
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES DEPO-MEDROL
GeraisEste produto não é apropriado para doses múltiplas. Após administração da dose desejada, qualquer suspensão remanescente deve ser descartada.
Enquanto os cristais de esteróides supra-renais suprimem a reação inflamatória na derme1, sua presença pode causar a desintegração dos elementos celulares e alterações físico-químicas na substância fundamental do tecido conectivo2. As alterações dérmicas e subdérmicas resultantes, que ocorrem raramente, podem formar depressões cutâneas3 no local da injeção4. O grau em que essa reação ocorre varia com a quantidade de esteróide injetado. A regeneração geralmente se completa em alguns meses ou após todos os cristais do esteróide terem sido absorvidos.
Para que possa ser minimizada a incidência5 de atrofia6 dérmica ou subdérmica, deve-se ter cautela para não ultrapassar as doses recomendadas. Sempre que possível, injeções pequenas e múltiplas devem ser aplicadas na área da lesão7. A técnica de aplicação intra-sinovial ou intramuscular deve incluir precauções contra injeção4 ou vazamento dentro da derme1. Deve ser evitada a injeção4 no músculo deltóide por causa da alta incidência5 de atrofia6 subcutânea8.
Depo-Medrol* não deve ser administrado por qualquer outra via além daquelas listadas em "Indicações". Portanto, não é recomendado para administração intratecal, epidural9, intranasal ou intraocular. É muito importante que, durante a administração de Depo-Medrol*, técnicas apropriadas sejam utilizadas e que se assegure a correta localização do fármaco10.
A administração por qualquer outra via além daquelas indicadas foi associada a relatos de eventos médicos graves, incluindo: aracnoidite, meningite11, paraparesia12/paraplegia13, distúrbios sensoriais, disfunção intestinal/vesical14, convulsões, distúrbios visuais incluindo cegueira, inflamação15 ocular/periocular e presença de resíduo ou escara16 em local de injeção4.
Em pacientes sob terapia com corticóide, sujeitos a estresse incomum, recomenda-se aumentar a dose do corticóide de ação rápida antes, durante e após a situação de estresse.
Os corticosteróides podem mascarar sinais17 de infecção18, havendo, também, a possibilidade de surgirem novas infecções19 durante o tratamento. Pode, ainda, haver diminuição da resistência e incapacidade para localizar infecções19. Infecções19 com qualquer patógeno, incluindo organismos virais, bacterianos, fúngicos20, protozoários21 e helmínticos, em qualquer local do corpo, podem estar associadas ao uso isolado de corticosteróides ou em combinação com outros agentes imunossupressores que afetem a imunidade22 celular ou humoral23, ou a função neutrofílica. Essas infecções19 podem ser leves, mas podem também ser graves e, às vezes, fatais. Com doses maiores de corticosteróides, a taxa de ocorrência de complicações infecciosas aumenta. Não deve ser utilizada a administração intra-sinovial, intrabursal ou intratendinosa para obtenção de efeito local na presença de infecção18 aguda.
O uso prolongado de corticóides pode provocar o aparecimento de cataratas subcapsulares posteriores, glaucoma24 com possível dano aos nervos ópticos e pode predispor a infecções19 oculares secundárias por fungos ou vírus25.
Durante a terapêutica26 com corticosteróides, os pacientes não devem ser vacinados contra a varíola.
Outros procedimentos de imunização27 também devem ser evitados, devido à possibilidade de complicações neurológicas e falha da resposta imunológica.
A administração de vacinas de microorganismos vivos ou atenuados é contra-indicada a pacientes recebendo doses imunossupressoras de corticosteróides. Vacinas de microorganismos mortos ou inativadas podem ser administradas a pacientes recebendo doses imunossupressoras de corticosteróides, no entanto, a resposta a tais vacinas pode ser diminuída. Os procedimentos de imunização27 preconizados podem ser realizados em pacientes recebendo doses não imunossupressoras de corticosteróides.
O uso de Depo-Medrol* em tuberculose28 ativa deve ser restrito aos casos de tuberculose28 fulminante ou disseminada, nos quais se usa corticóide em associação a um regime antituberculose adequado.
Quando os corticóides forem indicados em pacientes com tuberculose28 latente ou reatividade à tuberculina, vigilância cuidadosa é necessária, já que pode ocorrer reativação da enfermidade. Durante terapia prolongada com corticóides, estes pacientes deverão receber quimioprofilaxia. Devido à ocorrência de raros casos de reações do tipo anafilático (por exemplo, broncoespasmo29) em pacientes sob terapia corticóide por via parenteral, deverão ser tomadas medidas adequadas de precaução antes da administração, especialmente quando o paciente apresenta antecedentes de alergia30 a qualquer fármaco10.
Foram relatadas reações cutâneas3 alérgicas, aparentemente relacionadas com os excipientes da formulação. Raramente, o teste cutâneo31 mostrou reação ao acetato de metilprednisolona, "per se".
Embora estudos clínicos controlados tenham demonstrado a eficácia dos corticóides em acelerar a resolução de exacerbações agudas de esclerose múltipla32, não ficou claro se os corticóides alteram o resultado final ou a história da doença. Os estudos demonstraram que são necessárias altas doses de corticóides para se obter um efeito significativo (vide "Posologia").
Uma vez que as complicações do tratamento com glicocorticóides dependem da dose e da duração do tratamento, deverá ser avaliada a relação risco/benefício para cada caso individual, quanto à dosagem e duração do tratamento, assim como a escolha de terapia diária ou intermitente33.
Foi relatada a ocorrência de sarcoma de Kaposi34 em pacientes recebendo terapia com corticosteróides. A descontinuação dos corticosteróides pode resultar em remissão clínica.
Recomenda-se uma solução de iodo-povidine, ou produto similar, para limpeza da tampa do frasco-ampola antes da aspiração do conteúdo.
Os corticóides devem ser usados com cautela em pacientes com herpes simples ocular, por causa de possível perfuração da córnea35.
Podem aparecer transtornos psíquicos quando se usam corticóides, variando desde euforia, insônia, oscilações do humor, alterações de personalidade e depressão grave a manifestações declaradamente psicóticas. Além disso, os corticóides podem agravar a instabilidade emocional ou tendências psicóticas.
Os corticóides devem ser usados com cautela em colite36 ulcerativa não específica, se houver probabilidade de perfuração iminente, abscesso37 ou outra infecção18 piogênica. Também deve-se ter precaução com o uso em diverticulite38, anastomose39 intestinal recente, úlcera péptica40 ativa ou latente, insuficiência renal41, hipertensão42, osteoporose43 e miastenia44 grave, quando esteróides forem usados como terapia direta ou adjuvante.
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose28. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão45, devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico46 precoce e tratamento.
As seguintes precauções adicionais se aplicam a corticóides por via parenteral:
A injeção4 intra-sinovial de corticóides pode produzir tanto efeitos locais como sistêmicos47.
É necessário um exame apropriado do líquido articular, a fim de excluir processos sépticos.
Aumento acentuado da dor, acompanhado de edema48 local, limitação da mobilidade articular, febre49 e mal-estar são indicativos de artrite50 séptica. Na ocorrência desta complicação e sendo confirmado o diagnóstico46 de sepse51, deve ser instituída terapia antimicrobiana adequada.
Deve-se evitar injeção4 local de esteróides em articulação52 infectada previamente.
Os corticóides não devem ser injetados em articulações53 instáveis.
É necessário técnica estéril para evitar infecções19 ou contaminação.
Deve-se ter em mente que a taxa de absorção com a administração intramuscular é mais lenta.
Carcinogênese, Mutagênese e Alteração da Fertilidade
Não há evidência de que os corticóides sejam carcinogênicos, mutagênicos ou prejudiquem a fertilidade.
Uso Pediátrico
Pode haver supressão do crescimento em crianças que recebem terapia glicocorticóide prolongada em doses diárias divididas. O uso de tal regime deve ser restrito às indicações mais graves.
Uso durante a Gravidez54
Alguns estudos em animais demonstraram que os corticóides, quando administrados às mães, em altas doses, podem provocar malformações55 fetais. Não foram realizados estudos adequados de reprodução56 humana. Portanto, o uso deste medicamento durante a gravidez54, em nutrizes57 ou mulheres potencialmente férteis, requer cuidadosa avaliação em relação ao risco potencial à mulher e ao feto58 ou embrião. Uma vez que não há segurança durante a gravidez54, este fármaco10 só deve ser usado quando absolutamente necessário.
Os corticóides atravessam a placenta rapidamente. Recém-nascidos de pacientes que tenham recebido doses substanciais de corticóides durante a gravidez54 devem ser cuidadosamente observados e avaliados para se detectar sinais17 de insuficiência59 supra-renal60. Não há efeitos conhecidos dos corticóides durante o trabalho de parto.
Uso durante a Lactação61
Os corticóides são excretados no leite humano.