POSOLOGIA CEFAZOLINA

Atualizado em 25/05/2016

O tratamento deve ser continuado por um mínimo de 48 a 72 horas após o paciente tornar-se assintomático ou até que sejam obtidas evidências da erradicação bacteriana. Recomenda-se um  mínimo de 10 dias de tratamento  para qualquer infecção1 causada por estreptococos beta-hemolíticos do grupo A.A via de administração de preferência é a intravenosa por infusão, em particular quando forem administradas altas doses.

Adultos: As seguintes doses são recomendadas para administração de CEFAZOLINA reconstituída, de preferência por infusão intravenosa, injeção2 intravenosa lenta (3 a 5 minutos) ou por injeção intramuscular3:


 ADULTOS

     TIPO DE INFECÇÃO1                    DOSE              FREQUÊNCIA    
Infecções4 leves causadas por cocos Gram positivos sensíveis             250mg a 500mg            cada 8 horas    
Pneumonia5 pneumocócica                      500mg            cada 12 horas    
Infecções4  agudas não complicadas do trato urinário6                         1 g            cada 12 horas    
Infecções4 moderadas a severas              500mg a 1 g            cada 6 a 8 horas    
Infecções4 severas, com risco de vida (p.ex. endocardite7, septicemia8)*                  1g a 1,5 g            cada 6 horas    
         * em casos raros, doses de até 12 gramas de CEFAZOLINA por dia foram usadas.

Dose Pediátrica

Em crianças e naqueles pacientes pesando menos que 40 Kg, 25 a 50mg/Kg/dia de  CEFAZOLINA administrados em três ou quatro doses igualmente divididas, é eficaz para a maioria das infecções4 leves a moderadas. Para infecções4 graves e de risco de vida, a dose total diária pode ser aumentada para 100mg/Kg de peso corporal. Uma vez que a segurança para o uso em recém-nascidos prematuros e abaixo de um mês de idade ainda não foi estabelecido, o uso de CEFAZOLINA  nestes pacientes não é recomendado.
 GUIA DE DOSAGEM PEDIÁTRICO

         PESO (Kg)           25 mg     /Kg/dia               50 mg      /Kg/dia    
         DIVIDIDOS EM 3 DOSES     (mg/ 8h)    (mL DE 125mg/mL)         DIVIDIDOS EM 4 DOSES    (mg/ 6 h)        (mL DE 125mg/mL)         DIVIDIDOS EM 3 DOSES     (mg/ 8 h)          (mL DE  225mg/mL)         DIVIDIDOS EM 4 DOSES    (mg/ 6h)        (mL DE  225 mg/mL)    
    5,0       41,7            0,33       31,3          0,25       83,3              0,37       62,5          0,28    
   10,0       83,3            0,67       62,5          0,5      166,7             0,74      125,0         0,56    
   15,0      125,0            1,0       93,8          0,75      250,0             1,1      187,5         0,83    
    20,0      166,7            1,33      125            1,0      333,3             1,48      250,0         1,11    
    25,0      208,3            1,67      156,3         1,25      416,7             1,85      312,5         1,39    
    30,0      250,0            2,0       187.5        1,50      500,0             2,22      375,0         1,67    
    35,0      291,7            2,33      218,8         1,75      583,3             2,59      437,5         1,94    
         

Insuficiência Renal9
Todas as recomendações para redução de dosagem são aplicáveis após uma dose inicial de ataque apropriada para a gravidade da infecção1. Pacientes em diálise peritoneal10 : ver FARMACOLOGIA11 CLÍNICA.

Adultos


 AJUSTES DE DOSAGEM PARA ADULTOS COM FUNÇÃO RENAL12 REDUZIDA

   Clearance de creatinina13              mL/min          Creatinina13 sérica             mg/dL14            Ajuste de dosagem    
    ? 55         ? 1,5              doses completas    
    35 a 54         1,6 a 3,0       doses completas, porém com intervalo de dose de pelo menos 8 horas.    
    11 a 34         3,1 a 4,5     metade da dose usual a cada 12 horas    
    ? 10         ? 4,6     metade da dose usual a cada 18 a 24 horas    
         

Crianças

 AJUSTE DE DOSAGEM PARA CRIANÇAS COM FUNÇÃO RENAL12 REDUZIDA

      Clearance de Creatinina13 (mL/min)     Ajuste de dosagem    
    70 a 40      60% da dose diária normal em doses igualmente divididas a cada 12 horas    
    40 a 20     25% da dose diária normal em doses igualmente divididas a cada 12 horas    
    20 a 5     10% da dose diária normal em doses igualmente divididas a cada 24 horas    
         

Uso profilático peri-operatório

As doses recomendadas para prevenir infecção1 pós-operatória em cirurgias contaminadas ou  potencialmente contaminadas são as  seguintes :

a.    1 g  IV ou IM administrado 30 minutos a 1 hora antes do início da cirurgia.

          b.    Para procedimentos operatórios prolongados (p.ex., 2 horas ou mais), uma dose adicional de 0,5 a 1g IV ou IM durante a cirurgia (a administração se modifica de acordo com a duração do procedimento cirúrgico).
         
c.    0,5 a 1 g IV ou IM cada 6 a 8 horas por  24 horas após a cirurgia.

É importante que : (1) a dose pré-operatória seja administrada somente antes do início da cirurgia, de modo que no momento da incisão15 inicial da cirurgia, níveis adequados de antibióticos estejam presentes no soro16 e nos tecidos e (2) CEFAZOLINA seja administrada, se necessário, em intervalos apropriados durante a cirurgia de maneira a fornecer níveis suficientes de antibiótico previamente a maior exposição aos organismos causadores de infecções4.

Em cirurgias onde a ocorrência de infecção1 é particularmente perigosa (p. ex., cirurgia cardíaca a céu aberto e artroplastia prostética), a administração profilática de CEFAZOLINA pode  continuar por 3 a 5 dias após o término da cirurgia.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
2 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
3 Injeção intramuscular: Injetar medicamento em forma líquida no músculo através do uso de uma agulha e seringa.
4 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
5 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
6 Trato Urinário:
7 Endocardite: Inflamação aguda ou crônica do endocárdio. Ela pode estar preferencialmente localizada nas válvulas cardíacas (endocardite valvular) ou nas paredes cardíacas (endocardite parietal). Pode ter causa infecciosa ou não infecciosa.
8 Septicemia: Septicemia ou sepse é uma infecção generalizada grave que ocorre devido à presença de micro-organismos patogênicos e suas toxinas na corrente sanguínea. Geralmente ela ocorre a partir de outra infecção já existente.
9 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
10 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.
11 Farmacologia: Ramo da medicina que estuda as propriedades químicas dos medicamentos e suas respectivas classificações.
12 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
13 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
14 Mg/dL: Miligramas por decilitro, unidade de medida que mostra a concentração de uma substância em uma quantidade específica de fluido.
15 Incisão: 1. Corte ou golpe com instrumento cortante; talho. 2. Em cirurgia, intervenção cirúrgica em um tecido efetuada com instrumento cortante (bisturi ou bisturi elétrico); incisura.
16 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.

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