RESULTADOS DE EFICÁCIA BRATOR H

Atualizado em 28/05/2016


Dados de segurança pré-clínicos

Não foi observada nenhuma evidência de toxicidade1 sistêmica ou em órgãos-alvo em vários estudos pré-clínicos de segurança, realizados com diversas espécies de animais, com valsartana, hidroclorotiazida ou com a associação de ambos. Doses elevadas da associação valsartana + hidroclorotiazida (100:31,25 a 600:187,5 mg/kg de peso corpóreo) provocaram, em ratos, uma diminuição nos parâmetros das células2 vermelhas do sangue3 (eritrócitos4, hemoglobina5 e hematócrito6) e demonstraram evidências de alterações na hemodinâmica7 renal8 (aumento moderado a grave da ureia9 plasmática, elevação dos níveis de magnésio e potássio plasmáticos, leve elevação do volume urinário dos eletrólitos10, basofilia tubular considerada de mínima a discreta e hipertrofia11 da arteríola12 aferente com a dosagem maior). Em marmotas (doses de 30:9,375 a 400:125 mg/kg) foram observadas alterações semelhantes, porém com maior intensidade, principalmente com a maior dosagem e no rins13, onde as alterações evoluíram para uma nefropatia14 com índices de ureia9 e creatinina15 elevados.

Em ambas as espécies, foi observada também hipertrofia11 das células2 justaglomerulares renais. Considerou-se que todas as alterações foram provocadas pela ação farmacológica da associação considerada sinérgica (onde o efeito foi potencializado cerca de 10 vezes em comparação com a valsartana isolada) e não por ação aditiva produtora da hipotensão16 prolongada, principalmente em marmotas.

Considerando as doses terapêuticas de valsartana + hidroclorotiazida, em seres humanos, a hipertrofia11 das células2 justaglomerulares não demonstra ter qualquer importância clínica. Os achados pré-clínicos de segurança mais relevantes são atribuídos à ação farmacológica dos compostos, que demonstram agir sinergicamente, sem nenhuma evidência de interação entre os mesmos compostos. Na prática clínica, observou-se que a ação dos dois componentes é aditiva e os achados pré-clínicos não demonstraram ter qualquer importância clínica.

Uma vez que não há evidência de qualquer tipo de interação entre os dois fármacos, não foram realizados testes para avaliação da mutagenicidade, clastogenicidade ou carcinogenicidade com a associação valsartana + hidroclorotiazida. Entretanto, os dois fármacos foram avaliados individualmente com relação à mutagenicidade, clastogenicidade e carcinogenicidade, obtendo resultados negativos.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
2 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
3 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
4 Eritrócitos: Células vermelhas do sangue. Os eritrócitos maduros são anucleados, têm forma de disco bicôncavo e contêm HEMOGLOBINA, cuja função é transportar OXIGÊNIO. Sinônimos: Corpúsculos Sanguíneos Vermelhos; Corpúsculos Vermelhos Sanguíneos; Corpúsculos Vermelhos do Sangue; Glóbulos Vermelhos; Hemácias
5 Hemoglobina: Proteína encarregada de transportar o oxigênio desde os pulmões até os tecidos do corpo. Encontra-se em altas concentrações nos glóbulos vermelhos.
6 Hematócrito: Exame de laboratório que expressa a concentração de glóbulos vermelhos no sangue.
7 Hemodinâmica: Ramo da fisiologia que estuda as leis reguladoras da circulação do sangue nos vasos sanguíneos tais como velocidade, pressão etc.
8 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
9 Ureia: 1. Resíduo tóxico produzido pelo organismo, resulta da quebra de proteínas pelo fígado. É normalmente removida do organismo pelos rins e excretada na urina. 2. Substância azotada. Composto orgânico cristalino, incolor, de fórmula CO(NH2)2 (ou CH4N2O), com um ponto de fusão de 132,7 °C.
10 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
11 Hipertrofia: 1. Desenvolvimento ou crescimento excessivo de um órgão ou de parte dele devido a um aumento do tamanho de suas células constituintes. 2. Desenvolvimento ou crescimento excessivo, em tamanho ou em complexidade (de alguma coisa). 3. Em medicina, é aumento do tamanho (mas não da quantidade) de células que compõem um tecido. Pode ser acompanhada pelo aumento do tamanho do órgão do qual faz parte.
12 Arteríola: As menores ramificações das artérias. Estão localizadas entre as artérias musculares e os capilares.
13 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
14 Nefropatia: Lesão ou doença do rim.
15 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
16 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.

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