INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA

Atualizado em 28/05/2016

CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA NÃO DEVE SER MISTURADO COM HEPARINA, POIS PODE FORMAR UM PRECIPITADO.

PODE SER USADA EM COMBINAÇÃO COM OUTROS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS ANTITUMORAIS, MAS ESSES MEDICAMENTOS NÃO DEVEM SER MISTURADOS NA MESMA SERINGA1. EM ASSOCIAÇÃO COM CICLOFOSFAMIDA, PODE AUMENTAR OS EFEITOS CARDIOTÓXICOS.

ALOPURINOL, COLCHICINA  PROBENECIDA OU SULFINPIRAZONA: O CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA PODE ELEVAR A CONCENTRAÇÃO DE ÁCIDO ÚRICO NO SANGUE2; PODE SER NECESSÁRIO AJUSTAR A DOSAGEM DOS ANTIGOTOSOS, PARA CONTROLAR A HIPERURICEMIA E A GOTA3 . O ALOPURINOL DEVE SER PREFERIDO PARA PREVENIR OU REVERTER A HIPERURICEMIA INDUZIDA PELA DOXORRUBICINA, POR CAUSA DO RISCO DE NEFROPATIA4 POR ÁCIDO ÚRICO COM ANTIGOTOSOS URICOSÚRICOS. MEDICAMENTOS QUE PRODUZEM DISCRASIA SANGÜÍNEA: OS EFEITOS LEUCOPÊNICOS E/OU TROMBOCITOPÊNICOS DO CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA PODEM SER AUMENTADOS COM TERAPIA CONCOMITANTE OU RECENTE SE ESSES MEDICAMENTOS CAUSAREM OS MESMOS EFEITOS. O AJUSTE DA DOSAGEM DE CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA, SE NECESSÁRIO, DEVERÁ SE BASEAR NAS CONTAGENS SANGÜÍNEAS. OUTROS DEPRESSORES DA MEDULA ÓSSEA5 OU RADIOTERAPIA6: PODE OCORRER DEPRESSÃO DA MEDULA ÓSSEA5 ADITIVA, INCLUINDO DERMATITE7 GRAVE E/OU MUCOSITE8; A REDUÇÃO DA DOSAGEM PODE SER NECESSÁRIA QUANDO DOIS OU MAIS DEPRESSORES DA MEDULA ÓSSEA5, INCLUINDO RADIAÇÃO, SÃO USADOS CONCOMITANTEMENTE OU CONSECUTIVAMENTE. CICLOFOSFAMIDA, DACTINOMICINA, MITOMICINA OU RADIOTERAPIA6 DA ÁREA MEDIASTINAL: O USO CONCOMITANTE PODE RESULTAR EM AUMENTO DA CARDIOTOXICIDADE – RECOMENDA -SE QUE A DOSE TOTAL DE DOXORRUBICINA NÃO EXCEDA 400 MG/M2 DE SUPERFÍCIE CORPORAL. O USO CONCOMITANTE DE CICLOFOSFAMIDA COM CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA PODE POTENCIALIZAR O APARECIMENTO DE CISTITE9 HEMORRÁGICA10 INDUZIDA PELA CICLOFOSFAMIDA. DAUNORRUBICINA: O USO DE DOXORRUBICINA EM PACIENTES QUE RECEBERAM DAUNORRUBICINA PREVIAMENTE AUMENTA O RISCO DE CARDIOTOXICIDADE E É NECESSÁRIO AJUSTE DE DOSAGEM. O CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA NÃO DEVE SER USADA EM PACIENTES QUE RECEBERAM PREVIAMENTE DOSES COMPLETAS CUMULATIVAS DE DAUNORRUBICINA OU CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA. MEDICAMENTOS HEPATOTÓXICOS: O USO CONCOMITANTE PODE AUMENTAR O RISCO DE TOXICIDADE11; POR EXEMPLO, DOSES ELEVADAS DE METOTREXATO PODEM PREJUDICAR A FUNÇÃO HEPÁTICA12 E AUMENTAR A TOXICIDADE11 DA DOXORRUBICINA ADMINISTRADA SUBSEQÜENTEMENTE. ESTREPTOZOCINA: QUANDO USADA CONCOMITANTEMENTE, PODE PROLONGAR A MEIA-VIDA DO CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA; RECOMENDA-SE A REDUÇÃO DA DOSA GEM DE CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA. VACINA13, VÍRUS14 MORTOS: DEVIDO AO FATO DA TERAPIA COM CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA PODER SUPRIMIR OS MECANISMOS NORMAIS DE DEFESA, A RESPOSTA DE ANTICORPOS15 DO PACIENTE À VACINA13 PODE SER DIMINUÍDA.

O INTERVALO ENTRE A DESCONTINUAÇÃO DAS MEDICAÇÕES QUE CAUSAM IMUNOSSUPRESSÃO16 E A RESTAURAÇÃO DA CAPACIDADE DO PACIENTE EM RESPONDER À VACINA13 DEPENDE DA INTENSIDADE E TIPO DE MEDICAÇÃO CAUSADORA DE IMUNOSSUPRESSÃO16 USADA, A DOENÇA SUBJACENTE E OUTROS FATORES; ESTIMATIVAS VARIAM DE TRÊS MESES A UM ANO. VACINAS, VÍRUS14 VIVOS: DEVIDO AO FATO DA TERAPIA COM CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA PODER SUPRIMIR OS MECANISMOS NORMAIS DE DEFESA, O USO CONCOMITANTE COM UMA VACINA13 DE VÍRUS14 VIVOS PODE POTENCIALIZAR A REPLICAÇÃO DOS VÍRUS14 DA VACINA13, PODE AUMENTAR OS EFEITOS COLATERAIS17 E EFEITOS ADVERSOS DO VÍRUS14 DA VACINA13 E/OU DIMINUIR A RESPOSTA DOS ANTICORPOS15 DO PACIENTE. A IMUNIZAÇÃO18 DESSES PACIENTES DEVE SER EMPREENDIDA SOMENTE COM EXTREMA PRECAUÇÃO APÓS CUIDADOSA REVISÃO DO QUADRO HEMATOLÓGICO E APENAS COM O CONHECIMENTO DO MÉDICO QUE ESTÁ ADMINISTRANDO A TERAPIA COM CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA. PACIENTES COM LEUCEMIA19 EM REMISSÃO NÃO DEVEM RECEBER VACINAS DE VÍRUS14 VIVOS ATÉ TRÊS MESES APÓS SUA ÚLTIMA QUIMIOTERAPIA20.

ALÉM DISSO, A IMUNIZAÇÃO18 COM VACINA13 DE POLIOVÍRUS DEVE SER POSTERGADA EM PESSOAS COM CONTATO ÍNTIMO COM O PACIENTE, ESPECIALMENTE MEMBROS DA FAMÍLIA. INCOMPATIBILIDADES: O CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA NÃO PODE SER ADMINISTRADO JUNTAMENTE COM HEPARINA, AMINOFILINA, CEFALOTINA, DEXAMETASONA, FLUORURACILA E HIDROCORTISONA, UMA VEZ QUE PODERÃO SE FORMAR PRECIPITADOS. O CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA NÃO REAGE DE IMEDIATO COM ALUMÍNIO, MAS A REAÇÃO É LENTA, NÃO RESULTANDO EM SUBSTANCIAL PERDA DA POTÊNCIA. PORTANTO, SERINGAS CONTENDO SOLUÇÕES DE CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA NÃO DEVEM SER ACOPLADAS A AGULHAS COM CENTROS DE ALUMÍNIO PARA ARMAZENAMENTO, PORÉM ESSAS AGULHAS PODEM SER UTILIZADAS SEM PERIGO PARA A INJEÇÃO21 DE CLORIDRATO DE DOXORRUBICINA.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
2 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
3 Gota: 1. Distúrbio metabólico produzido pelo aumento na concentração de ácido úrico no sangue. Manifesta-se pela formação de cálculos renais, inflamação articular e depósito de cristais de ácido úrico no tecido celular subcutâneo. A inflamação articular é muito dolorosa e ataca em crises. 2. Pingo de qualquer líquido.
4 Nefropatia: Lesão ou doença do rim.
5 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
6 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
7 Dermatite: Inflamação das camadas superficiais da pele, que pode apresentar-se de formas variadas (dermatite seborreica, dermatite de contato...) e é produzida pela agressão direta de microorganismos, substância tóxica ou por uma resposta imunológica inadequada (alergias, doenças auto-imunes).
8 Mucosite: Inflamação de uma membrana mucosa, produzida por uma infecção ou lesão secundária à radioterapia, quimioterapia, carências nutricionais, etc.
9 Cistite: Inflamação ou infecção da bexiga. É uma das infecções mais freqüentes em mulheres, e manifesta-se por ardor ao urinar, urina escura ou com traços de sangue, aumento na freqüência miccional, etc.
10 Hemorrágica: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
11 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
12 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
13 Vacina: Tratamento à base de bactérias, vírus vivos atenuados ou seus produtos celulares, que têm o objetivo de produzir uma imunização ativa no organismo para uma determinada infecção.
14 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
15 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
16 Imunossupressão: Supressão das reações imunitárias do organismo, induzida por medicamentos (corticosteroides, ciclosporina A, etc.) ou agentes imunoterápicos (anticorpos monoclonais, por exemplo); que é utilizada em alergias, doenças autoimunes, etc. A imunossupressão é impropriamente tomada por alguns como sinônimo de imunodepressão.
17 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
18 Imunização: Processo mediante o qual se adquire, de forma natural ou artificial, a capacidade de defender-se perante uma determinada agressão bacteriana, viral ou parasitária. O exemplo mais comum de imunização é a vacinação contra diversas doenças (sarampo, coqueluche, gripe, etc.).
19 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
20 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
21 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.

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