SUPERDOSAGEM CLONIDIN

Atualizado em 28/05/2016

Pode haver desenvolvimento de hipertensão1 precoce seguida de hipotensão2, bradicardia3, depressão respiratória, hipotermia4, sonolência, reflexos diminuídos ou ausentes, irritabilidade e miose5. Com doses orais excessivas foram relatados, alterações na condução cardíaca reversível ou arritmias6, apnéia7, coma8 e convulsões. Doses pequenas como 100 mcg de clonidina oral produziram sinais9 de toxicidade10 em pacientes pediátricos.
Inexiste antídoto11 específico para a superdosagem de clonidina. A terapia de suporte pode incluir sulfato de atropina para a bradicardia3, fluídos intravenosos e/ou agentes vasopressores para a hipotensão2. A hipertensão1 associada com a superdosagem tem sido tratada com furosemida intravenosa, diazóxido ou agentes alfa-bloqueadores como a fentolamina. A naloxona pode ser um auxiliar útil no tratamento da depressão respiratória, hipotensão2 e/ou coma8 induzida pela clonidina; a pressão arterial12 deve ser monitorada pois a administração de naloxona pode resultar ocasionalmente em hipertensão1 paradoxal13. A administração de tolazolina forneceu resultados inconsistentes e não é recomendada como terapia de primeira linha. A diálise14 não parece aumentar significativamente a eliminação de clonidina.
A maior superdosagem relatada até agora envolveu um paciente branco de 28 anos de idade, que ingeriu 100 mg de cloridrato de clonidina em pó. Este paciente desenvolveu hipertensão1 seguida de hipotensão2, bradicardia3, apnéia7, alucinações15, semicoma e contrações ventriculares prematuras. O paciente recuperou-se completamente após tratamento intensivo. Os níveis plasmáticos de clonidina foram de 60 ng/ml após 1 hora, 190 ng/ml após 1,5 horas, 370 ng/ml após 2 horas e 120 ng/ml após 5,5 e 6,5 horas.
Em camundongos e ratos a DL50 oral de clonidina é de 206 e 465 mg/kg, respectivamente.
Em casos de superdosagem observa-se uma baixa considerável da pressão arterial12 (sem colapso16) acompanhada de uma sonolência profunda, podendo levar a um estado semicomatoso com hipotermia4 e bradicardia3. Este estado é revertido espontaneamente em 24 a 48 horas.
A normalização dos valores tensionais pode ser obtida rapidamente por administração de agentes alfa-inibidores.
O tratamento recomendado para a superdosagem de Clonidina é usualmente sintomático17 e de suporte, podendo incluir: administração de fluidos intravenosos; atropina se houver significativa bradicardia3; infusão de dopamina18 se houver hipotensão2; furosemida, diazóxido, fentolamina ou nitroprusseto IV para a hipotensão2; infusão de tolazolina se necessário.
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Complementos

1 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
2 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
3 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
4 Hipotermia: Diminuição da temperatura corporal abaixo de 35ºC.Pode ser produzida por choque, infecção grave ou em estados de congelamento.
5 Miose: Contração da pupila, que pode ser fisiológica, patológica ou terapêutica.
6 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
7 Apnéia: É uma parada respiratória provocada pelo colabamento total das paredes da faringe que ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio.
8 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
9 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
10 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
11 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
12 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
13 Paradoxal: Que contém ou se baseia em paradoxo(s), que aprecia paradoxo(s). Paradoxo é o pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano, ou desafia a opinião consabida, a crença ordinária e compartilhada pela maioria. É a aparente falta de nexo ou de lógica; contradição.
14 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
15 Alucinações: Perturbações mentais que se caracterizam pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensações sem objeto. Impressões ou noções falsas, sem fundamento na realidade; devaneios, delírios, enganos, ilusões.
16 Colapso: 1. Em patologia, é um estado semelhante ao choque, caracterizado por prostração extrema, grande perda de líquido, acompanhado geralmente de insuficiência cardíaca. 2. Em medicina, é o achatamento conjunto das paredes de uma estrutura. 3. No sentido figurado, é uma diminuição súbita de eficiência, de poder. Derrocada, desmoronamento, ruína. 4. Em botânica, é a perda da turgescência de tecido vegetal.
17 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
18 Dopamina: É um mediador químico presente nas glândulas suprarrenais, indispensável para a atividade normal do cérebro.

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