FARMACODINÂMICA APRESOLINA
A hidralazina exerce seu efeito vasodilatador periférico através de uma ação relaxante direta sobre a musculatura lisa dos vasos de resistência, predominantemente nas arteríolas1. O mecanismo de ação celular responsável por este efeito não é totalmente conhecido. Na hipertensão2, este efeito resulta numa redução da pressão arterial3 sanguínea (mais a diastólica do que a sistólica), e num aumento da frequência cardíaca, volume de ejeção e débito cardíaco4. A dilatação preferencial das arteríolas1 atenua a hipotensão5 postural e promove um aumento do débito cardíaco4. A vasodilatação periférica é difusa mas não uniforme. O fluxo sanguíneo renal6, cerebral, coronariano e esplâncnico aumentam, a não ser que a queda da pressão sanguínea seja muito acentuada. A resistência vascular7 na camada cutânea8 e muscular não é afetada de maneira considerável. Uma vez que a hidralazina não apresenta propriedades cardiodepressoras ou simpatolíticas, os mecanismos regulatórios reflexos produzem um aumento no volume de ejeção e da frequência cardíaca. A taquicardia9 reflexa induzida, que pode ocorrer como um efeito paralelo, pode ser controlada pelo tratamento concomitante com betabloqueador. O uso da hidralazina pode ocasionar retenção de líquidos e sódio, produzindo edema10 e reduzindo o volume urinário. Estes efeitos indesejáveis podem ser prevenidos com a administração concomitante de um diurético11.Na insuficiência cardíaca congestiva12, a hidralazina através de sua ação primária como um dilatador arteriolar, reduz a pós-carga. Isto leva à diminuição do trabalho realizado pelo ventrículo esquerdo, acompanhada de um aumento do volume de ejeção, do fluxo sanguíneo renal6 e do débito cardíaco4, com manutenção ou apenas ligeira queda da pressão sanguínea.