INFORMAÇÕES TÉCNICAS PROMETAX

Atualizado em 28/05/2016
Farmacodinâmica Classe terapêutica1: inibidor seletivo da colinesterase cerebral.
As alterações patológicas na Doença de Alzheimer2 envolvem as vias neuronais
colinérgicas3 que se projetam da base do cérebro4 anterior até o córtex cerebral e o
hipo-campo. Essas vias estão envolvidas na atenção, no aprendizado e na memória
e em outros processos cognitivos5. Acredita-se que a rivastigmina, um inibidor seletivo
da acetil e butirilcolinesterase cerebral do tipo carbamato, facilita a neurotransmissão
colinérgica6 pela diminuição da degradação da acetilcolina7 liberada por neurônios8
colinérgicos funcionalmente intactos. Dados de estudos com animais indicam que a
rivastigmina aumenta seletivamente a disponibilidade de acetilcolina7 no córtex e no
hipocampo9. Dessa forma, PROMETAX® (rivastigmina) pode apresentar um benefício
nos déficits cognitivos5 mediados pelo sistema colinérgico10, associados à Doença de
Alzheimer11. Além disso, existem evidências de que a inibição da colinesterase poderia
diminuir a formação de fragmentos12 da proteína amiloidogênica precursora de betaamilóide
(APP) e, dessa forma, das placas13 amilóides, que são uma das principais
características patológicas da Doença de Alzheimer2.
A rivastigmina interage com sua enzimas-alvos pela formação de uma ligação covalente
que inativa temporariamente as enzimas. Em homens jovens e saudáveis,
uma dose oral de 3,0 mg diminui a atividade da acetilcolinesterase (AChE) no líquido
cefalorraquidiano em aproximadamente 40% dentro da primeira 1,5 hora após a
administração. A atividade da enzima14 retorna aos níveis basais cerca de 9 horas
após ter sido atingido o efeito inibitório máximo. A atividade da butirilcolinesterase
(BuChE) no líquido cefalorraquidiano15 foi transitoriamente inibida e não foi muito diferente
do valor basal após 3,6 horas em voluntários jovens e saudáveis. Em pacientes
com a Doença de Alzheimer2, a inibição da acetilcolinesterase no líquido cefalorraquidiano15
pela rivastigmina se mostrou dose-dependente até 6 mg administrados duas
vezes ao dia, a maior dose testada. A inbição da atividade de BuChE no líquido
cefalorraquidiano de pacientes com a Doença de Alzheimer2 pela rivastigmina, foi
similar àquela da AchE, com uma mudança, em relação ao valor basal de mais de
60% após a administração de 6 mg duas vezes ao dia. O efeito da rivastigmina na
atividade da AChE e BuChE no líquido cefalorraquidiano15 foi mantido após 12 meses
de administração, o mais longo período estudado. Foram encontradas correlações
estatisticamente significantes entre o grau de inibição pela rivastigmina da AChE e
BuChE no líquido cefalorraquidiano15 e alterações em uma medida composta do
desempenho cognitivo16 em pacientes com Doença de Alzheimer2; entretanto, somente
a inibição da BuChE no líquido cefalorraquidiano15 se correlacionou significativa e
consistentemente com melhoras nos subtestes relacionados com a velocidade,
atenção e memória.
Estudos clínicos
A eficácia de PROMETAX® (rivastigmina) no tratamento da Doença de Alzheimer2 foi
demonstrada por estudos placebo17-controlados. Os resultados de dois estudos fundamentais
multicêntricos de 26 semanas de duração comparando a administração
de 1-4 mg/dia e 6-12 mg/dia com placebo17, assim como a análise conjunta dos estudos
de Fase III, estabeleceram que PROMETAX® (rivastigmina) produz uma melhora
significativa nos principais domínios cognitivos5 de desempenho global e de atividades
diárias e na gravidade da doença. Tanto a faixa de dosagem baixa quanto a alta
apresentaram benefícios para a cognição18, o desempenho global e a gravidade da
doença; além disso, a faixa de dose mais alta produziu uma melhora nas atividades
diárias.
As seguintes variáveis prognósticas foram utilizadas nesses estudos:
•  Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer2 - Subescala Cognitiva19 (ADAS-Cog):
teste que mede áreas cognitivas relevantes em pacientes com Doença de Alzheimer2,
tais como atenção, aprendizado, memória e linguagem;
• Impressão de Mudança Baseada na Entrevista Clínica (CIBIC-Plus): avaliação
clínica da alteração global do paciente nos domínios cognitivos5, de comportamento
e desempenho, incorporando opiniões separadas do paciente e do cuidador;
• Escala de Deterioração Progressiva (PDS): avaliação realizada pelo cuidador da
habilidade do paciente em realizar atividades diárias, tais como asseio pessoal,
alimentação, ajuda nos afazeres domésticos e fazer compras.
Os resultados dos estudos indicam que o início da atividade ocorre geralmente na
12ª semana e é mantida até o final de 6 meses de tratamento. Pacientes tratados com
6-12 mg apresentaram melhora da cognição18, nas atividades diárias e no desempenho
global, enquanto os pacientes que utilizaram placebo17 apresentaram uma deterioração
dessas variáveis. Os efeitos de PROMETAX® (rivastigmina) nessas variáveis (por
exemplo, diferença de 5 pontos de ADAS-Cog em relação ao placebo17 na 26ª semana)
indicam um atraso na velocidade de deterioração de pelo menos 6 meses.
Análises realizadas para detectar os subtestes e sintomas20 na ADAS-Cog e CIBICPlus,
respectivamente, que melhoraram em pacientes tratados com PROMETAX®
(rivastigmina), indicam que os subtestes da ADAS-Cog (praxia ideatória, orientação,
compreensão de instruções, teste de memorização de palavras, habilidade lingüística
e reconhecimento de palavras) melhoraram significativamente e todos os itens da
avaliação CIBIC-Plus, com exceção da ansiedade, apresentaram melhora significativa
na 26ª semana com doses de PROMETAX® (rivastigmina) de 6-12 mg. Os itens que
apresentaram melhora de no mínimo 15 %, mais evidentes nos pacientes que completaram
o tratamento com PROMETAX® (rivastigmina) em comparação aos pacientes
com placebo17, foram: memorização de palavras, desempenho, agitação, lacrimação
ou choro, delírios, alucinações21, atividades despropositadas e inapropriadas e ameaças
físicas e/ou violência.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
2 Doença de Alzheimer: É uma doença progressiva, de causa e tratamentos ainda desconhecidos que acomete preferencialmente as pessoas idosas. É uma forma de demência. No início há pequenos esquecimentos, vistos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e por vezes agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta e acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho. Tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades elementares como alimentação, higiene, vestuário, etc..
3 Colinérgicas: 1. Relativo a ou semelhante à acetilcolina, especialmente quanto à ação fisiológica. 2. Diz-se das sinapses ou das fibras nervosas que liberam ou são ativadas pela acetilcolina.
4 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
5 Cognitivos: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
6 Colinérgica: 1. Relativo a ou semelhante à acetilcolina, especialmente quanto à ação fisiológica. 2. Diz-se das sinapses ou das fibras nervosas que liberam ou são ativadas pela acetilcolina.
7 Acetilcolina: A acetilcolina é um neurotransmissor do sistema colinérgico amplamente distribuído no sistema nervoso autônomo.
8 Neurônios: Unidades celulares básicas do tecido nervoso. Cada neurônio é formado por corpo, axônio e dendritos. Sua função é receber, conduzir e transmitir impulsos no SISTEMA NERVOSO. Sinônimos: Células Nervosas
9 Hipocampo: Elevação curva da substância cinzenta, que se estende ao longo de todo o assoalho no corno temporal do ventrículo lateral (Tradução livre de Córtex Entorrinal; Via Perfurante;
10 Colinérgico: 1. Relativo a ou semelhante à acetilcolina, especialmente quanto à ação fisiológica. 2. Diz-se das sinapses ou das fibras nervosas que liberam ou são ativadas pela acetilcolina.
11 Alzheimer: Doença degenerativa crônica que produz uma deterioração insidiosa e progressiva das funções intelectuais superiores. É uma das causas mais freqüentes de demência. Geralmente começa a partir dos 50 anos de idade e tem incidência similar entre homens e mulheres.
12 Fragmentos: 1. Pedaço de coisa que se quebrou, cortou, rasgou etc. É parte de um todo; fração. 2. No sentido figurado, é o resto de uma obra literária ou artística cuja maior parte se perdeu ou foi destruída. Ou um trecho extraído de uma obra.
13 Placas: 1. Lesões achatadas, semelhantes à pápula, mas com diâmetro superior a um centímetro. 2. Folha de material resistente (metal, vidro, plástico etc.), mais ou menos espessa. 3. Objeto com formato de tabuleta, geralmente de bronze, mármore ou granito, com inscrição comemorativa ou indicativa. 4. Chapa que serve de suporte a um aparelho de iluminação que se fixa em uma superfície vertical ou sobre uma peça de mobiliário, etc. 5. Placa de metal que, colocada na dianteira e na traseira de um veículo automotor, registra o número de licenciamento do veículo. 6. Chapa que, emitida pela administração pública, representa sinal oficial de concessão de certas licenças e autorizações. 7. Lâmina metálica, polida, usualmente como forma em processos de gravura. 8. Área ou zona que difere do resto de uma superfície, ordinariamente pela cor. 9. Mancha mais ou menos espessa na pele, como resultado de doença, escoriação, etc. 10. Em anatomia geral, estrutura ou órgão chato e em forma de placa, como uma escama ou lamela. 11. Em informática, suporte plano, retangular, de fibra de vidro, em que se gravam chips e outros componentes eletrônicos do computador. 12. Em odontologia, camada aderente de bactérias que se forma nos dentes.
14 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
15 Líquido cefalorraquidiano: Líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor ou fluido cérebro espinhal, é definido como um fluido corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnoideo no cérebro e na medula espinhal (entre as meninges aracnoide e pia-máter). Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Possui também a função de fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo. É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio ventricular e espaço subaracnoideo em uma taxa de aproximadamente 20 mL/hora. Em recém-nascidos, este líquido é encontrado em um volume que varia entre 10 a 60 mL, enquanto que no adulto fica entre 100 a 150 mL.
16 Desempenho cognitivo: Desempenho dos processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento através da percepção.
17 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
18 Cognição: É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento, percepção, classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas.
19 Cognitiva: 1. Relativa ao conhecimento, à cognição. 2. Relativa ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
20 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
21 Alucinações: Perturbações mentais que se caracterizam pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensações sem objeto. Impressões ou noções falsas, sem fundamento na realidade; devaneios, delírios, enganos, ilusões.

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