INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS HALO DECANOATO-CX3 AP. 1ML

Atualizado em 28/05/2016
Os neurolépticos1 podem aumentar a depressão do sistema nervoso central2 causada por outros depressores centrais, como álcool, hipnóticos, sedativos ou analgésicos3 potentes. Quando associado à metildopa foi relatado um aumento dos efeitos centrais.O decanoato de haloperidol pode antagonizar a ação da epinefrina e de outros agentes simpatomiméticos e reverter os efeitos dos agentes bloqueadores adrenérgicos4, tal como a guanetidina, sobre a diminuição da pressão arterial5.
O decanoato de haloperidol pode prejudicar os efeitos antiparkinsonianos da levodopa e inibir o metabolismo6 de antidepressivos tricíclicos, aumentando os níveis plasmáticos destes medicamentos. Estudos farmacocinéticos têm relatado níveis moderadamente aumentados de decanoato de haloperidol quando o produto é administrado com os seguintes medicamentos: quinidina, buspirona e fluoxetina. Nestes casos, pode ser necessário reduzir a dose do Haloperidol Decanoato.
O uso prolongado de produtos indutores enzimáticos como fenobarbital, carbamazepina, rifampicina, adicionados ao tratamento com Halo Decanoato, pode reduzir os níveis plasmáticos do haloperidol. Neste caso, a dose de Halo Decanoato deverá ser reajustada. Após a interrupção do tratamento com tais produtos, pode ser necessária a redução das doses de Halo Decanoato. Embora raros, os seguintes sintomas7 foram relatados durante o uso concomitante de lítio e decanoato de haloperidol: encefalopatia8, sintomas7 extrapiramidais, discinesia tardia9, síndrome10 neuroléptica maligna, distúrbios do tronco cerebral11, síndrome10 cerebral aguda e coma12. Muitos destes sintomas7 são reversíveis.
Ainda não foi estabelecido se estes casos representam uma entidade clínica distinta. Recomenda-se na ocorrência de tais sintomas7 que a suspensão do tratamento seja imediata.
O decanoato de haloperidol pode diminuir a capacidade de atenção, principalmente com altas doses e no início do tratamento, diminuição essa que pode ser potencializada pela ingestão de bebidas alcoólicas. O paciente deve ser avisado para os riscos de tal sedação13 e aconselhado a não dirigir ou utilizar máquinas durante o tratamento, pelo menos até que se conheça seu grau de susceptibilidade14 individual.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Neurolépticos: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
2 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
3 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
4 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
5 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
6 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
7 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
8 Encefalopatia: Qualquer patologia do encéfalo. O encéfalo é um conjunto que engloba o tronco cerebral, o cerebelo e o cérebro.
9 Discinesia tardia: Síndrome potencialmente irreversível, caracterizada por movimentos repetitivos, involuntários e não intencionais dos músculos da língua, boca, face, pescoço e (mais raramente) das extremidades. Ela se caracteriza por movimentos discinéticos involuntários e irreversíveis e pode se desenvolver com o uso de medicamentos tais como antipsicóticos e neurolépticos.
10 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
11 Tronco Cerebral: Parte do encéfalo que conecta os hemisférios cerebrais à medula espinhal. É formado por MESENCÉFALO, PONTE e MEDULA OBLONGA.
12 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
13 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
14 Susceptibilidade: 1. Ato, característica ou condição do que é suscetível. 2. Capacidade de receber as impressões que põem em exercício as ações orgânicas; sensibilidade. 3. Disposição ou tendência para se ofender e se ressentir com (algo, geralmente sem importância); delicadeza, melindre. 4. Em física, é o coeficiente de proporcionalidade entre o campo magnético aplicado a um material e a sua magnetização.

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