ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES CELEBRA
Efeitos cardiovasculares trombóticos1: Celebra® (celecoxibe) pode causar um aumento no risco de eventos cardiovasculares trombóticos1 graves, infarto do miocárdio2 e derrame3, que pode ser fatal. Todos os antiinflamatórios não-esteróides podem ter um risco similar. Este risco pode aumentar com a dose, duração do tratamento e fator de risco4 cardiovascular basal. Pacientes com doença cardiovascular conhecida podem estar sob um risco maior. Para minimizar o risco potencial para um evento adverso cardiovascular em pacientes tratados com Celebra®, deve-se usar a menor dose eficaz pelo menor período possível. Médicos e pacientes devem permanecer alertas para o desenvolvimento de tais eventos, mesmo na ausência de sintomas5 cardiovasculares prévios. Os pacientes devem ser informados sobre os sinais6 e/ou sintomas5 de toxicidade7 cardiovascular grave e as medidas a serem tomadas se estes ocorrerem (vide “Propriedades Farmacodinâmicas”).
Foi observada incidência8 aumentada de infarto do miocárdio2 e derrame3 em dois grandes estudos clínicos controlados com um antiinflamatório não-esteróide, seletivo para COX-2 diferente de Celebra®, para o tratamento da dor nos primeiros 10-14 dias após cirurgia de revascularização do miocárdio9 (vide “Contra-indicações”).
O celecoxibe não é um substituto do ácido acetilsalicílico na profilaxia de doença cardiovascular tromboembólica devido à falta de efeitos sobre a função plaquetária. Uma vez que o celecoxibe não inibe a agregação plaquetária, a terapia anti-plaquetária (por ex., ácido acetilsalicílico) não deve ser descontinuada.
Efeitos gastrintestinais: perfurações, úlceras10 ou hemorragias11 gastrintestinais altas ocorreram em pacientes tratados com Celebra®. Pacientes com maior risco para o desenvolvimento dessas complicações gastrintestinais com AINEs são os idosos, pacientes com doença cardiovascular, pacientes em uso concomitante de ácido acetilsalicílico ou pacientes com história de doença gastrintestinal prévia ou doença ativa, tais como úlceras10, hemorragia12 gastrintestinal ou condições inflamatórias. A maior parte dos relatos espontâneos de eventos gastrintestinais fatais aconteceu em idosos ou pacientes debilitados.
Embora se tenha demonstrado redução significativa do risco de desenvolvimento de complicações gastrintestinais comumente associadas ao uso de antiinflamatórios, este risco não é completamente eliminado pelo uso de celecoxibe.
Para se reduzir o risco potencial de um efeito adverso GI, deve ser utilizada a menor dose eficaz durante o menor período de tempo possível.
Uso com outros AINEs: o uso concomitante de celecoxibe e um AINE, diferente do ácido acetilsalicílico, deve ser evitado.
Uso com varfarina ou agentes similares: em pacientes em terapia concomitante com varfarina ou agentes similares, eventos hemorrágicos13 sérios, alguns deles fatais, foram relatados. Uma vez que aumento do tempo de protrombina14 (RNI) foi relatado, a atividade anticoagulante15 deve ser monitorada após o início do tratamento com Celebra® ou após mudança de dose.
Hipertensão16: assim como ocorre com todos os AINEs, Celebra® pode levar ao início de uma nova hipertensão16 ou piora da hipertensão16 pré-existente, das quais podem contribuir para um aumento na incidência8 de eventos cardiovasculares. AINEs, incluindo Celebra®, devem ser usados com cautela em pacientes com hipertensão16. A pressão sangüínea17 deve ser cuidadosamente monitorada no início e durante a terapia com Celebra®.
Retenção hídrica e edema18: assim como ocorre com outros medicamentos inibidores da síntese de prostaglandinas19, observou-se retenção hídrica e edema18 em pacientes recebendo Celebra®. Portanto, Celebra® deve ser usado com cautela em pacientes com comprometimento da função cardíaca, como insuficiência cardíaca congestiva20, e outras condições que predisponham ou piorem a retenção hídrica. Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva20 ou hipertensão16 pré-existentes devem ser cuidadosamente monitorados. O celecoxibe deve ser usado com cautela em pacientes com funções cardíacas comprometidas, edema18 pré-existente, ou outras condições de pré-disposição, ou que possam piorar pela retenção hídrica, incluindo aqueles que fazem uso de diuréticos21, ou por outro lado, o risco de hipovolemia22.
Efeitos renais: AINEs, incluindo Celebra®, podem causar toxicidade7 renal23. Estudos clínicos com Celebra® mostraram efeitos renais similares àqueles observados com um AINEs comparativo. Pacientes sob um risco maior de toxicidade7 renal23 são aqueles com insuficiência renal24, insuficiência cardíaca25, disfunção hepática26 e os idosos. Tais pacientes devem ser cuidadosamente monitorados durante o tratamento com Celebra®.
A função renal23 deve ser cuidadosamente monitorada em pacientes com doença renal23 avançada em uso de Celebra® (vide “Posologia”).
Deve-se ter cuidado ao iniciar o tratamento em pacientes com desidratação27. É aconselhável reidratar o paciente antes de iniciar o tratamento com Celebra®. Também se recomenda cuidado em pacientes com doença renal23 pré-existente.
Efeitos hepáticos: pacientes com insuficiência hepática28 grave (classe C de Child-Pugh) não foram estudados. O uso de Celebra® em pacientes com insuficiência hepática28 grave não é recomendado. Celebra® deve ser utilizado com cuidado em pacientes com insuficiência hepática28 moderada (classe B de Child-Pugh), sendo iniciado com a menor dose recomendada (vide “Posologia”).
Raros casos de reações hepáticas29 severas, incluindo hepatite fulminante30 (algumas com conseqüência fatal), necrose31 do fígado32, falência hepática26 (algumas com conseqüências fatais ou que requerem transplante de fígado32), foram relatados com celecoxibe.
Um paciente com sinais6 e/ou sintomas5 de disfunção hepática26, ou que tenha apresentado teste de função hepática26 anormal, deve ser monitorado cuidadosamente em relação à evidência de desenvolvimento de alteração hepática26 mais grave enquanto estiver em tratamento com Celebra®. Deve-se interromper o uso de Celebra® caso apareçam sinais6 e sintomas5 clínicos compatíveis com doença hepática26, ou suas manifestações sistêmicas (por ex., eosinofilia33, erupção34, etc.).
Reações anafilactóides: assim como ocorre com AINEs em geral, reações anafilactóides ocorreram em pacientes expostos ao celecoxibe (vide “Contra-indicações”). Desde o início de sua comercialização, houve raros relatos de reações anafiláticas35 e angioedema36 em pacientes recebendo celecoxibe.
Por reduzir a inflamação37, Celebra® pode reduzir a utilidade de sinais6 diagnósticos, como febre38, na detecção de infecções39.
Reações graves na pele40: reações graves na pele40, algumas delas fatais, incluindo dermatite41 esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson42 e necrólise epidérmica tóxica43, foram relatadas muito raramente em associação ao uso de celecoxibe. Os pacientes parecem ter um risco maior para estes eventos logo no início da terapia: o início do evento ocorre na maioria dos casos dentro do primeiro mês de tratamento. Celebra® deve ser descontinuado ao primeiro aparecimento de rash44 cutâneo45, lesões46 nas mucosas47 ou qualquer outro sinal48 de hipersensibilidade.
Polipose Adenomatosa Familiar (PAF): o tratamento da PAF com Celebra® não demonstrou reduzir o risco de câncer49 gastrintestinal ou a necessidade de colectomia profilática ou outras cirurgias relacionadas à PAF. Portanto, o cuidado usual de pacientes com PAF não deve ser alterado em função da administração conjunta de Celebra®. Em particular, a freqüência da rotina de vigilância endoscópica não deverá ser diminuída e a colectomia profilática ou outras cirurgias relacionadas à PAF não deverão ser postergadas.
Outras: pode ocorrer anemia50 em pacientes recebendo Celebra®. Em estudos clínicos controlados, a incidência8 de anemia50 foi de 0,6% com Celebra® e 0,4% com o placebo51. Pacientes em tratamento por longo prazo com Celebra® devem ter sua hemoglobina52 ou hematócrito53 verificados se apresentarem sinais6 ou sintomas5 de anemia50 ou perda de sangue54. Celebra® em geral não afeta o número das plaquetas55, tempo de protrombina14 (TP) ou tempo de tromboplastina56 parcial ativada (TTPa) e não parece inibir a agregação plaquetária nas doses indicadas. Pacientes com asma57 podem apresentar broncoespasmo58 induzido por ácido acetilsalicílico (AAS). Como podem ocorrer ulcerações59 e sangramento grave do trato GI sem sintomas5 de alerta, deve-se monitorar o aparecimento de sinais6 ou sintomas5 de sangramento GI. Nos estudos clínicos controlados, houve incidência8 aumentada de hipercloremia em pacientes recebendo celecoxibe em comparação com pacientes usando placebo51. Outras alterações laboratoriais que ocorreram mais freqüentemente nos pacientes recebendo celecoxibe incluíram hipofosfatemia e elevação da uréia60. Estas alterações laboratoriais também foram observadas em pacientes que receberam AINEs como comparadores nestes estudos. O significado clínico destas alterações não está claro.
Uso em Crianças
Não foram avaliadas a segurança e a eficácia em indivíduos abaixo de 18 anos de idade.
Uso durante a Gravidez61
Não existem estudos em gestantes humanas. Estudos em animais demonstraram toxicidade7 reprodutiva (vide “Dados de Segurança Pré-clínica”). A relevância destes dados para humanos não é conhecida.
Assim como ocorre com outros medicamentos inibidores da síntese de prostaglandinas19, Celebra® pode causar inércia uterina e fechamento prematuro do ducto arterioso e deve ser evitado durante o terceiro trimestre da gravidez61.
Celebra® deve ser usado durante a gravidez61 apenas se, a critério médico, o potencial benefício justificar o risco potencial para o feto62.
Uso durante a Lactação63
Estudos em ratas demonstraram que o celecoxibe é excretado no leite em concentrações semelhantes às do plasma64. A administração de Celebra® a lactantes65 apresentou baixa excreção de celecoxibe no leite materno. Devido à possibilidade de reações adversas em lactentes66 pelo Celebra®, o médico deve tomar uma decisão quanto a interromper o aleitamento ou suspender o uso do medicamento, considerando a importância desse para a mãe.
Celebra® é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez61. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
O efeito de Celebra® na habilidade de dirigir ou de operar máquinas não foi estudado, mas, considerando suas propriedades farmacodinâmicas e perfil de segurança como um todo, é improvável que haja efeitos sobre essas habilidades.