INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS AVODART

Atualizado em 28/05/2016


Estudos de metabolismo1 in vitro mostram que dutasterida é metabolizada pela isoenzima CYP3A4 do citocromo P-450 humano. Portanto, as concentrações sangüíneas de dutasterida podem aumentar, na presença de inibidores de CYP3A4. Dados de estudos de fase II mostraram uma redução no clearance de dutasterida, quando co-administrado com os inibidores de CYP3A4 verapamil (37%) e diltiazem (44%). Em contraste, nenhuma redução no clearance foi observada com a co-administração com anlodipino ou outro antagonista2 dos canais de cálcio. É improvável que uma redução no clearance (e um subseqüente aumento na exposição à dutasterida), na presença de inibidores de CYP3A4, seja clinicamente significativa, devido a larga margem de segurança (uma dose até 10 vezes mais alta do que a dose recomendada foi administrada a pacientes por até seis meses); portanto, nenhum ajuste da dose é necessário. In vitro, a dutasterida não é metabolizada pelas isoenzimas humanas do citocromo P-450 CYP1A2, CYP2C9, CYP2C19 e CYP2D6. A dutasterida não inibe as enzimas metabolizadoras de drogas do citocromo P-450 in vitro, nem induz as isoenzimas do citocromo P-450 CYP1A, CYP2B e CYP3A em ratos e cães, in vivo. Estudos in vitro demonstram que a dutasterida não desloca varfarina, diazepam ou fenitoína das proteínas3 plasmáticas, nem esses modelos de compostos deslocam a dutasterida.

Os compostos que foram testados para interações medicamentosas no homem incluem tansulosina, terazosina, varfarina, digoxina e colestiramina, e nenhuma interação clinicamente significativa foi observada. Embora estudos de interações específicas não tenham sido conduzidos com outros compostos, aproximadamente 90% dos participantes de estudos de fase III de grande porte que receberam dutasterida estavam tomando outras medicações concomitantemente. Nenhuma interação adversa clinicamente significativa foi observada em estudos clínicos, quando a dutasterida foi co-administrada com anti-hiperlipidêmicos, inibidores da enzima4 conversora de angiotensina (ECA), agentes bloqueadores beta-adrenérgicos5, bloqueadores dos canais de cálcio, corticosteróides, diuréticos6, drogas antiinflamatórias não-esteroidais (AINEs), inibidores de fosfodiesterase tipo V e antibióticos da classe das quinolonas. Um estudo de interações medicamentosas com tansulosina ou terazosina, administradas em combinação com AVODART por duas semanas, não mostrou nenhuma evidência de interações farmacocinéticas ou farmacodinâmicas. Um estudo de maiores proporções, no qual a dutasterida foi co-administrada com tansulosina por até 9 meses, mostrou que a combinação de AVODART com um alfa-bloqueador foi bem tolerada.

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Complementos

1 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
2 Antagonista: 1. Opositor. 2. Adversário. 3. Em anatomia geral, que ou o que, numa mesma região anatômica ou função fisiológica, trabalha em sentido contrário (diz-se de músculo). 4. Em medicina, que realiza movimento contrário ou oposto a outro (diz-se de músculo). 5. Em farmácia, que ou o que tende a anular a ação de outro agente (diz-se de agente, medicamento etc.). Agem como bloqueadores de receptores. 6. Em odontologia, que se articula em oposição (diz-se de ou qualquer dente em relação ao da maxila oposta).
3 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
4 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
5 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
6 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.

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