INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS BEXTRA IM/IV

Atualizado em 28/05/2016
Geral
Os estudos de interação medicamentosa foram realizados tanto com Bextra® IM/IV (parecoxibe) quanto com valdecoxibe, a forma ativa do fármaco1.
Em humanos, parecoxibe sofre extenso metabolismo2 hepático envolvendo as isoenzimas P450 3A4 e 2C9, e vias P450-independentes (por ex., glicuronidação). A administração concomitante de parecoxibe com inibidores conhecidos da CYP3A4 e da 2C9 pode resultar em aumento da AUC3 de parecoxibe.
Estudos in vitro com sistemas microssomais hepáticos humanos não demonstraram efeitos inibitórios significativos sobre as isoformas CYP3A4, 2D6, 2E1 e 1A2 por parecoxibe e valdecoxibe. A atividade inibitória fraca foi encontrada nas isoenzimas 2C9 e 2C19.
Específicas
interação com varfarina e agentes similares: vide "Advertências e Precauções".
•  fluconazol e cetoconazol: a área sob a curva (AUC3) do valdecoxibe aumentou em 62% quando este foi administrado com fluconazol, um inibidor da CYP2C9, e em 38% quando administrado com cetoconazol, um inibidor da CYP3A4. Nos pacientes que estejam recebendo tratamento com fluconazol, Bextra® IM/IV deve ser administrado na menor dose recomendada. Não é necessário ajuste de dose em uso concomitante com cetoconazol (vide "Posologia").
inibidores da ECA: há relatos de que os AINEs possam diminuir o efeito anti-hipertensivo dos inibidores da enzima4 conversora de angiotensina (ECA). Não está claro, até o presente momento, como isto pode se aplicar a Bextra® IM/IV. Essa interação potencial deve ser levada em consideração em pacientes usando Bextra® IM/IV concomitantemente com inibidores da ECA.
•  diuréticos5: estudos clínicos demonstraram que AINEs, em alguns pacientes, podem reduzir o efeito natriurético da furosemida e tiazídicos pela inibição da síntese renal6 de prostaglandinas7.
lítio: valdecoxibe causou reduções significativas no clearance sérico do lítio (25%) e no clearance renal6 (30%) com uma área sob a curva sérica 34% maior em relação ao lítio isolado. A concentração sérica de lítio deve ser cuidadosamente monitorada ao se iniciar ou ao se modificar o tratamento com parecoxibe em pacientes que já recebam lítio.
•  contraceptivos orais (etinilestradiol/noretindrona): foram realizados estudos de interação entre valdecoxibe oral (comprimidos) e contraceptivos orais (etinilestradiol/noretindrona) e nenhum evento adverso sério ou significativo foi relatado. Neste estudo foram adimistrados 40 mg de Valdecoxibe oral 2 vezes ao dia em conjunto com um ciclo de 35 dias de Ortho Novum 1/35® ( doses de 35 ìg de etinilestradiol e 1 mg de noretindrona). Isto resultou em um aumento de 34% e 20% na concentração AUC3 de etinilestradiol e noretindrona, respectivamente. Não houve evidencia de aumento ou pico de LH ou FSH pré ovulatório. Não houve perda da eficácia do contraceptivo oral. Não foram relatados eventos adversos relacionados à trombose8 venosa.
•  outros: foram realizados estudos de interação entre Bextra® IM/IV e midazolam oral e IV, heparina, propofol, fentanila e alfentanila. Foram também realizados estudos de interação entre valdecoxibe e gliburida, metotrexato, fenitoína, omeprazol e diazepam. Nenhuma interação clinicamente importante foi observada nesses estudos.
Bextra® IM/IV 40 mg 2 vezes ao dia por 7 dias não produziu inibição clinicamente relevante no metabolismo2 pelo CYP2D6 envolvido na conversão de dextrometorfano em dextrorfano.
Não foram realizados estudos formais de interação entre parecoxibe e agentes anestésicos inalatórios, tais como óxido nitroso e isoflurano. No entanto, não há evidência de interação medicamentosa em estudos clínicos.
Bextra® IM/IV não tem efeito sobre a inibição da agregação plaquetária mediada pelo AAS em baixas doses ou sobre os tempos de sangramento. Os estudos clínicos indicam que parecoxibe pode ser administrado com doses baixas de AAS. Devido à ausência de efeitos plaquetários, Bextra® IM/IV não substitui AAS como profilaxia cardiovascular.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
2 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
3 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.
4 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
5 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
6 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
7 Prostaglandinas: É qualquer uma das várias moléculas estruturalmente relacionadas, lipossolúveis, derivadas do ácido araquidônico. Ela tem função reguladora de diversas vias metabólicas.
8 Trombose: Formação de trombos no interior de um vaso sanguíneo. Pode ser venosa ou arterial e produz diferentes sintomas segundo os territórios afetados. A trombose de uma artéria coronariana pode produzir um infarto do miocárdio.

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