POSOLOGIA CARBAMAZEPINA

Atualizado em 18/05/2016

Os comprimidos podem ser ingeridos durante, após ou entre as refeições com um pouco de líquido. Em pacientes idosos a posologia de carbamazepina deve ser ajustada com cuidado.

EPILEPSIA1
Sempre que possível, a carbamazepina deve ser prescrita em monoterapia. O tratamento deve ser iniciado com uma posologia diária baixa, sendo esta aumentada lentamente até que se obtenha um efeito ótimo. Após obter-se o controle adequado das crises, a posologia pode ser reduzida gradualmente ao nível mínimo efetivo. A determinação dos níveis plasmáticos pode ajudar no estabelecimento da posologia ótima (vide " Precauções e Advertências" ). Quando a carbamazepina for administrada a uma terapia anticonvulsivante já existente, a adição deve ser feita gradualmente, enquanto se mantém ou, se necessário, se adapta a posologia do(s) outro(s) anticonvulsivante(s)
(vide " Interações Medicamentosas" ).
Adultos
Inicialmente, 100 a 200 mg 1 a 2 vezes ao dia; aumentar lentamente a dose até 400 mg 2 a 3 vezes/dia, até que se obtenha uma resposta ótima. Em alguns pacientes, a dose de 1.600 ou mesmo 2.000 mg/dia pode ser apropriada.
Crianças
Administrar 10 a 20 mg/kg de peso corporal ao dia, isto é:
- Até 1 ano - de 100 a 200 mg por dia;
- De 1 a 5 anos - de 200 a 400 mg por dia;
- De 6 a 10 anos - de 400 a 600 mg por dia;
- De 11 a 15 anos - de 600 a 1.000 mg por dia a serem administrados em doses fracionadas.
Para crianças de 4 anos ou menos é recomendada a dose inicial de 20 a 60 mg/dia, aumentada de 20 a 60 mg a cada 2 dias. Para crianças acima de 4 anos, a terapia pode começar com 100 mg/dia, aumentada de 100 mg em intervalos semanais.

NEURALGIA2 DO TRIGÊMIO
A posologia inicial de 200 a 400 mg por dia, deve ser elevada lentamente até a obtenção de analgesia (em geral, 200 mg, 3 a 4 vezes ao dia). Reduzir então gradualmente a dosagem para o menor nível de manutenção possível. Em pacientes idosos, indica-se a dose inicial de 100 mg, 2 vezes ao dia.

SÍNDROME3 DE ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA
A dose média é de 200 mg, 3 vezes ao dia. Nos casos graves, essa dose pode ser elevada durante os primeiros dias (por ex., 400 mg, 3 vezes ao dia). No início do tratamento de manifestações de abstinência grave, carbamazepina deve ser administrada em combinações com fármacos sedativos-hipnóticos (por ex. clometiazol e clordiazepóxido).
Após o alívio da fase aguda, a carbamazepina pode ser continuada em monoterapia.

DIABETES INSIPIDUS4 CENTRALIS
A dose média para adultos é de 200 mg, 2 a 3 vezes ao dia. Em crianças, a dose deve ser reduzida proporcionalmente à idade e ao peso corporal.

NEUROPATIA5 DIABÉTICA DOLOROSA
A dose média é de 200 mg, 2 a 4 vezes ao dia.

MANIA E TRATAMENTO PROFILÁTICO DO DISTÚRBIO MANÍACO-DEPRESSIVO (BIPOLAR)
O intervalo de dose é de 400 a 1.600 mg ao dia, sendo que a posologia usual é de 400 a 600 mg ao dia, em 2 a 3 doses fracionadas. No tratamento da mania aguda, a posologia deve ser aumentada mais rapidamente, enquanto que, para a profilaxia de distúrbios bipolares são recomendados pequenos aumentos de dose, a fim de se proporcionar tolerabilidade ótima.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.
2 Neuralgia: Dor aguda produzida pela irritação de um nervo. Caracteriza-se por ser muito intensa, em queimação, pulsátil ou semelhante a uma descarga elétrica. Suas causas mais freqüentes são infecção, lesão metabólica ou tóxica do nervo comprometido.
3 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
4 Diabetes insipidus: Condição caracterizada por micções freqüentes e volumosas, sede excessiva e sensação de fraqueza. Esta condição pode ser causada por um defeito na glândula pituitária ou no rim. Na diabetes insipidus os níveis de glicose estão normais.
5 Neuropatia: Doença do sistema nervoso. As três principais formas de neuropatia em pessoas diabéticas são a neuropatia periférica, neuropatia autonômica e mononeuropatia. A forma mais comum é a neuropatia periférica, que afeta principalmente pernas e pés.

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