REAÇÕES ADVERSAS UXALUN

Atualizado em 28/05/2016

Os eventos adversos mais comuns ocorridos após a administração de Uxalun® (Oxaliplatina), isolado ou em combinação com outros agentes, são neurológicos, gastrintestinais e hematológicos.
O aparecimento de toxicidade1 neurológica, consistindo de neuropatia2 sensorial periférica, é a principal toxicidade1 dose-limitante em pacientes recebendo Oxaliplatina. A toxicidade1 neurológica consiste de um componente agudo3 bem como um componente cumulativo o qual é geralmente reversível após poucos meses de interrupção do tratamento.
Manifestações neurotóxicas agudas, caracterizadas por disestesia4 e/ou parestesia5 das extremidades, ocorrem em 85 a 95% dos pacientes e podem ser desencadeados ou exacerbados por exposição ao frio. Estes sintomas6 geralmente aparecem após o início da infusão de Oxaliplatina, e em muitos casos desaparecem espontaneamente algumas horas ou dias após a infusão do medicamento.
A ocorrência de disestesia4 laringofaringeana esporádica parece ser resultado da sensitividade diminuída da laringe7 e faringe8 e pode ser observada após a infusão de Oxaliplatina em ?1 a 2% dos pacientes. A síndrome9 é caracterizada por sensações subjetivas de disfagia10 e dispnéia11, sem nenhuma evidência objetiva da existência de stress respiratório (hipóxia12, laringoespasmo e broncoespasmo13). A sensação resultante de dificuldade em respirar e engolir é estressante para o paciente, mas os sinais14 e sintomas6 são rapidamente reversíveis. Um prolongamento no tempo de infusão em ciclos subseqüentes ajuda a reduzir o aparecimento destes sintomas6.
Sintomas6 sensoriais periféricos aumentam em duração e intensidade com o aumento e acúmulo das doses de Oxaliplatina. Estes sintomas6, às vezes estão associados com dor e podem progredir para o aparecimento de problemas funcionais periféricos em alguns pacientes ocasionando a necessidade de reduzir a dosagem de Oxaliplatina (ver Cuidados e Precauções).
O aparecimento de toxicidade1 gastrintestinal e hematológica é comum durante a terapia com Oxaliplatina, mas geralmente apresenta gravidade moderada. A intensidade da toxicidade1 é aumentada quando Oxaliplatina é usada em combinação com outros agentes.
Dentre as manifestações gastrintestinais de todos os graus, náusea15 e vômito16 são observados em 69% dos pacientes, diarréia17 em 41%, mucosite18 em 4% e anormalidades do fígado19 em 46% dos pacientes. O tratamento profilático e/ou terapêutico com agentes antieméticos20 potentes é indicado para o tratamento de distúrbios gastrintestinais.
A toxicidade1 hematológica causada pela Oxaliplatina é leve. Quando a Oxaliplatina foi utilizada como agente isolado, as seguintes manifestações foram observadas: anemia21, neutropenia22 e trombocitopenia23. A incidência24 de neutropenia22 e trombocitopenia23 é maior quando é usada em combinação com 5-fluoruracil.
Ototoxicidade25 clínica ocorreu em menos de 1% dos pacientes tratados com Oxaliplatina; nenhuma lesão26 grave na audição foi descrita. Distúrbios da função renal27 foram descritos em aproximadamente 3% de todos os pacientes tratados, com menos de 1% apresentando anormalidades graves.
Quando a Oxaliplatina foi administrada em combinação com 5-fluoruracil, foi relatada febre28 com gravidade moderada em 36% dos pacientes. Ainda, infecções29 foram relatadas em 23% dos pacientes.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
2 Neuropatia: Doença do sistema nervoso. As três principais formas de neuropatia em pessoas diabéticas são a neuropatia periférica, neuropatia autonômica e mononeuropatia. A forma mais comum é a neuropatia periférica, que afeta principalmente pernas e pés.
3 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
4 Disestesia: Distúrbio da sensibilidade superficial tátil.
5 Parestesia: Sensação cutânea subjetiva (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) vivenciada espontaneamente na ausência de estimulação.
6 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
7 Laringe: É um órgão fibromuscular, situado entre a traqueia e a base da língua que permite a passagem de ar para a traquéia. Consiste em uma série de cartilagens, como a tiroide, a cricóide e a epiglote e três pares de cartilagens: aritnoide, corniculada e cuneiforme, todas elas revestidas de membrana mucosa que são movidas pelos músculos da laringe. As dobras da membrana mucosa dão origem às pregas vocais.
8 Faringe: Canal músculo-membranoso comum aos sistemas digestivo e respiratório. Comunica-se com a boca e com as fossas nasais. É dividida em três partes: faringe superior (nasofaringe ou rinofaringe), faringe bucal (orofaringe) e faringe inferior (hipofaringe, laringofaringe ou faringe esofagiana), sendo um órgão indispensável para a circulação do ar e dos alimentos.
9 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
10 Disfagia: Sensação consciente da passagem dos alimentos através do esôfago. Pode estar associado a doenças motoras, inflamatórias ou tumorais deste órgão.
11 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
12 Hipóxia: Estado de baixo teor de oxigênio nos tecidos orgânicos que pode ocorrer por diversos fatores, tais como mudança repentina para um ambiente com ar rarefeito (locais de grande altitude) ou por uma alteração em qualquer mecanismo de transporte de oxigênio, desde as vias respiratórias superiores até os tecidos orgânicos.
13 Broncoespasmo: Contração do músculo liso bronquial, capaz de produzir estreitamento das vias aéreas, manifestado por sibilos no tórax e falta de ar. É uma contração vista com freqüência na asma.
14 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
15 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
16 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
17 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
18 Mucosite: Inflamação de uma membrana mucosa, produzida por uma infecção ou lesão secundária à radioterapia, quimioterapia, carências nutricionais, etc.
19 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
20 Antieméticos: Substância que evita o vômito.
21 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
22 Neutropenia: Queda no número de neutrófilos no sangue abaixo de 1000 por milímetro cúbico. Esta é a cifra considerada mínima para manter um sistema imunológico funcionando adequadamente contra os agentes infecciosos mais freqüentes. Quando uma pessoa neutropênica apresenta febre, constitui-se uma situação de “emergência infecciosa”.
23 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
24 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
25 Ototoxicidade: Dano causado aos sistemas coclear e/ou vestibular resultante de exposição a substâncias químicas.
26 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
27 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
28 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
29 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.

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