PRECAUÇÕES CLONIDIN
As indicações para o produto não prevêem tratamento prolongado.
O uso prolongado (6 ou mais dias) requer cuidados especiais: O tratamento não deve ser interrompido abruptamente; pode haver efeito rebote, com desestabilização do quadro hemodinâmico. Em portadores de hipertensão1, a interrupção brusca pode levar a crises hipertensivas graves, de conseqüências imprevisíveis.
GERAIS:
Efeitos Cardíacos:- A clonidina peridural2 causa freqüentemente diminuição no batimento cardíaco. A bradicardia3 sintomática4 pode ser tratada com atropina. Raramente foi relatado bloqueio atrioventricular maior do que o do I Grau. A droga não altera a resposta hemodinâmica5 ao exercício, mas pode mascarar o aumentar do batimento cardíaco associado com a hipovolemia6.
Depressão Respiratória e Sedação7:- A administração de clonidina pode resultar em sedação7 através da ativação dos alfa-adrenoceptores no tronco cerebral8. Altas doses de clonidina causam sedação7 e anormalidades ventilatórias normalmente moderadas. Pode haver desenvolvimento de tolerância a esses efeitos com a administração crônica. Esses efeitos têm sido relatados com doses em bolus9, que são significativamente maiores que a velocidade de infusão recomendada para o tratamento da dor no câncer10.
Depressão:- Tem ocorrido depressão em pequena porcentagem de pacientes tratados com clonidina oral ou transdérmica. A depressão ocorre normalmente em pacientes com câncer10 e pode ser exacerbada pelo tratamento com a clonidina. Os pacientes, especialmente aqueles com história conhecida de desordens afetivas, devem ser monitorados em relação aos sinais11 e sintomas12 de depressão.
Dor de Origem Visceral ou Somática:- Nas pesquisas clínicas, nas doses testadas, a clonidina mostrou-se mais efetiva na dor neuropática13 bem localizada, que foi caracterizada como de natureza elétrica, de queimação, pontada, localizada nos dermátomos14 ou distribuição do nervo periférico. O produto pode ser menos efetivo, ou possivelmente inefetivo no tratamento da dor difusa, pouco localizada ou de origem visceral.
CARCINOGENICIDADE, MUTAGENICIDADE E DIMINUIÇÃO DA FERTILIDADE:
Em um estudo de 132 semanas em ratos, o cloridrato de clonidina administrado como mistura dietética, em concentrações de 5 a 8 vezes (baseado na superfície corporal) a dose máxima humana recomendada diária de 50 mcg/kg, para hipotensão15, não mostrou nenhum potencial carcinogênico. A clonidina mostrou-se negativa no teste de mutagenicidade de Arnes.
A fertilidade de ratos machos ou fêmeas não foi afetada pelas doses de cloridrato de clonidina de 150 mcg/kg, ou cerca de 0,5 vez a dose máxima humana recomendada. A fertilidade de ratos fêmeas contudo, pareceu ser afetada em outra experiência com níveis de doses orais de 500 a 2000 mcg/kg, ou 2 a 7 vezes a dose máxima humana recomendada.
GRAVIDEZ16 CATEGORIA C:
Os estudos de reprodução17 em coelhos com doses de cloridrato de clonidina em concentrações de até a dose máxima humana recomendada, não demonstraram evidência de potencial teratogênico18 ou embriotóxico. Em ratos, contudo, doses baixas de até 1/3 da dose máxima humana recomendada, foram associadas com reabsorções aumentadas, em um estudo no qual as ratas foram tratadas continuamente dois meses antes do acasalamento. As reabsorções aumentadas não foram associadas com o tratamento, com a mesma ou maior dose de até 0,5 vez da dose máxima humana recomendada, quando as ratas foram tratadas entre 6 e 15 dias da gestação. As reabsorções aumentadas foram observadas em níveis maiores (7 vezes a dose máxima humana recomendada em ratos e camundongos tratados entre 1 e 14 dias de gestação).
A clonidina atravessa rapidamente a placenta e suas concentrações são similares no plasma19 materno e no do cordão umbilical20; as concentrações do fluído amniótico podem ser 4 vezes àquelas encontradas no soro21. Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas durante o início da gestação, quando ocorre a formação dos órgãos. Os estudos utilizando clonidina peridural2 durante o parto, não têm demonstrado reações adversas aparentes na criança no momento do parto. Contudo, esses estudos não monitoram os efeitos hemodinâmicos na criança, nos dias após o parto. O injetável de cloridrato de clonidina deve ser usado durante a gravidez16 somente se os potenciais benefícios justificarem o potencial risco ao feto22.