ADVERTÊNCIAS ERANZ

Atualizado em 28/05/2016

Anestesia1: Eranz®  (Cloridrato de Donepezila), como um inibidor da colinesterase, pode exacerbar o relaxamento muscular tipo succinilcolina durante anestesia1.
Condições Cardiovasculares: Devido a sua ação farmacológica, os inibidores da colinesterase podem ter efeitos vagotônicos sobre a frequência cardíaca (p. ex., bradicardia2). O potencial desta ação pode ser particularmente importante em pacientes com alteração do nó sinoatrial3 ou outras de condução cardíaca supraventricular. Episódios de síncope4 foram relatados em associações com o uso de Eranz®  (Cloridrato de Donepezila).
Condições Gastrintestinais: Através de sua ação primária, os inibidores da colinesterase podem aumentar a secreção ácida gástrica devido ao aumento da atividade colinérgica5. Portanto, pacientes com maior risco de desenvolver úlceras6, p.ex. aqueles com história de doença ulcerosa ou recebendo drogas anti-inflamatórias não esteróides concomitantes, devem ser cuidadosamente monitorados quanto a sintomas7 de sangramento gastrintestinal ativo ou oculto. Estudos clínicos de Eranz®  (Cloridrato de Donepezila) não demonstraram aumento, em relação ao placebo8, na incidência9 de doença ulcerosa péptica ou sangramento gastrintestinal.
Eranz®  (Cloridrato de Donepezila), como consequência previsível de suas propriedades farmacológicas, pode produzir diarréia10, náusea11 e vômito12. Esses efeitos, quando ocorrem, aparecem com mais frequência na dose de 10 mg/dia do que na dose de 5 mg/dia. Na maioria dos casos, esses efeitos têm sido leves e transitórios, algumas vezes durando de 1 a 3 semanas, e têm se resolvido com o uso continuado de Eranz®  (Cloridrato de Donepezila).
Geniturinário: Embora não observado em estudos clínicos de Eranz®  (Cloridrato de Donepezila), os colinomiméticos podem causar obstrução do fluxo vesical13.
Condições Neurológicas: Acredita-se que os colinomiméticos tenham um certo potencial para causar convulsões generalizadas. Entretanto, tal situação pode ser também uma manifestação da doença de Alzheimer14.
Condições Pulmonares: Devido a suas ações colinomiméticas, os inibidores da colinesterase devem ser prescritos com cuidado a pacientes com história de asma15 ou doença pulmonar obstrutiva.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS (ver Farmacocinética Clínica)
Efeitos de Eranz®  (Cloridrato de Donepezila) no metabolismo16 de outras drogas: Não há ensaios clínicos17 in vivo que tenham pesquisado o efeito de Eranz®  (Cloridrato de Donepezila) na depuração de drogas metabolizadas pela CYP3A4 (por exemplo, a cisaprida, a terfenadina) ou pela CYP2D6 (por exemplo, a imipramina). Porém, estudos in vitro demonstram existir uma pequena taxa de ligação a essas enzimas (k médio de cerca de 50-130µM), a qual, considerando as concentrações terapêuticas no sangue18 de donepezila (164µM) dão conta de que deve haver pouca possibilidade de interferência. Não se sabe se Eranz®  (Cloridrato de Donepezila) teria algum potencial de indução das enzimas.

Efeitos de outras drogas sobre o metabolismo16 de Eranz®  (Cloridrato de Donepezila): O cetoconazol e a quinidina inibidores da CYP450, da 3A4 e da 2D6, respectivamente, inibem o metabolismo16 de donepezila in vitro. Não se sabe se esses inibidores possuem um efeito clínico.
Compostos indutores da CYP2D6 e da CYP3A4 (como, por exemplo, a fenitoína, a carbamazepina, a dexametasona, a rifamicina e o fenobarbital) podem aumentar a taxa de eliminação de Eranz®  (Cloridrato de Donepezila).
Uso com Anticolinérgicos: Devido a seu mecanismo de ação, os inibidores da colinesterase possuem o potencial de interferir com a atividade de medicamentos anticolinérgicos.
Uso com Colinomiméticos e Outros Inibidores da Colinesterase: Um efeito sinérgico pode ser esperado quando inibidores da colinesterase são administrados concomitantemente com succinilcolina, agentes bloqueadores neuromusculares semelhantes ou agonistas colinérgicos, tais como betanecol.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
2 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
3 Nó Sinoatrial: Pequena massa de fibras musculares cardíacas modificadas, localizada na junção da VEIA CAVA SUPERIOR com o átrio direito. Os impulsos da contração provavelmente começam neste nó, propagam-se pelo átrio (ÁTRIO CARDÍACO) sendo então transmitidos pelo feixe de His (FEIXE ATRIOVENTRICULAR) para o ventrículo (VENTRÍCULO CARDÍACO).
4 Síncope: Perda breve e repentina da consciência, geralmente com rápida recuperação. Comum em pessoas idosas. Suas causas são múltiplas: doença cerebrovascular, convulsões, arritmias, doença cardíaca, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, hipoglicemia, intoxicações, hipotensão postural, síncope situacional ou vasopressora, infecções, causas psicogênicas e desconhecidas.
5 Colinérgica: 1. Relativo a ou semelhante à acetilcolina, especialmente quanto à ação fisiológica. 2. Diz-se das sinapses ou das fibras nervosas que liberam ou são ativadas pela acetilcolina.
6 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
7 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
8 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
9 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
10 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
11 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
12 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
13 Vesical: Relativo à ou próprio da bexiga.
14 Doença de Alzheimer: É uma doença progressiva, de causa e tratamentos ainda desconhecidos que acomete preferencialmente as pessoas idosas. É uma forma de demência. No início há pequenos esquecimentos, vistos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e por vezes agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta e acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho. Tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades elementares como alimentação, higiene, vestuário, etc..
15 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
16 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
17 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.
18 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.

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