ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES UXALUN
Uxalun® (Oxaliplatina) deve ser administrado somente em centros médicos especializados no uso de agentes antineopláscos e sob supervisão de um médico habilitado, com experiência na utilização de agentes quimioterápicos.
A tolerabilidade neurológica à Oxaliplatina deve ser monitorada cuidadosamente, especialmente se Uxalun® (Oxaliplatina) for associado a outros medicamentos com
toxicidade1 neurológica específica. A neuropatia periférica2 sensorial é caracterizada por disestesia3 e/ou parestesia4 das extremidades com ou sem cãimbras, freqüentemente desencadeada pelo frio. A duração destes sintomas5, os quais usualmente regridem entre os intervalos de tratamento, aumenta com o número de ciclos de tratamento.
O aparecimento de um princípio de dor e/ou desordens funcionais são indicativos, dependendo da duração dos sintomas5, da necessidade de ajustes de dosagem, ou mesmo da descontinuidade do tratamento. As desordens funcionais incluem dificuldades em realizar movimentos delicados e é uma possível conseqüência da ocorrência de problemas sensoriais. Sinais6 e sintomas5 neurológicos aumentam, na maioria dos casos, quando o tratamento é descontinuado. O risco de ocorrência de desordem funcional para doses cumulativas de aproximadamente 800mg/m2 (i.e. 10 ciclos) é de 15% ou menos.
Se a parestesia4 persistir durante o intervalo de dois ciclos de tratamento ou se problemas funcionais estiverem presentes, é recomendada uma redução de 25% na dosagem (i.e. 100mg/m2). Se estes sintomas5 ainda persistirem ou piorarem, é recomendada a descontinuação da administração da Oxaliplatina.
Devem-se realizar exames neurológicos antes e após cada administração de Oxaliplatina. A toxicidade1 gastrintestinal à Oxaliplatina (náuseas7 e vômitos8), justifica o uso de terapia profilática e/ou terapêutica9 com antieméticos10.
Caso ocorra toxicidade1 hematológica (leucócitos11 < 2000/mm3 ou plaquetas< 50.000/mm3), a administração do próximo ciclo terapêutico deve ser adiada até que os valores hematológicos retornem a níveis aceitáveis. A contagem de células brancas do sangue12 total deve ser realizada antes de iniciar o próximo período de tratamento (hemograma).Pacientes com histórico de reações alérgicas aos compostos de platina devem ser monitorados para sintomas5 alérgicos. No caso de uma reação do tipo anafilática a Oxaliplatina, a infusão deve ser imediatamente descontinuada e o tratamento apropriado deve ser iniciado. Uma nova administração de Oxaliplatina é contra-indicada nestes casos.
Gravidez13: Os estudos realizados não fornecem informações sobre a segurança do uso da Oxaliplatina em mulheres grávidas. Baseado-se em achados clínicos, a Oxaliplatina parece ser letal e/ou teratogênica14 ao feto15 humano nas doses terapêuticas recomendadas, e consequentemente não devem ser utilizada durante a gravidez13. A Oxaliplatina somente deverá ser considerada após uma rigorosa avaliação do paciente e do risco para o feto15.
Lactação16: A excreção da Oxaliplatina no leite materno não foi estudada. Portanto a amamentação17 é contra-indicada durante a terapia com Oxaliplatina.
Dados de segurança pré-clínicos:
Os órgãos alvo identificados em estudos pré-clínicos (conduzidos em camundongos, ratos, cachorros e/ou macacos) com a administração de doses únicas ou múltiplas de Uxalun® (Oxaliplatina), incluíram a medula óssea18, o sistema gastrintestinal, o fígado19, o sistema nervoso20 e o coração21. A toxicidade1 do Uxalun® (Oxaliplatina), observada nos órgãos alvos de animais é consistente com a toxicidade1 produzida por outras drogas contendo platina e danificadores de DNA, drogas citotóxicas usadas no tratamento de canceres humanos com exceção dos efeitos produzidos no coração21.
Os eventos cardíacos foram observados somente em cachorros e incluem a ocorrência de distúrbios eletrofisiológicos como a fibrilação ventricular letal. A ocorrência de cardiotoxicidade é considerada específica do cachorro, não somente porque isso foi observado somente em cachorros, mas também porque doses similares àquelas que produziram cardiotoxicidade letal em cachorros (150mg/m2) foram bem toleradas em humanos.
Mutagenicidade, carcinogenicidade:
A Oxaliplatina foi mutagênica e clastogênica em sistemas de testes com mamíferos e produziu toxicidade1 embrio-fetal em ratos. A Oxaliplatina é considerada um carcinógeno provável, embora estudos carcinogênicos não tenham sido realizados.