ADVERTÊNCIAS APRESOLINA
O estado "hiperdinâmico" geral da circulação1 induzido pela hidralazina pode acentuar certas condições clínicas. A estimulação do miocárdio2 pode provocar ou agravar a angina3 pectoris. Pacientes com suspeita ou doença coronariana4 confirmada poderão receber Apresolina apenas sob a proteção de um betabloqueador ou em combinação com outros agentes simpatolíticos adequados. É importante que a administração do agente betabloqueador seja iniciada alguns dias antes do início do tratamento com Apresolina. Os pacientes que sofreram infarto do miocárdio5 não deverão receber Apresolina até que atinjam a fase de estabilização pós-infarto6.O tratamento prolongado com a hidralazina (usualmente tratamentos com mais de 6 meses de duração) pode provocar o aparecimento de uma síndrome7 similar ao lupus8 eritematoso9 sistêmico10, (síndrome7 "lupus8-like"), especialmente quando a posologia excede os 100mg diários prescritos. Em sua forma moderada, esta síndrome7 lembra a artrite reumatóide11 (artralgia12, algumas vezes associada à febre13 e ao "rash14" cutâneo15), sendo comprovadamente reversível após a descontinuação do tratamento. Em sua forma mais grave, esta síndrome7 assemelha-se ao lupus8 eritematoso9 sistêmico10 agudo16 e pode exigir tratamentos prolongados com corticosteróides para revertê-la completamente.
Uma vez que as reações tendem a ocorrer mais frequentemente com a elevação da posologia e o prolongamento do tratamento, e são mais comuns nos acetiladores lentos, é recomendável que na terapia de manutenção seja utilizada a posologia mais baixa com a qual ainda se obtenha eficácia. Se 100mg diários de hidralazina não determinarem um efeito clínico adequado, a capacidade acetiladora do paciente deverá ser avaliada. Acetiladores lentos e mulheres correm um maior risco de desenvolver a síndrome7 "lupus8-like". Em tais pacientes todo esforço deverá ser feito para que a posologia não exceda os 100mg diários; além disso, deverá ser feita uma cuidadosa observação do possível aparecimento de sintomas17 e sinais18 clínicos sugestivos da síndrome7. Ao contrário, os acetiladores rápidos muitas vezes respondem inadequadamente até mesmo para doses diárias de 100mg. Nestes pacientes, a posologia pode ser aumentada com apenas um ligeiro aumento no risco de uma síndrome7 "lupus8- like". Durante tratamentos prolongados com Apresolina, é aconselhável a determinação dos fatores antinucleares e a realização de exames de urina19 com intervalos regulares de aproximadamente 6 meses. A ocorrência de microhematúria e/ou proteinúria20, em particular associada a títulos positivos dos fatores antinucleares, pode indicar sinais18 iniciais de uma glomerulonefrite21 associada à síndrome7 "lupus8-like". Na ocorrência de um claro desenvolvimento de sintomas17 e sinais18 clínicos, o medicamento deverá ser descontinuado imediatamente.