, ou seja, os canais iônicos dos neurônios3 no cérebro4, iniciadores do potencial de ação e da neurotransmissão. De acordo com recentes achados Auram e o MHD podem exercer sua atividade anticonvulsivante pelo bloqueio dos canais de sódio voltagem-dependentes no cérebro4.
Em concentrações terapêuticas, ambos os compostos limitam a descarga repetitiva de alta frequência, sustentada pelos potenciais de ação sódio-dependentes de neurônios3 de camundongos em cultura de células5, um efeito que pode contribuir para bloqueio da disseminação da crise a partir de um foco epiléptico.
Além disso, evidência de um estudo in vitro em corte de hipocampo6 de rato sugere que a atividade antiepiléptica do MHD racêmico7 e de seus dois enantiomorfos é mediada também por canais de potássio.