FARMACODINÂMICA ESTALIS

Atualizado em 28/05/2016

Propriedades da terapia estrogênica/progestogênicaESTALIS sistema transdérmico é uma terapia de reposição estrogênica sistêmica, que minimiza os sintomas1 da deficiência estrogênica em mulheres no climatério2, visto que o estradiol é responsável pelo desenvolvimento e manutenção do sistema urogenital3 e das características sexuais femininas secundárias. A terapia de reposição estrogênica estimula o crescimento e desenvolvimento do epitélio4 urogenital3, proporcionando uma terapia eficiente que evita o desconforto vaginal, dispareunia, urgência5 e incontinência urinária6; em particular, ocorre conversão da citologia vaginal à um padrão semelhante ao encontrado em mulheres na pré-menopausa7. Os estrogênios reduzem a perda óssea na pós-menopausa7 e fornecem proteção contra fraturas osteoporóticas.
Vários mecanismos, como melhora no perfil lipídico8 e ação cardiovascular direta, contribuem para os efeitos cardiovasculares benéficos da terapia de reposição estrogênica. Estudos epidemiológicos em mulheres na pós-menopausa7 mostraram redução de 32 a 53% do risco cardíaco relativo.
A terapia estrogênica/progestogênica demonstrou efeitos positivos sobre o tônus arterial e ausência de efeitos prejudiciais sobre pressão sanguínea, coagulação9 e resistência à insulina10.
Os estrogênios exercem efeito proliferativo sobre o endométrio11, que é previnido pela administração concomitante de progestogênio. O acetato de noretisterona induz alterações secretórias no endométrio11 estimulado por estrogênio; e age inibindo a secreção de gonadotrofinas pituitárias que, sucessivamente, previne a maturação folicular e a ovulação12.
A terapia de reposição estrogênica aumenta a espessura e a quantidade de colágeno13 cutâneo14, que sofrem diminuição após a menopausa7.
Informações adicionais obtidas nos estudos clínicos ESTALIS
Os dados clínicos obtidos em estudos envolvendo um total de 760 pacientes com 3 meses a 1 ano de tratamento, justificam o uso de ESTALIS em mulheres no climatério2.
ESTALIS diminue rapidamente o número e a intensidade de fogachos e sudorese15. A avaliação da qualidade de vida mostrou o efeito benéfico de ESTALIS sobre os distúrbios do sono e normalização da função sexual. ESTALIS não mostrou efeitos prejudiciais sobre a pressão sanguínea e testes de coagulação9.
Observou-se diminuição favorável dos níveis de colesterol16 total, LDL17, apoproteína B, Lp(a) e triglicerídeos encontrados no estado basal, nos grupos tratados com ESTALIS 50/140 mcg/dia. Observou-se também diminuição de HDL18. Todas as proteínas19 plasmáticas permaceram dentro do intervalo clinicamente desejável. Além disto, as relações colesterol16 total/HDL18 e LDL17/HDL18 permaneceram inalteradas do estado basal até um ano de tratamento.
Observou-se diminuição clinicamente significante na porcentagem de alteração dos marcadores bioquímicos de reabsorção óssea (C-telopeptídeo e N-telopeptídeo) e de formação óssea (fosfatase alcalina20 óssea e osteocalcina), do estado basal, em pacientes tratadas com ESTALIS 50/140 mcg/dia. Em 1 ano de tratamento, todos os marcadores diminuíram para valores dentro do intervalo normal da pré-menopausa7.

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Complementos

1 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
2 Climatério: Conjunto de mudanças adaptativas que são produzidas na mulher como conseqüência do declínio da função ovariana na menopausa. Consiste em aumento de peso, “calores” freqüentes, alterações da distribuição dos pêlos corporais, dispareunia.
3 Urogenital: Na anatomia geral, é a região relativa aos órgãos genitais e urinários; geniturinário.
4 Epitélio: Uma ou mais camadas de CÉLULAS EPITELIAIS, sustentadas pela lâmina basal, que recobrem as superfícies internas e externas do corpo.
5 Urgência: 1. Necessidade que requer solução imediata; pressa. 2. Situação crítica ou muito grave que tem prioridade sobre outras; emergência.
6 Incontinência urinária: Perda do controle da bexiga que provoca a passagem involuntária de urina através da uretra. Existem diversas causas e tipos de incontinência e muitas opções terapêuticas. Estas vão desde simples exercícios de fisioterapia até complicadas cirurgias. As mulheres são mais freqüentemente acometidas por este problema.
7 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
8 Perfil lipídico: Exame laboratorial que mede colesterol total, triglicérides, HDL. O LDL é calculado por estes resultados. O perfil lipídico é uma das medidas de risco para as doenças cardiovasculares.
9 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
10 Resistência à insulina: Inabilidade do corpo para responder e usar a insulina produzida. A resistência à insulina pode estar relacionada à obesidade, hipertensão e altos níveis de colesterol no sangue.
11 Endométrio: Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
12 Ovulação: Ovocitação, oocitação ou ovulação nos seres humanos, bem como na maioria dos mamíferos, é o processo que libera o ovócito II em metáfase II do ovário. (Em outras espécies em vez desta célula é liberado o óvulo.) Nos dias anteriores à ovocitação, o folículo secundário cresce rapidamente, sob a influência do FSH e do LH. Ao mesmo tempo que há o desenvolvimento final do folículo, há um aumento abrupto de LH, fazendo com que o ovócito I no seu interior complete a meiose I, e o folículo passe ao estágio de pré-ovocitação. A meiose II também é iniciada, mas é interrompida em metáfase II aproximadamente 3 horas antes da ovocitação, caracterizando a formação do ovócito II. A elevada concentração de LH provoca a digestão das fibras colágenas em torno do folículo, e os níveis mais altos de prostaglandinas causam contrações na parede ovariana, que provocam a extrusão do ovócito II.
13 Colágeno: Principal proteína fibrilar, de função estrutural, presente no tecido conjuntivo de animais.
14 Cutâneo: Que diz respeito à pele, à cútis.
15 Sudorese: Suor excessivo
16 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
17 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
18 HDL: Abreviatura utilizada para denominar um tipo de proteína encarregada de transportar o colesterol sanguíneo, que se relaciona com menor risco cardiovascular. Também é conhecido como “Bom Colesterolâ€. Seus valores normais são de 35-50mg/dl.
19 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
20 Fosfatase alcalina: É uma hidrolase, ou seja, uma enzima que possui capacidade de retirar grupos de fosfato de uma distinta gama de moléculas, tais como nucleotídeos, proteínas e alcaloides. Ela é sintetizada por diferentes órgãos e tecidos, como, por exemplo, os ossos, fígado e placenta.

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