REAÇÕES ADVERSAS UXALUN
Os eventos adversos mais comuns ocorridos após a administração de Uxalun® (Oxaliplatina), isolado ou em combinação com outros agentes, são neurológicos, gastrintestinais e hematológicos.
O aparecimento de toxicidade1 neurológica, consistindo de neuropatia2 sensorial periférica, é a principal toxicidade1 dose-limitante em pacientes recebendo Oxaliplatina. A toxicidade1 neurológica consiste de um componente agudo3 bem como um componente cumulativo o qual é geralmente reversível após poucos meses de interrupção do tratamento.
Manifestações neurotóxicas agudas, caracterizadas por disestesia4 e/ou parestesia5 das extremidades, ocorrem em 85 a 95% dos pacientes e podem ser desencadeados ou exacerbados por exposição ao frio. Estes sintomas6 geralmente aparecem após o início da infusão de Oxaliplatina, e em muitos casos desaparecem espontaneamente algumas horas ou dias após a infusão do medicamento.
A ocorrência de disestesia4 laringofaringeana esporádica parece ser resultado da sensitividade diminuída da laringe7 e faringe8 e pode ser observada após a infusão de Oxaliplatina em ?1 a 2% dos pacientes. A síndrome9 é caracterizada por sensações subjetivas de disfagia10 e dispnéia11, sem nenhuma evidência objetiva da existência de stress respiratório (hipóxia12, laringoespasmo e broncoespasmo13). A sensação resultante de dificuldade em respirar e engolir é estressante para o paciente, mas os sinais14 e sintomas6 são rapidamente reversíveis. Um prolongamento no tempo de infusão em ciclos subseqüentes ajuda a reduzir o aparecimento destes sintomas6.
Sintomas6 sensoriais periféricos aumentam em duração e intensidade com o aumento e acúmulo das doses de Oxaliplatina. Estes sintomas6, às vezes estão associados com dor e podem progredir para o aparecimento de problemas funcionais periféricos em alguns pacientes ocasionando a necessidade de reduzir a dosagem de Oxaliplatina (ver Cuidados e Precauções).
O aparecimento de toxicidade1 gastrintestinal e hematológica é comum durante a terapia com Oxaliplatina, mas geralmente apresenta gravidade moderada. A intensidade da toxicidade1 é aumentada quando Oxaliplatina é usada em combinação com outros agentes.
Dentre as manifestações gastrintestinais de todos os graus, náusea15 e vômito16 são observados em 69% dos pacientes, diarréia17 em 41%, mucosite18 em 4% e anormalidades do fígado19 em 46% dos pacientes. O tratamento profilático e/ou terapêutico com agentes antieméticos20 potentes é indicado para o tratamento de distúrbios gastrintestinais.
A toxicidade1 hematológica causada pela Oxaliplatina é leve. Quando a Oxaliplatina foi utilizada como agente isolado, as seguintes manifestações foram observadas: anemia21, neutropenia22 e trombocitopenia23. A incidência24 de neutropenia22 e trombocitopenia23 é maior quando é usada em combinação com 5-fluoruracil.
Ototoxicidade25 clínica ocorreu em menos de 1% dos pacientes tratados com Oxaliplatina; nenhuma lesão26 grave na audição foi descrita. Distúrbios da função renal27 foram descritos em aproximadamente 3% de todos os pacientes tratados, com menos de 1% apresentando anormalidades graves.
Quando a Oxaliplatina foi administrada em combinação com 5-fluoruracil, foi relatada febre28 com gravidade moderada em 36% dos pacientes. Ainda, infecções29 foram relatadas em 23% dos pacientes.