POSOLOGIA CARBAMAZEPINA

Atualizado em 28/05/2016

A suspensão (que deve ser agitada antes do uso) pode ser ingerida durante, após ou entre as refeições. A suspensão é particularmente adequada a pacientes que têm dificuldade em deglutir1 comprimidos ou precisem de ajuste cuidadoso da dose no início do tratamento. Uma vez que determinadas doses de carbamazepina suspensão produzem níveis de pico mais elevados que a mesma dose em comprimidos, é recomendável iniciar o tratamento com doses baixas e aumentá-las lentamente para evitar reações adversas.

A pacientes que estejam passando de carbamazepina comprimidos para suspensão deve-se administrar a mesma quantidade em mg/dia, em doses menores e mais freqüentes (por ex., suspensão, 3 vezes ao dia em vez de comprimidos 2 vezes ao dia). A posologia de carbamazepina deve ser ajustada com cuidado em pacientes idosos devido às interações medicamentosas e farmacocinéticas diferentes das drogas antiepiléticas.

Epilepsia2
Quando possível carbamazepina deve ser prescrita em monoterapia. O tratamento deve ser iniciado com uma posologia diária baixa, sendo esta aumentada lentamente até que se obtenha um efeito ótimo. A determinação dos níveis plasmáticos pode ajudar no estabelecimento da posologia ótima (veja " Advertências e Precauções" ).

Quando carbamazepina for adicionada a terapias anticonvulsivantes já existentes, a adição deve ser gradual, enquanto se mantém ou, se necessário, se adapta a posologia do(s) outro(s) anticonvulsivante(s) (veja "Interações medicamentosas").

Adultos: inicialmente, 100 a 200 mg, 1 a 2 vezes ao dia. Aumentar lentamente a dose, geralmente até 400 mg, 2 a 3 vezes/dia, até que se obtenha uma resposta ótima. Em alguns pacientes, a dose de 1.600 ou mesmo 2.000 mg/dia pode ser apropriada.

Crianças: para crianças de 4 anos ou menos, é recomendada a dose inicial de 20 a 60 mg/dia, aumentada de 20 a 60 mg a cada dois dias. Para crianças acima de 4 anos, a terapia pode começar com 100 mg/dia, aumentada de 100 mg em intervalos semanais.

Dose de manutenção: 10 a 20 mg/kg de peso corporal ao dia, em doses divididas:
•  até 1 ano: de 100 a 200 mg por dia (5 a 10 ml ao dia).
•  de 1 a 5 anos: de 200 a 400 mg por dia (5 a 10 ml 2 vezes ao dia).
•  de 6 a 10 anos: de 400 a 600 mg por dia (10 ml 2 a 3 vezes ao dia).
•  de 11 a 15 anos: de 600 a 1.000 mg por dia (10 a 15 ml 3 vezes ao dia).

Neuralgia3 do trigêmeo
A posologia inicial de 200 a 400 mg por dia deve ser elevada lentamente até a obtenção de analgesia (em geral, 200 mg, 3 a 4 vezes ao dia). Reduzir então gradualmente a dosagem para o menor nível de manutenção possível. Em pacientes idosos, indica-se a dose inicial de 100 mg, duas vezes ao dia.

Síndrome4 de abstinência alcoólica
A dosagem média é de 200 mg, três vezes ao dia. Em casos graves, esta dosagem pode ser elevada durante os primeiros dias (por ex. 400 mg, 3 vezes ao dia). No início do tratamento de manifestações de abstinência grave, carbamazepina deve ser administrada em combinação com fármacos sedativo-hipnóticos (por ex., clometiazol, clordiazepóxido). Após o alívio da fase aguda, carbamazepina pode ser continuada em monoterapia.

Diabetes5 insípida central
A dosagem média para adultos é de 200 mg, 2 a 3 vezes ao dia. Em crianças, a dosagem deve ser reduzida proporcionalmente à idade e ao peso corporal.

Neuropatia6 diabética dolorosa
A dosagem média é de 200 mg, 2 a 4 vezes ao dia.

Mania aguda e tratamento de manutenção em distúrbios afetivos bipolares
O intervalo de dose é de 400 a 1.600 mg ao dia, sendo que a posologia usual é de 400 a 600 mg ao dia, em 2 a 3 doses divididas. Em mania aguda, a posologia deve ser aumentada mais rapidamente, enquanto para a terapia de manutenção em distúrbios bipolares, são recomendados pequenos aumentos de dose a fim de proporcionar tolerabilidade ótima.

Interrupção do tratamento: a retirada do produto deve ser gradual, de acordo com orientação médica. É importante tomar o medicamento regularmente. Se o paciente se esquecer de tomar uma dose, deverá tomá-la logo que possível e então, voltar ao esquema habitual. Se já for hora de tomar a próxima dose, deverá tomá-la normalmente sem dobrar o número de medidas de suspensão.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Deglutir: Passar (o bolo alimentar) da boca para o esôfago e, a seguir, para o estômago.
2 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.
3 Neuralgia: Dor aguda produzida pela irritação de um nervo. Caracteriza-se por ser muito intensa, em queimação, pulsátil ou semelhante a uma descarga elétrica. Suas causas mais freqüentes são infecção, lesão metabólica ou tóxica do nervo comprometido.
4 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
5 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
6 Neuropatia: Doença do sistema nervoso. As três principais formas de neuropatia em pessoas diabéticas são a neuropatia periférica, neuropatia autonômica e mononeuropatia. A forma mais comum é a neuropatia periférica, que afeta principalmente pernas e pés.

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