PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS PLURAIR
Não existem estudos de eficácia e segurança do propionato de fluticasona em crianças menoresde 4 anos de idade, não sendo recomendado seu uso nesta faixa etária.
As infecções1 nasais não constituem uma contra-indicação ao tratamento com propionato de
fluticasona, desde que adequadamente tratadas.
A melhora dos sintomas2 poderá não ser totalmente observada antes de decorridos 3 ou 4 dias de
tratamento.
A transferência de terapia dos corticosteróides sistêmicos3 para propionato de fluticasona
intranasal deve ser feita com cautela, pois alguns pacientes poderão apresentar síndrome4 de
abstinência (dor muscular ou nas juntas, depressão e fadiga5) em função do comprometimento de
sua função adrenal. Os pacientes sob prévio tratamento a longo prazo com corticosteróides
sistêmicos3 que tiverem uma interrupção muito rápida do tratamento poderão apresentar
insuficiência6 adrenal aguda em reposta ao estresse; piora dos sintomas2 de asma7 ou outras
condições clínicas. O uso concomitante de corticosteróides intranasais com outros
corticosteróides inalatórios pode aumentar o risco de hipercortisolismo e/ou supressão do eixo
hipotálamo8-hipófise9-adrenal.
Embora o propionato de fluticasona possa controlar a rinite10 alérgica na maioria dos casos, um
estímulo anormal violento de alérgenos11 pode, em certos casos, levar à necessidade de terapia
adicional apropriada.
Um estudo de interação medicamentosa em indivíduos sadios demonstrou que o ritonavir (inibidor
potente do citrocromo P450 3A4) pode aumentar largamente a concentração plasmática do
propionato de fluticasona, resultando em reduções significativas na concentração de cortisol no
soro12.
Durante uso pós-comercialização, surgiram relatos de interações medicamentosas clinicamente
significantes em pacientes que receberam propionato de fluticasona e o ritonavir, resultando em
efeitos sistêmicos3 como síndrome de Cushing13 e supressão adrenal. Portanto, o uso de propionato
de fluticasona e ritonavir deve ser evitado, a menos que o benefício para o paciente supere o risco
de efeitos adversos sistêmicos3 dos corticosteróides.
Pessoas que usaram fármacos imunossupressores estão mais suscetíveis a infecções1 do que
indivíduos sadios. Varicela14 e sarampo15, por exemplo, podem se tornar mais sérios e até mesmo
fatais em crianças ou em adultos que utilizam corticosteróides orais. Crianças ou adultos que
nunca entraram em contato com estas doenças infecciosas ou não foram imunizados, devem ter
cuidado e evitar a exposição. Se houver exposição à varicela14, a profilaxia com imunoglobulina16
varicela14 zoster17 (VZIG) pode ser indicada. Se houver exposição ao sarampo15, a profilaxia com
imunoglobulina16 intramuscular mista (IG) pode ser indicada. Se houver infecção18 por varicela14, o
tratamento com agentes antivirais pode ser considerado.
Os corticosteróides intranasais podem causar redução na velocidade do crescimento quando
administrados em crianças, principalmente em doses acima das recomendadas.
Reações de hipersensibilidade imediata ou dermatite19 de contato raramente ocorrem após a
administração de propionato de fluticasona spray nasal. Raros episódios de sibilância, perfuração
do septo nasal20, catarata21, glaucoma22, e aumento da pressão intraocular23 foram reportados após
aplicação de corticosteróides via intranasal, inclusive com o propionato de fluticasona.
O uso excessivo de doses de corticosteróides pode levar a sinais24 e sintomas2 de hipercortisolismo
e/ou supressão da função hipotálamo8-hipófise9-adrenal.
Embora os efeitos sistêmicos3 sejam mínimos nas doses recomendadas, o risco potencial aumenta
em doses maiores. Quando utilizadas doses maiores que as recomendadas, efeitos sistêmicos3
como hipercortisolismo e supressão adrenal podem aparecer. Neste caso, a terapia deve ser
descontinuada gradual e lentamente.
Em estudos clínicos com propionato de fluticasona administrado via intranasal, o desenvolvimento
de infecções1 localizadas no nariz25 e faringe26 por Candida albicans ocorreu apenas raramente. Se for
identificada a ocorrência desta infecção18, tratamento local apropriado pode ser necessário, além da
descontinuação do tratamento com o corticosteróide. Pacientes que utilizam corticosteróide por
muitos meses ou tempo prolongado devem ser examinados periodicamente quanto à evidência de
infecção18 por Candida ou outros sinais24 de efeitos adversos na mucosa27 nasal.
Os corticosteróides intranasais devem ser utilizados com cautela nos pacientes com tuberculose28
ativa ou quiescente29 do trato respiratório; infecções1 bacterianas ou fúngicas30 sistêmicas ou locais
não tratadas; infecções1 parasitárias ou virais sistêmicas; e herpes ocular simplex.
Por causa do efeito inibitório dos corticosteróides na cicatrização de ferimentos, os pacientes que
apresentaram recentemente úlceras31 do septo nasal20, cirurgia ou trauma nasal, não devem utilizar o
corticosteróide intranasal até que a cicatrização esteja completa.
Atenção diabéticos: contém açúcar32.
Cada dose de PLURAIR® libera 5,50 mcg de glicose33
Carcinogênese, mutagênese e comprometimento da fertilidade
O propionato de fluticasona não demonstrou potencial teratogênico34 em camundongos após doses
orais acima de 1000 mcg/Kg (aproximadamente 20 vezes a dose máxima diária intranasal
recomendada para adultos e aproximadamente 10 vezes a dose máxima diária intranasal para
crianças na base mcg/m2) por 78 semanas; ou em ratos em doses inalatórias acima de 57 mcg/Kg
(aproximadamente 2 vezes a dose máxima diária intranasal recomendada para adultos e
aproximadamente o equivalente à dose máxima diária intranasal para crianças na base mcg/m2)
por 104 semanas. O propionato de fluticasona não induziu mutações em células35 procariotas ou
eucariotas in vitro. Nenhum efeito clastogênico significante foi observado em linfócitos periféricos
humanos cultivados in vitro testados em micronúcleos de ratos. Não foi observada nenhuma
evidência de comprometimento da fertilidade em estudos reprodutivos conduzidos com cobaias
machos e fêmeas em doses subcutâneas acima de 50 mcg/Kg (aproximadamente 2 vezes a dose
máxima diária intranasal recomendada para adultos na base mcg/m2). O peso da próstata36 foi
significantemente reduzido após dose subcutânea37 de 50 mcg/Kg.
GRAVIDEZ38 E LACTAÇÃO39
Categoria de risco na gravidez38: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Não existem estudos adequados e bem controlados sobre o uso de corticosteróides nasais
durante a gravidez38 humana.
Nos estudos de reprodução40 animal, os eventos adversos típicos dos corticosteróides foram
observados somente em elevados níveis de exposição sistêmica. O uso de corticóides intranasais
está associado com exposição sistêmica muito baixa, porém, o uso do propionato de fluticasona
durante a gravidez38 só deve ocorrer considerando-se o risco-benefício.
Estudos de lactação39 em animais demonstraram evidência da presença de propionato de
fluticasona no leite das ratas que receberam o fármaco41 via subcutânea37. Entretanto, a
concentração plasmática em pacientes após administração via inalatória na dose recomendada é
baixa. Não existem estudos sobre a excreção do propionato de fluticasona no leite materno.
Uso pediátrico
Não foram estabelecidas a eficácia e segurança do uso de propionato de fluticasona via intranasal
em crianças abaixo de 4 anos de idade.
Estudos clínicos demonstraram que os corticosteróides intranasais podem causar redução na
velocidade de crescimento em pacientes pediátricos. Este efeito foi observado na ausência de
evidência laboratorial de supressão do eixo hipotálamo8-hipófise9-adrenal, sugerindo que a
velocidade do crescimento é um indicador mais sensível da exposição corticosteróide sistêmica
em pacientes pediátricos do que os testes comumente utilizados na avaliação da função do eixo
hipotálamo8-hipófise9-adrenal. Os efeitos a longo prazo nesta redução de velocidade de
crescimento, incluindo impacto no peso adulto final são desconhecidos. Por conta destes riscos, o
crescimento de crianças utilizando propionato de fluticasona deve ser cuidadosamente
monitorado. Os possíveis efeitos sistêmicos3 devem ser minimizados mediante avaliação individual
de cada paciente para utilização da menor dose efetiva necessária ao controle dos sintomas2 da
rinite10.