POSOLOGIA E MODO DE USAR MERONEM IV

Atualizado em 28/05/2016


Adultos

A faixa de dosagem é de 1,5 g a 6,0 g diários, divididos em três administrações.

Dose usual: 500 mg a 1 g, por administração intravenosa a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da infecção1, da sensibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente.


Exceções:


1) Episódios de febre2 em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 1 g a cada 8 horas.

2) Meningite3/fibrose cística4 – a dose deve ser de 2 g a cada 8 horas.

Assim como com outros antibióticos, deve-se ter cautela ao usar meropeném em pacientes em estado grave portadores de infecções5 diagnosticadas ou suspeitas do trato respiratório inferior causadas por Pseudomonas aeruginosa.

Testes regulares de sensibilidade são recomendados no tratamento de infecções5 por Pseudomonas aeruginosa.


MERONEM IV deve ser administrado como injeção6 intravenosa em bolus7 por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos (ver Reconstituição, Compatibilidade e Estabilidade).



Posologia para adultos com função renal8 alterada

A dose deve ser reduzida em pacientes com depuração de creatinina9 inferior a 51 ml/min, como esquematizado abaixo:

MERONEM IV é eliminado da circulação10 por hemodiálise11. Caso seja necessária a continuidade do tratamento com MERONEM IV, a unidade de dose, baseada no tipo e na gravidade da infecção1, é recomendada no final do procedimento de hemodiálise11, para reinstituir tratamento efetivo.

Não existe experiência com diálise peritoneal12.



Uso em adultos com insuficiência hepática13

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com disfunção no metabolismo14 hepático.


Uso em idosos

Não é necessário ajuste de dose para idosos com função renal8 normal ou com valores de depuração de creatinina9 superiores a 50 ml/min.


Posologia para crianças

Para crianças acima de 3 meses de idade e até 12 anos, a dose intravenosa é de 10 a 40 mg/kg a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da infecção1, da sensibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente. Em crianças com peso superior a 50 kg, deve ser utilizada a posologia para adultos.


Exceções:


1) Episódios de febre2 em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 20 mg/kg a cada 8 horas.

2) Meningite3/fibrose cística4 – a dose deve ser de 40 mg/kg a cada 8 horas.



MERONEM IV deve ser administrado como injeção6 intravenosa em bolus7 por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos (ver Reconstituição, Compatibilidade e Estabilidade).

Não há experiência em crianças com função renal8 alterada.


Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
2 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
3 Meningite: Inflamação das meninges, aguda ou crônica, quase sempre de origem infecciosa, com ou sem reação purulenta do líquido cefalorraquidiano. As meninges são três membranas superpostas (dura-máter, aracnoide e pia-máter) que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.
4 Fibrose cística: Doença genética autossômica recessiva que promove alteração de glândulas exócrinas do organismo. Caracterizada por infecções crônicas das vias aéreas, que leva ao desenvolvimento de bronquiectasias, insuficiência pancreática exócrina, disfunções intestinais, anormalidades das glândulas sudoríparas e disfunção genitourinária.
5 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
6 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
7 Bolus: Uma quantidade extra de insulina usada para reduzir um aumento inesperado da glicemia, freqüentemente relacionada a uma refeição rápida.
8 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
9 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
10 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
11 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
12 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.
13 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
14 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.

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