PRECAUÇÕES REVECTINA

Atualizado em 28/05/2016

Após o tratamento com drogas microfilaricidas, os pacientes com oncodermatite hiper-reativa
(sowda) podem apresentar maior probabilidade que outros de sofrer reações adversas severas,
especialmente edemas1 e agravamento da oncodermatite.
Estrongiloidíase: o paciente deve ser lembrado da necessidade de submeter-se a exames de
fezes repetidos para comprovar a ausência do parasita2 Strongiloides stercoralis.
Oncocercose: o paciente deve ser lembrado de que o tratamento com REVECTINA® não
elimina os parasitas Onchocerca adultos e, portanto, normalmente é necessário repetir o
acompanhamento, podendo ser requisitado um novo tratamento.
Filariose: o paciente deve ser advertido de que a medicação elimina apenas as microfilárias e,
portanto, não haverá reversão das alterações clínicas já existentes decorrentes dos parasitas
adultos.
Pediculose e Escabiose3: o paciente deverá ser reavaliado no intervalo de
1 a 2 semanas para certificar-se da cura. Nesses casos também devem ser tratados os
contactantes infestados.
Gravidez4
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas.
A ivermectina não deve ser usada durante a gravidez4, já que a segurança nestes casos não foi
estabelecida.
Amamentação5
A ivermectina é excretada no leite materno em baixas concentrações.
O tratamento de mães que planejam amamentar somente deve ser feito quando o risco de
retardar o tratamento da mãe superar o possível risco para o recém-nascido.
Pediatria
Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em crianças com menos de 15 Kg ou
menores de 5 anos.
Estrongiloidíase em hospedeiros imunocomprometidos
Em pacientes imunocomprometidos (incluindo os portadores de HIV6) em tratamento de
estrongiloidíase intestinal, pode ser necessário repetir a terapia. Estudos clínicos adequados e
bem controlados não foram conduzidos nesses pacientes para a determinação da dosagem
ótima. Vários tratamentos, com intervalos de duas semanas, podem ser necessários e a cura
pode não ser conseguida. O controle de estrongiloidíase não intestinal nesses pacientes é
difícil e pode ser útil a terapia supressiva, isto é, uma vez por mês.
Sarna7 crostosa em hospedeiros imunocomprometidos
Em pacientes imunocomprometidos (incluindo os portadores de HIV6) em tratamento de sarna7
crostosa, pode ser necessário repetir a terapia.
Carcinogenicidade, Mutagenicidade e Teratogenicidade
Não foram realizados estudos a longo prazo com animais para avaliar o potencial
carcinogênico da ivermectina. A ivermectina não evidenciou sinais8 de genotoxicidade no
ensaio de Ames para verificação de mutagenicidade microbiana in vitro com Salmonella
typhimurium, variedades TA1535, TA1537, TA98 e TA100, com e sem ativação de sistema
enzimático de fígado9 de rato, bem como em ensaios de citotoxicidade e mutagenicidade
empregando linfoma10 de camundongo linhagem L5178Y e em ensaio de síntese de DNA com
fibroblastos11 humanos.
A ivermectina demonstrou ser teratogênica12 em camundongos, ratos e coelhos quando
administrada em doses repetidas de 0,2; 8,1 e 4,5 vezes a dose máxima recomendada para
humanos, respectivamente (baseada em mg/m2/dia). A teratogenicidade foi caracterizada nas
três espécies testadas por fissuras13 palatinas. Observou-se também deformação das patas
dianteiras em coelhos. Esses efeitos foram obtidos somente com doses iguais ou próximas aos
níveis tóxicos para as fêmeas prenhes. Portanto, a ivermectina não parece ser seletivamente
tóxica para o feto14 em desenvolvimento. A ivermectina não teve efeitos adversos sobre a
fertilidade de ratos em estudos com doses repetidas de até três vezes a dose máxima
recomendada para humanos, de 200 mcg/Kg (baseada em mg/m2/dia).

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Edemas: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
2 Parasita: Organismo uni ou multicelular que vive às custas de outro, denominado hospedeiro. A presença de parasitos em um hospedeiro pode produzir diferentes doenças dependendo do tipo de afecção produzida, do estado geral de saúde do hospedeiro, de mecanismos imunológicos envolvidos, etc. São exemplos de parasitas: a sarna, os piolhos, os áscaris (lombrigas), as tênias (solitárias), etc.
3 Escabiose: Doença contagiosa da pele causada nos homens pelo Sarcoptes scabiei e nos animais por diversos ácaros. Caracteriza-se por intenso prurido e eczema. Popularmente conhecida como sarna ou pereba.
4 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
5 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
6 HIV: Abreviatura em inglês do vírus da imunodeficiência humana. É o agente causador da AIDS.
7 Sarna: Doença produzida por um parasita chamado Sarcoptes scabiei. Infesta a superfície da pele produzindo coceira e vesículas branco peroladas juntamente com lesões por coçadura. Localiza-se mais freqüentemente nas pregas interdigitais, inguinais e submamárias. É contagiosa, passando de pessoa para pessoa por contato íntimo, e por isto muito freqüente em aglomerações humanas (asilos, creches, abrigos). Nestes casos toda a população deve ser tratada ao mesmo tempo.
8 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
9 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
10 Linfoma: Doença maligna que se caracteriza pela proliferação descontrolada de linfócitos ou seus precursores. A pessoa com linfoma pode apresentar um aumento de tamanho dos gânglios linfáticos, do baço, do fígado e desenvolver febre, perda de peso e debilidade geral.
11 Fibroblastos: Células do tecido conjuntivo que secretam uma matriz extracelular rica em colágeno e outras macromoléculas.
12 Teratogênica: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
13 Fissuras: 1. Pequena abertura longitudinal em; fenda, rachadura, sulco. 2. Em geologia, é qualquer fratura ou fenda pouco alargada em terreno, rocha ou mesmo mineral. 3. Na medicina, é qualquer ulceração alongada e superficial. Também pode significar uma fenda profunda, sulco ou abertura nos ossos; cesura, cissura. 4. Rachadura na pele calosa das mãos ou dos pés, geralmente de pessoas que executam trabalhos rudes. 5. Na odontologia, é uma falha no esmalte de um dente. 6. No uso informal, significa apego extremo; forte inclinação; loucura, paixão, fissuração.
14 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.

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