PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS HIPNAZOLAM

Atualizado em 28/05/2016

TolerânciaPode ocorrer perda de eficácia do efeito hipnótico de benzodiazepínicos de curta duração de ação, após uso repetido por algumas semanas, com as formas orais.
Dependência
O uso de benzodiazepínicos e agentes similares pode levar ao desenvolvimento de dependência física e psicológica desses produtos. O risco de dependência aumenta com a dose e a duração do tratamento; é maior também em pacientes com história de abuso de álcool ou drogas.
Uma vez desenvolvida dependência, a interrupção abrupta do tratamento será acompanhada de sintomas1 de abstinência. Estes podem consistir em cefaléia2, mialgia3, extrema ansiedade, tensão, inquietação, confusão mental e irritabilidade. Em casos graves, os seguintes sintomas1 podem ocorrer: desrealização, despersonalização, hiperacusia, amortecimento e parestesia4 de extremidades, hipersensibilidade à luz, ruído e contato físico, alucinações5 e convulsões.
Insônia rebote, uma síndrome6 transitória, onde sintomas1 que levaram ao tratamento com benzodiazepínico ou agentes similares reincidem em forma aumentada, pode ocorrer na interrupção do tratamento hipnótico. Pode ser acompanhada de outras reações, incluindo alterações do humor, ansiedade e inquietação.
Como o risco de fenômenos de abstinência ou rebote é maior após descontinuação abrupta do tratamento, recomenda-se redução gradual da dose.
Duração do tratamento
A duração do tratamento com hipnóticos benzodiazepínicos deve ser a mais curta possível (ver " Posologia" ) e não deve exceder 2 semanas. Manutenção por tempo superior não deve ocorrer sem reavaliação da condição do paciente. O processo de redução gradual deve ser ajustado individualmente. Pode ser útil informar o paciente, no início do tratamento, de que este terá duração limitada, e explicar precisamente como a dose será progressivamente diminuída. Sobretudo, é importante que o paciente tenha conhecimento da possibilidade de sintomas1 rebote, minimizando, desta forma, ansiedade decorrente de tais sintomas1, caso eles se manifestem na descontinuação do medicamento. Há evidências de que, no caso de benzodiazepínicos de curta duração de ação, sintomas1 de abstinência podem ocorrer nos intervalos interdose, especialmente quando se utiliza dose elevada.
Amnésia7
O midazolam pode causar amnésia7 anterógrada. A condição ocorre mais freqüentemente nas primeiras horas após a ingestão do produto e, portanto, para reduzir o risco, os pacientes devem se assegurar de que poderão ter um período ininterrupto de sono de 7 a 8 horas (ver também " Reações Adversas" ).
Efeitos paradoxais e psiquiátricos
Efeitos paradoxais como inquietação, agitação, irritabilidade, agressividade, e, mais raramente, delírios, acessos de raiva8, pesadelos, alucinações5, psicose9, comportamento inadequado e outros efeitos comportamentais adversos podem ocorrer
quando se utilizam benzodiazepínicos ou agentes similares. Neste caso, o uso do medicamento deve ser descontinuado.
A ocorrência destes efeitos é mais provável em idosos.
Grupos específicos de pacientes
Benzodiazepínicos não são recomendados como tratamento principal de transtornos psicóticos.
Benzodiazepínicos não devem ser utilizados isoladamente para tratar depressão ou ansiedade associada à depressão, pois podem facilitar impulso suicida em tais pacientes.
Benzodiazepínicos devem ser utilizados com extremo cuidado em pacientes com história de abuso de álcool ou drogas.
A eliminação do medicamento pode ser retardada em pacientes em uso de fármacos que inibam ou induzam certas enzimas hepáticas10, particularmente do citocromo P450-3A4 (ver " Interações" ).
Não se recomenda associação de midazolam por via oral com cetoconazol, itraconazol ou fluconazol (ver " Interações" ).
Não se recomenda administração oral concomitante de midazolam e eritromicina. Se inevitável, deve-se reduzir a dose do midazolam (ver Interações).
Recomenda-se reduzir a dose oral de midazolam, quando associado a diltiazem, verapamil ou saquinavir (ver " Interações" ).
Recomenda-se aumentar a dose oral de midazolam, quando associado a carbamazepina, fenitoína ou rifampicina (ver " Interações" ).
Efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas
Sedação11, amnésia7, redução da capacidade de concentração e da força muscular podem prejudicar a capacidade de dirigir ou operar máquinas. Se a duração do sono for insuficiente, é maior a probabilidade de redução da atenção (ver também Interações).

Gravidez12 e lactação13
Não há dados suficientes de midazolam para avaliar sua segurança durante a gravidez12.
Os benzodiazepínicos devem ser evitados durante a gravidez12, a não ser que não haja alternativa mais segura. Se o produto for prescrito a mulher em idade fértil, ela deve ser avisada de procurar seu médico para descontinuar o medicamento, em caso de pretender engravidar ou suspeitar estar grávida.
Se, excepcionalmente, se considerar essencial a administração de benzodiazepínico durante os 3 últimos meses de gravidez12 ou durante o trabalho de parto, podem-se esperar efeitos no recém-nascido, como hipotermia14, hipotonia15, redução da sucção e depressão respiratória moderada, atribuíveis à ação farmacológica do medicamento.
Sobretudo, bebês16 filhos de mulheres que fizeram uso crônico17 de benzodiazepínicos durante os últimos estágios da gravidez12 podem ter desenvolvido dependência física, com risco de apresentar sintomas1 de abstinência no período neonatal.
Como o midazolam passa para o leite, Hipnazolam® não deve ser administrado a mulheres que estejam amamentando.

"Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista."

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
2 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
3 Mialgia: Dor que se origina nos músculos. Pode acompanhar outros sintomas como queda no estado geral, febre e dor de cabeça nas doenças infecciosas. Também pode estar associada a diferentes doenças imunológicas.
4 Parestesia: Sensação cutânea subjetiva (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) vivenciada espontaneamente na ausência de estimulação.
5 Alucinações: Perturbações mentais que se caracterizam pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensações sem objeto. Impressões ou noções falsas, sem fundamento na realidade; devaneios, delírios, enganos, ilusões.
6 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
7 Amnésia: Perda parcial ou total da memória.
8 Raiva: 1. Doença infecciosa freqüentemente mortal, transmitida ao homem através da mordida de animais domésticos e selvagens infectados e que produz uma paralisia progressiva juntamente com um aumento de sensibilidade perante estímulos visuais ou sonoros mínimos. 2. Fúria, ódio.
9 Psicose: Grupo de doenças psiquiátricas caracterizadas pela incapacidade de avaliar corretamente a realidade. A pessoa psicótica reestrutura sua concepção de realidade em torno de uma idéia delirante, sem ter consciência de sua doença.
10 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
11 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
12 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
13 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
14 Hipotermia: Diminuição da temperatura corporal abaixo de 35ºC.Pode ser produzida por choque, infecção grave ou em estados de congelamento.
15 Hipotonia: 1. Em biologia, é a condição da solução que apresenta menor concentração de solutos do que outra. 2. Em fisiologia, é a redução ou perda do tono muscular ou a redução da tensão em qualquer parte do corpo (por exemplo, no globo ocular, nas artérias, etc.)
16 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
17 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.

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