INFORMAÇÕES TÉCNICAS HIPNAZOLAM

Atualizado em 28/05/2016

Características químicas e farmacológicas
O midazolam, o ingrediente ativo de Hipnazolam®, é um derivado do grupo das imidazobenzodiazepinas. A base livre é uma substância lipofílica com baixa solubilidade na água. O nitrogênio básico na posição 2 do sistema do anel imidazobenzodiazepínico capacita o ingrediente ativo de Hipnazolam® a formar sais hidrossolúveis com ácidos. Estes produzem uma solução estável e bem tolerada para injeção1. A ação farmacológica do midazolam é caracterizada pelo rápido início de ação, por causa da rápida transformação metabólica e da curta duração. Por causa da sua baixa toxicidade2, o midazolam possui um amplo índice terapêutico.
Hipnazolam® possui um efeito sedativo e indutor do sono muito rápido, de pronunciada intensidade. Também exerce um efeito ansiolítico, anticonvulsivante e relaxante muscular.

Farmacocinética
Absorção
O midazolam é absorvido rápido e completamente após administração oral. Após dose de 15 mg, concentrações plasmáticas máximas de 70 a 120 ng/mL são atingidas em uma hora. Alimentos prolongam em uma hora o tempo para a concentração máxima, indicando redução na velocidade de absorção do midazolam. Sua meia-vida de absorção é de 5 a 20 minutos. Em razão de substancial eliminação pré-sistêmica, sua biodisponibilidade absoluta é de 30 a 50%. A farmacocinética do midazolam é linear no nível de doses orais entre 7,5 e 15 mg.
Distribuição
Após administração oral, a distribuição tecidual do midazolam é muito rápida e, na maioria dos casos, uma fase de distribuição não é evidente ou é essencialmente terminada 1 a 2 horas após a administração. O volume de distribuição no estado de equilíbrio é 0,7   1,2 l/kg. De 96 a 98% do midazolam é ligado às proteínas3 plasmáticas, principalmente a albumina4. Existe uma passagem lenta e insignificante do midazolam para o fluido cérebro5-espinhal. Em humanos, o midazolam tem mostrado cruzar a placenta lentamente e entrar na circulação6 fetal. Pequenas quantidades de midazolam são encontradas no leite humano.
Metabolismo7
O midazolam é quase inteiramente eliminado após biotransformação. Menos de 1% da dose é recuperado na urina8 como droga não modificada. O midazolam é hidroxilado pelo citocromo P450 3A4 isozima. O ?-hidroximidazolam é o principal metabólito9 na urina8 e no plasma10. 60 - 80% da dose é excretada na urina8 como ?-hidroximidazolam glucuroconjugado.
Após administração oral as concentrações plasmáticas do ?-hidroximidazolam correspondem a 30-50% das concentrações do fármaco11 original. Após administração oral, ocorre substancial eliminação pré-sistêmica de 30 a 60%. A meia-vida de eliminação do metabólito9 é 1 hora mais curta. O ?-hidroximidazolam é farmacologicamente ativo e contribui significantemente (cerca de 34%) para os efeitos do midazolam oral. Não há evidência de polimorfismo genético no metabolismo7 oxidativo do midazolam.
Eliminação
Quando administrado por via oral, em dose única diária, o midazolam não se acumula. A administração repetida de midazolam não produz indução de enzimas de biotransformação.
Farmacocinética em populações especiais
Idosos
Em adultos acima de 60 anos, a meia-vida de eliminação do midazolam administrado por via injetável pode ser prolongada acima de 4 vezes, mas não há evidência de alteração na farmacocinética do midazolam oral nesses pacientes.
Pacientes com insuficiência hepática12
A meia-vida de eliminação em pacientes cirróticos pode ser maior e o clearance menor quando comparado aos de voluntários sadios (vide "Precauções e advertências").
Cirrose13 hepática14 não apresenta nenhum efeito ou pode aumentar a biodisponibilidade absoluta do midazolam administrado por via oral, por redução da biotransformação.
Pacientes com insuficiência renal15
A meia-vida de eliminação em pacientes com insuficiência renal15 crônica é similar a de voluntários sadios.
Pacientes críticos   em mal estado geral
A meia-vida de eliminação do midazolam é prolongada em pacientes críticos.
Pacientes com insuficiência cardíaca16
A meia-vida de eliminação é maior em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva17 quando comparada à de indivíduos saudáveis.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
2 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
3 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
4 Albumina: Proteína encontrada no plasma, com importantes funções, como equilíbrio osmótico, transporte de substâncias, etc.
5 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
6 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
7 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
8 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
9 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
10 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
11 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
12 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
13 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
14 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
15 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
16 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
17 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.

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