PRECAUÇÕES FENITOÍNA
Tumorigenicidade: Tem sido descrito casos esporádicos de tumores malignos, que incluem o neuroblastoma, em crianças cujas mães foram submetidas ao tratamento com fenitoína, durante a gravidez1.Gravidez1: A fenitoína atravessa a placenta; Deve-se considerar a relação risco-benefício, embora não se tenha estabelecido uma relação causa-efeito definitiva entre as hidantoínas e os efeitos teratógenos2.
Nos últimos anos têm-se descrito uma maior incidência3 de anomalias congênitas4 em crianças cujas mães utilizaram anticonvulsivos durante a gravidez1, embora a maioria das mães epilépticas dão à luz, crianças normais. Tais anomalias incluem lábio leporino5, fenda no palato6, malformações7 cardíacas e a "síndrome8 fetal por hidantoína" (caracterizada por deficiência no crescimento pré natal, microcefalia9, anomalias crânio10-faciais, hipoplasia11 das unhas12 e deficiência mental associada ao desenvolvimento intra-uterino durante o tratamento). Não se está comprovado que estes medicamentos sejam a causa da "síndrome8 fetal por hidantoína, e acredita-se que provavelmente outros fatores influam em seu aparecimento.
Devido a alterações na absorção, da união às proteínas13 e no metabolismo14 dos anticonvulsivos do grupo das hidantoínas durante a gravidez1, as mulheres grávidas que estejam recebendo este tratamento podem experimentar um aumento na incidência3 das crises convulsivas. As concentrações séricas de hidantoína deverão ser monitorizadas e aumento nas doses poderão ser necessários.
Após o parto, pode ser necessário restaurar a posologia usual da paciente.
Parto: A exposição às hidantoínas antes do nascimento pode produzir um aumento do risco de hemorragia15 que ponha em perigo a vida do neonato16, normalmente nas 24 horas posteriores ao nascimento. As hidantoínas podem também produzir deficiência de vitamina17 K na mãe, o que acarreta um aumento da hemorragia15 durante o parto. O risco de hemorragia15 materna ou fetal pode reduzir-se administrando vitamina17 K hidrossolúvel profilaticamente à mãe um mês antes do parto e durante o mesmo e ao neonato16 mediante injeção18 intravenosa imediatamente após o nascimento.
Lactação19: A fenitoína é excretada no leite materno. O lactente20 pode ingerir quantidades significativas.
Pediatria: As crianças e os adultos jovens são mais susceptíveis de desenvolverem hiperplasia21 gengival.
Geriatria: Pacientes idosos, os gravemente enfermos e os que apresentam disfunção hepática22 podem requerer uma dose inicial mais baixa, com ajustes posteriores, devido ao lento metabolismo14 da fenitoína ou ao menor grau de ligação às proteínas13.
Odontologia: Uma complicação comum no tratamento com fenitoína é a hiperplasia21 gengival; normalmente inicia-se como gengivite23 ou inflamação24 das gengivas nos primeiros seis meses de tratamento. A incidência3 é maior nos pacientes com idade inferior a 23 anos do que nos pacientes com mais idade e a hiperplasia21 gengival severa é menos provável que apareça com doses menores de 500 mg diários. O crescimento excessivo do tecido25 parece ter como causa uma alteração no metabolismo14 do colágeno26. As porções das gengivas sem contato com os dentes não são afetadas. A afecção27 não exige a retirada obrigatória da droga e pode ser minimizada com uma boa higiene oral.
Uma pequena porcentagem de pacientes tratados com fenitoína são predispostos à metabolização lenta da droga. A metabolização lenta pode ser atribuída à disponibilidade limitada da enzima28 e à falta de indução; Isto parece ser determinado geneticamente.
O uso da fenitoína deve ser interrompido em caso de aparecimento de "rash29" cutâneo30. Se a erupção31 for esfoliativa, purpúrica ou bolhosa ou suspeitar-se de lupus32 eritematoso33, síndrome de Stevens-Johnson34 ou necrólise epidérmica tóxica35, o medicamento não deve ser administrado e deve-se levar em consideração uma terapia alternativa.
Em caso de aparecimento de "rash29" cutâneo30 leve (do tipo morbiliforme ou escarlatiniforme), o tratamento pode ser reinstituído após o seu desaparecimento. Se a erupção31 recidivar após a reintituição do tratamento, é contra-indicado posterior tratamento com fenitoína.
A relação risco-benefício deve ser avaliada nas seguintes situações clínicas: