ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES DEPO-PROVERA 150 MG
GeraisNo caso de perdas sangüíneas vaginais inesperadas durante o tratamento com Depo®
Provera® (acetato de medroxiprogesterona) 150 mg, aconselha-se investigação diagnóstica.
Depo® Provera® 150 mg pode causar algum grau de retenção hídrica, portanto, deve-se ter
cautela ao tratar pacientes com condições médicas preexistentes que possam ser
agravadas pelo acúmulo de líquidos tais como: epilepsia1, enxaqueca2, asma3 e distúrbio
cardíaco ou renal4.
Pacientes com história de tratamento para depressão devem ser monitoradas
cuidadosamente durante o tratamento com Depo® Provera® 150 mg.
Algumas pacientes recebendo acetato de medroxiprogesterona podem apresentar uma
diminuição na tolerância à glicose5. Portanto, pacientes diabéticas devem ser
cuidadosamente observadas durante terapia com Depo® Provera® 150 mg.
Havendo necessidade de exame histológico6 endometrial ou endocervical, o patologista7 (ou laboratório) deve ser informado de que a paciente está sob tratamento com Depo®
Provera® 150 mg.
O médico/laboratório deve ser informado de que o uso de Depo® Provera® 150 mg pode
diminuir os níveis dos seguintes biomarcadores endócrinos:
• esteróides plasmáticos/urinários (cortisol, estrogênio, pregnanodiol, progesterona,
testosterona);
• gonadotrofinas plasmáticas/urinárias (LH e FSH);
• globulina8 ligada a hormônios sexuais.
Se ocorrer perda completa ou parcial súbita da visão9 ou no caso de instalação súbita de
proptose, diplopia10 ou enxaqueca2, a medicação não deve ser re-administrada até realização de exame. Se o exame revelar papiledema ou lesões11 vasculares12 retinianas, a medicação não deve ser readministrada.
Embora o acetato de medroxiprogesterona não tenha apresentado associação causal com a indução de distúrbios trombóticos13 ou tromboembólicos (tromboflebite14, embolia15 pulmonar, alterações cerebrovasculares e trombose16 da retina17), qualquer paciente com história ou
instalação desse tipo de evento durante o tratamento com Depo® Provera® 150 mg deve ter sua condição e necessidade de tratamento cuidadosamente avaliadas antes de se continuar a terapia.
Tabela - Expectativa mais baixa e taxas típicas de falha, expressas como percentual de
mulheres que engravidam acidentalmente no primeiro ano de uso contínuo de métodos
anticoncepcionais.
Método Menor Expectativa Taxa Típica
Depo® Provera®
(progestágeno injetável) 0,3 0,3
Implantes (Norplant - 6 cápsulas) 0,2* 0,2*
Esterilização feminina 0,2 0,4
Esterilização masculina 0,1 0,15
Pílula
Combinada 0,1
Apenas progestágeno 0,5
DIU 3,0
Progestasert 2,0
Cobre T380A 0,8
Preservativo masculino (camisinha) 2 12
Diafragma18 6 18
Pessário 6 18
Espermicidas 3 21
Esponja vaginal:
mulheres multíparas19 9 28
mulheres nulíparas20 6 18
Abstinência periódica 1-9 20
Coito interrompido 4 18
Nenhum método 85 85
Fonte: Trussel et al. A guide to interpreting contraceptive efficacy studies. Obstet.Gynecol.
1990; 76:558-67.
* Bula de Norplant
Menor esperada: quando o método é usado exatamente como indicado.
Taxa típica: inclui aquelas que não seguem exatamente as recomendações.
O médico deve estar alerta para a possibilidade de ocorrer gravidez ectópica21 nas pacientes tratadas com Depo® Provera® 150 mg que engravidarem ou se queixarem de dor abdominal intensa.
O exame físico preliminar da paciente e seu acompanhamento devem incluir uma avaliação adequada da mama22 e de órgãos pélvicos23, bem como o teste de Papanicolau24.
O uso de Depo® Provera® 150 mg pode mascarar o aparecimento do climatério25.
Devido à sua ação prolongada e à conseqüente dificuldade em prever o tempo de
sangramento após a injeção26, Depo® Provera® 150 mg não é recomendado para tratamento de amenorréia secundária27 ou sangramento uterino funcional. Nessas condições recomendase a terapia por via oral.
Este medicamento pode interromper a menstruação28 por período prolongado e/ou
causar sangramentos intermenstruais severos.