FARMACOCINÉTICA APRESOLINA
A hidralazina é rápida e completamente absorvida após sua administração por via oral. No plasma1 apenas pequenas quantidades do fármaco2 livre podem ser detectadas. A maior parte do fármaco2 circulante está sob a forma conjugada, principalmente como hidrazona do ácido pirúvico3. Apenas a chamada hidralazina "aparente", isto é, a soma da hidralazina livre e da hidralazina conjugada, pode ser determinada adequadamente. O pico das concentrações plasmáticas é alcançado dentro de uma hora na maioria dos casos. A hidralazina administrada por via oral sofre um efeito de "primeira passagem" dose-dependente (biodisponibilidade sistêmica de 26 a 55%), que depende da capacidade acetiladora do organismo de cada indivíduo. Em resposta à mesma dose, uma capacidade acetiladora lenta apresenta níveis plasmáticos mais elevados de hidralazina "aparente" do que uma capacidade acetiladora rápida. A capacidade da hidralazina de ligar-se às proteínas4 plasmáticas (principalmente albumina5), situa-se entre 88 e 90%. A hidralazina é rapidamente distribuída no organismo e apresenta uma afinidade específica pelo tecido6 muscular das paredes arteriais. A hidralazina atravessa a barreira placentária e também é excretada através do leite materno. O metabolismo7 da hidralazina depende da capacidade acetiladora e hidroxiladora do paciente, sendo o seu principal metabólito8 a N-acetil-hidrazina-ftalazinona. A meia-vida plasmática geralmente varia de 2 a 3 horas, porém em acetiladores rápidos é mais curta, sendo em média de 45 minutos. Em pacientes com a função renal9 diminuída, a meia-vida plasmática é prolongada até 16 horas com um "clearance" de creatinina10 < 20 ml/min. A idade avançada não afeta nem a concentração sanguínea e nem o "clearance" sistêmico11 do fármaco2. Contudo, a eliminação do fármaco2 pode ser afetada em grande parte pela função renal9 diminuída com a idade. A hidralazina e seus metabólitos12 são rapidamente excretados através da urina13. Dentro de 24 horas após uma dose oral, aproximadamente 80% da mesma pode ser recuperada na urina13. A maioria da hidralazina excretada está sob forma de metabólitos12 acetilados e hidroxilados, alguns dos quais conjugados com o ácido glucurônico. Cerca de 2 a 14% da dose é excretada como hidralazina "aparente".