INFORMAÇÕES TÉCNICAS FENITOÍNA
Mecanismo de ação:
O principal sítio de ação da fenitoína parece localizar-se no córtex motor, onde a disseminação da atividade epiléptica é inibida. Possivelmente por promover o efluxo do sódio dos neurônios1, a fenitoína tende a estabilizar o limiar frente à hiperexcitabilidade causada por estimulação excessiva ou por alterações ambientais capazes de reduzir o gradiente de sódio da membrana. Isso inclui a redução da potenciação pós-tetânica a nível das sinapses. A perda da potenciação pós-tetânica previne o dano de áreas corticais adjacentes por parte de focos epilépticos corticais. A fenitoína reduz a atividade máxima dos núcleos do tronco cerebral2 responsáveis pelo componente tônico das convulsões tônico-clônicas (grande mal).
Farmacocinética:
Absorção: A absorção da fenitoína por via oral é lenta e variável.
Ligação às proteínas3: Muito alta: 90% ou mais; Está alterada em pacientes com hipoalbuminemia4 (< 37 mg por dL ) e em pacientes urêmicos.
Metabolismo5: Hepático.
Uma vez que a fenitoína é hidroxilada no fígado6 por um sistema enzimático que sofre saturação em presença de níveis plasmáticos elevados, pequenos incrementos da dose podem elevar a meia-vida de modo a aumentar substancialmente os níveis séricos quando estes estão dentro ou acima da faixa terapêutica7 máxima. O nível do estado de equilíbrio pode ser desproporcionalmente aumentado, e como conseqüência, intoxicações podem ocorrer quando esses aumentos na dosagem forem iguais ou superiores a 10%.
O principal metabólito8 inativo da fenitoína é o 5 - (p-hidroxifenil) - 5 fenilhidantoína (HPPH).
Meia-vida: Em torno de 22 horas, com amplas variações individuais (intervalo de 7 a 42 horas).
Tempo para atingir a concentração máxima: de 1,5 a 3 horas.
Concentração terapêutica7 no soro9: De 10 a 20 mcg por ml. A concentração sérica de equilíbrio geralmente é alcançada entre 7 a 10 dias com doses orais de 300 mg ao dia (de 20 a 40 mcg por ml normalmente produzem sintomas10 de toxicidade11; > 40 mcg por ml geralmente produz toxicidade11 severa). As concentrações séricas de fenitoína necessárias para que seja eficaz, podem depender do tipo de crise. Para o controle das crises parciais simples ou complexas, com ou sem convulsões tônico-clônicas podem ser necessárias concentrações mais elevadas (23 mcg por ml) que para o controle das crises tônico-clônicas sozinhas (14 mcg por ml).
Eliminação: Principalmente renal12 como metabólitos13; Também nas fezes, leite materno e, em pequenas quantidades, na saliva. A alcalinização da urina14 potencializa a excreção da fenitoína.